Pílula do dia seguinte: Perguntas e respostas

Quem responde é o ginecologista Dr. Queiroz

Dr. Quiroz

Há muitas dúvidas acerca da pílula do dia seguinte. Com o objetivo de esclarecer algumas dúvidas sobre o contraceptivo de emergência (pílula do dia seguinte), que é vendido sem receita médica nas farmácias, conversamos com o Dr. Cesar Augusto Queiroz, médico ginecologista e obstetra.

Quando devo usar a pílula do dia seguinte?

Dr. Queiroz – A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, portanto deve ser utilizada somente em último caso. Ela deve ser usada quando, por exemplo, a camisinha estoura no momento da ejaculação. Ou então quando a menina se esquece de tomar a pílula anticoncepcional durante dois, três dias. Em casos de estupro ela também é amplamente utilizada. Portanto, não se deve fazer de seu uso um hábito nem tomar mais que uma dose por mês. É importante ressaltar a importância desse medicamento na vida das mulheres, pois ele tem diminuído em mais de 50% a taxa de gravidez indesejada e evitado milhares de abortamentos.

A pílula tem alguma contraindicação?

Dr. Queiroz – Mulheres com distúrbios metabólicos, principalmente insuficiência hepática e tromboembolismo venoso devem evitar tomar o medicamento. É importante conversar com um médico antes.

Como a pílula do dia seguinte age no organismo? Ela é abortiva?

Dr. Queiroz – Não. O principal objetivo da pílula é bloquear a ovulação e com isso dificultar a incidência de gravidez. Caso a mulher não tenha ovulado, o anticoncepcional de emergência deverá impedir ou retardar a liberação do óvulo, evitando a fertilização. A pílula não deixa formar o endométrio gravídico (camada que recobre o útero para receber o óvulo fecundado e cuja descamação dá origem à menstruação), também conhecido como “mal-endométrio”.

Depois do sexo desprotegido, quanto tempo tenho para tomar a pílula?

Dr. Queiroz – O ideal é que a mulher tome a pílula o mais próximo possível da relação sexual desprotegida. Mas ela tem até 3 dias (72 horas) para fazer isso. Nas primeiras 24 horas, por exemplo, a eficácia da pílula é de 88%. O medicamento é vendido em dose única e em dois comprimidos.

Após utilizar o contraceptivo de emergência, posso continuar tomando pílula anticoncepcional ou tenho que esperar menstruar?

Dr. Queiroz – Espere vir a menstruação e comece a tomar uma nova cartela de pílula. Mas não faça sexo desprotegido, a pílula do dia seguinte não tem efeito cumulativo.

Converse com o seu médico e peça informações sobre a “Pílula do Dia Seguinte”. O seu ginecologista poderá detalhar melhor o funcionamento e os prós e contras de sua utilização.

O Dr. Cesar Augusto Queiroz, médico ginecologista e obstetra é integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

 

Seis momentos que a sua pele gostaria que você fosse mais cuidadoso

Confira as dicas importantes da Dra. Juliana

Dra. Juliana7

Quando o sol brilha forte você já lembra do protetor solar. O problema é que os raios solares podem ser prejudiciais até naqueles dias em que o sol está mais tímido ou até mesmo se você estiver protegido da luz do dia, o que deixa a sua pele vulnerável nas mais diversas situações. A Médica dermatologista Dra. Juliana Rietjens revela alguns momentos que sua pele gostaria de estar protegida:

1. Em dias nublados e chuvosos

Mesmo com a aparente proteção das nuvens, os raios solares continuam ameaçando a nossa pele. “As nuvens podem bloquear a luminosidade, mas deixam passar cerca de 80% dos raios ultravioleta A e B, podendo provocar queimaduras, envelhecimento precoce da pele, além de aumentar o risco de ter câncer de pele”.

2. Embaixo do guarda-sol ou protegido na sombra

Sabe quando você vai para a praia e fica embaixo do guarda-sol, mas ao final do dia percebe que ficou com a pele toda queimada? “Não dá para dispensar o filtro solar nem mesmo sob o guarda-sol, pois vale lembrar que a maioria dos tecidos deixa passar parte da radiação solar. Além disso, a areia também reflete os raios UV”.

3. Usando o celular/computador/assistindo TV

Não são apenas os raios solares que podem prejudicar a sua pele. “A luz visível é transmitida por lâmpadas fluorescentes, como as que iluminam ambientes internos, iluminações artificiais, a luz do computador, do celular, da TV e da claridade que entra através da janela. Essas fontes de luz visível podem causar manchas na pele e também acelerar o seu envelhecimento precoce”, explica Dra. Juliana.

4. Ao deixar as orelhas expostas

Se você tem o cabelo curto ou costuma prendê-lo, é bom ficar atento aos cuidados com essa parte do corpo. “Áreas como as orelhas são geralmente negligenciadas/esquecidas na hora de aplicar o fotoprotetor.

5. Usando decotes

O cuidado em aplicar o protetor solar de forma correta não costuma ser levado tão a sério quando é necessário aplicar o produto na região do decote. Na verdade, no dia-dia, a gente nem presta muita atenção nela. Mas deveríamos. Isso porque essa região frequentemente fica vulnerável aos efeitos maléficos da radiação UV. A falta de proteção diária numa área exposta como essa pode resultar em manchas, rugas (‘rugas do decote’), e até mesmo o câncer da pele.

6. Quando você fica careca

O cabelo é uma proteção importante para a nossa cabeça. Ao perder os fios, ela se torna mais uma área que merece atenção para a proteção solar. “Pessoas que estão ficando sem cabelos ou com os cabelos ralos frequentemente esquecem-se de proteger adequadamente essa região, seja com filtro solar, seja com chapéu/bonés. É frequente o aparecimento de manchas, lesões pré-malignas e câncer de pele nessa região que rotineiramente não é protegida adequadamente”, lembra a médica.

Prestar atenção às partes do corpo que estão descobertas e protegê-las, seja com filtro solar ou proteção física é uma forma assertiva de prevenir o câncer de pele, o de maior incidência no Brasil.

Essa é a dica da Dra. Juliana Rietjens, médica dermatologista da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

 

O descaso com o HPV

Médica Pediatra fala sobre a doença, vacina e incidência

 Dra. Elenice1

O HPV é um vírus altamente transmissível. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por ele no decorrer de suas vidas.

Ao entrar em contato com a pele ou as mucosas, provoca uma infecção que causa verrugas genitais e anais em ambos os sexos. Mais de 20 subtipos estão ligados ao câncer de colo uterino. O HPV16 e o HPV18 são responsáveis por mais de 70% dos casos. De acordo com a agressividade e o potencial oncogênico, os subtipos são classificados como de risco baixo, intermediário ou alto.

 A OMS estima que haja cerca de 300 milhões de mulheres infectadas, no mundo, entre as quais 90 milhões pelos subtipos oncogênicos 16 e 18 ou por ambos.  Embora o uso de preservativo impeça a transmissão através da mucosa genital e oral, não é capaz de proteger a pele. Por essa razão, a medida mais eficaz para combater a transmissão é vacinar a população que ainda não foi infectada.

Segundo a Dra. Elenice Marioto Blaya, médica pediatra, o SUS oferece vacinação gratuita contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14, pessoas de 9 a 26 anos infectadas pelo HIV e para pacientes oncológicos ou transplantados. A vacina é a quadrivalente, administrada em duas doses com intervalo de seis meses. Elas protegem contra os subtipos mais prevalentes do HPV: 6, 11, 16 e 18.

Só que a adesão ao programa do Ministério da Saúde é um fracasso: de 2014 a junho de 2017, cerca de 72% das meninas de 9 a 14 anos foram vacinadas, mas apenas 45% receberam a segunda dose. Entre os meninos, pior ainda: de janeiro a junho, apenas 16% tomaram a primeira dose.

Apesar dos boatos que circularam pela internet, a vacina contra o HPV é segura.

Nos Estados Unidos, em 67 milhões de doses administradas, a incidência de efeitos indesejáveis foi de 0,03% (3 em cada 10 mil).

Portanto vacine seus filhos! A dica é da Dra. Elenice Marioto Blaya, médica pediatra da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

Lúpus: Doença silenciosa que atinge mais as mulheres

Dr. Fabio Batistella explica sobre a doença

Dr. Fabio Batistella

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima que haja 65 mil pessoas com lúpus no Brasil, sendo que 90% dos casos são mulheres. Acredita-se que uma em cada 1.700 mulheres brasileiras tenha a doença.

De acordo com o reumatologista Dr. Fábio Batistella, por ser uma doença do sistema imunológico, responsável por nos defender contra infecções e também pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação, a pessoa pode apresentar diferentes sintomas em várias áreas do corpo, como rins, coração e sistema nervoso central.  “Os anticorpos que deveriam nos proteger acabam atacando o organismo e causando inflamações nas células, tecidos e órgãos”, diz ele.

A causa da doença ainda é desconhecida pelos médicos, entretanto, existem fatores genéticos, hormonais e ambientais que influenciam o surgimento do lúpus. É importante destacar que ele não é contagioso, pois essa é uma doença autoimune.

“A doença pode atingir indivíduos em qualquer faixa etária, principalmente entre 20 e 45 anos. O que pode contribuir para o aparecimento da doença para aqueles que já têm predisposição são algumas infecções virais ou bacterianas, medicamentos e exposição solar ”, esclarece o Dr. Fábio.

Diagnóstico e Tratamento

O lúpus pode apresentar diversos sintomas, o que dificulta a sua identificação. Os sintomas mais comuns são dores articulares, febre, baixa produção de urina e, de uma hora para outra, o paciente pode apresentar diversas lesões na pele quando se expõe ao sol, o que chamamos de fotossensibilidade. Essa vermelhidão ocorre principalmente na face, mais especificamente nas maçãs do rosto.

Nos últimos anos, a sobrevida do paciente com lúpus tem sido cada vez maior. “É importante ressaltar que a pessoa com lúpus pode ter uma vida normal. Ela necessita ter alguns cuidados básicos, como evitar exposição excessiva ao sol, não fumar, tomar cuidado com a taxa de colesterol, fazer atividade física e seguir o tratamento adequadamente”, ressalta Dr. Fábio.

Procure outras orientações com um médico reumatologista que é o especialista em Lúpus. O Dr. Fábio Batistella é integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

 

Prevenção de cálculo renal

Médico urologista dá dicas importantes

Dr. Luiz Eduardo

A eliminação de cálculos pelas vias urinárias provoca uma das dores mais intensas que o corpo humano pode suportar. Embora em alguns casos as dores fiquem limitadas a uma sensação desagradável de pressão que se irradia da região lombar para as partes inferiores do abdome, outros pacientes terão dores severas. Poderão ocorrer náuseas, vômitos ou sangramento na urina.

Segundo o médico urologista Dr. Luis Eduardo Almeida, o quadro é frequente: cerca de 10% das pessoas terão uma ou mais crises em suas vidas. Quem já teve e eliminou uma pedra, tem 50% de possibilidade de apresentar novo episódio nos cinco a sete anos seguintes. Os cálculos eliminados pelas vias urinárias podem ser microscópicos ou tão grandes que precisam ser retirados cirurgicamente.

Segundo Dr. Luis Eduardo, a prevenção na formação dos cálculos urinários baseia-se principalmente em uma mudança nos hábitos de vida, especialmente com o aumento da ingesta de água e sucos naturais (preferencialmente sucos cítricos, como de limão), diminuição do sal e de alimentos ricos em proteína animal, atividade física regular e perda de peso.

Dr. Luis Eduardo Almeida é urologista e integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

Otimismo faz bem à memória

Dr. Johnny afirma: é preciso estar de bem com a vida

Dr. Johnny4

Praticar exercícios físicos, se alimentar bem, dormir cedo – recomendações mais do que conhecidas. Mas, considerando que a saúde é uma condição de bem-estar integral, não basta ter o corpo biologicamente saudável, é preciso também estar de bem com a vida. E quem confirma isso são os pesquisadores Katerina Gawronski e Eric Kim, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Ao analisarem a saúde cognitiva de adultos com mais de 65 anos, eles perceberam que os mais otimistas eram mais saudáveis e ainda desfrutavam de uma memória melhor. Além disso, os idosos otimistas se mostraram mais hábeis na resolução de dificuldades do dia a dia.

O Dr. Johnny Zoppas, clínico geral, lembra: “mas se você não é muito do tipo otimista, saiba que é possível melhorar. Os estudos revelaram também que podemos mudar a visão que temos de nós mesmos e do mundo. Tome lápis, papel e inspiração para escrever o que você e o mundo têm de melhor. Por mais simples que pareça, os monitoramentos controlados apontaram aumento de otimismo após a realização desse modesto exercício”,

Para o pesquisador Eric Kim, “o otimismo pode ser uma nova e promissora ferramenta para a prevenção e melhora da saúde cognitiva”.

Então o Dr. Johnny dá dicas valiosas: “Caminhe, passeie, leia um bom livro, saia para dançar, pesque, viaje, acampe… faça tudo o que lhe dá prazer, pois a felicidade está à nossa espera. Saúde mental e física é nosso grande patrimônio”, finaliza Zoppas.

Dr. Johnny Zoppas é integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

 

Osteoporose tem cura?

Alimentação equilibrada e hábitos saudáveis ajudam a fortalecer os ossos

Dra. Morgana - endocrinologista

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela redução da massa óssea e alteração na sua microarquitetura, que levam à fragilidade dos ossos e, consequentemente, ao significativo aumento de fraturas que ocorrem com mais frequência nas vértebras (coluna), punho, bacia e no braço. A condição afeta cerca de 10 milhões de brasileiros.

Fatores de risco

Segundo a médica endocrinologista Dra. Morgana Regina Rodrigues,  vários fatores podem aumentar o risco da doença, dentre eles, idade, sexo feminino, etnia caucasiana ou oriental, presença de pessoas com osteoporose na família, baixa densidade óssea no colo de fêmur, baixo índice de massa corporal, uso prolongado de corticoides, tabagismo, etilismo, sedentarismo, baixa ingestão dietética de cálcio, deficiência de estrogênio (hormônio feminino), baixa exposição à luz solar, doenças endócrinas, reumáticas etc.

A osteoporose torna-se mais comum na medida em que a idade avança. É a causa mais frequente de fraturas em idosos. Para se ter ideia, ao redor dos 25 anos, a pessoa atinge o nível máximo de densidade óssea. Com a idade, ocorre uma perda gradual de 0,3% a 0,5% de massa óssea por ano.

Embora possa atingir ambos os sexos, as mulheres são mais afetadas pela doença principalmente depois da menopausa, período em que ocorre a queda da produção do estrógeno, que age para manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. Segundo a Fundação Internacional de Osteoporose, uma em cada três mulheres acima de 50 anos sofre alguma fratura devido à osteoporose.

Sintomas da osteoporose

Silenciosa, a enfermidade é, na maioria das vezes, assintomática. A primeira manifestação pode ser a dor decorrente de uma fratura de um osso poroso e fraco, quando o estágio da doença está avançado. Às vezes, a pessoa nem sabe que os ossos já estavam danificados e só procura um especialista quando sente dores.

A dica da Dra. Morgana é: previna-se e consulte um endocrinologista quando sentir algum dos sintomas citados. Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista, integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

Cinco coisas que você precisa saber para agir em caso de AVC

Médico neurologista dá algumas dicas

Dr. charles

O AVC (acidente vascular cerebral), popularmente chamado de derrame, é uma doença que mata quase 100 mil pessoas no Brasil anualmente, segundo o Ministério da Saúde. Os dados são alarmantes: a cada cinco minutos, um brasileiro morre após sofrer um AVC.

Segundo o neurologista Dr. Charles André Carazzo, a falta de informação sobre os sintomas é um dos grandes entraves na busca por um diagnóstico rápido e eficiente.

Recentemente, a Associação Americana de Cardiologia fez um alerta sobre cinco informações importantes que todos precisam saber em relação ao AVC e chamou a atenção para os seguintes pontos:

 

  1. O risco da doença aumenta com a idade; no entanto, jovens, crianças e até mesmo fetos podem sofrer acidentes vasculares cerebrais. Se um dos seus pais teve umAVC isquêmicoantes dos 65 anos, você tem um risco três vezes maior de sofrer um AVC.

 

  1. Você pode salvar a vida de um amigo ou de um familiar se souber reconhecer os sintomas do derrame rapidamente. Para isso, fique atento a queixas recorrentes de dor de cabeça que demoram a passar, boca torta, paralisia súbita de um ou mais membros, formigamento nos braços, dificuldade de segurar um objeto e também de falar, além de confusão mental. Não perca tempo achando que não é nada ou que os sintomas irão desaparecer. Vá diretamente a um pronto-socorro e avise que é uma emergência.
  2. Lembre-se: pressão altaé o principal fator desencadeante do AVC.  Três em cada quatro pessoas que sofrem o primeiro AVC têm hipertensão. Crie o hábito de aferir a pressão com frequência e não se esqueça de adotar hábitos mais saudáveis no cotidiano, como se alimentar melhor e praticar atividade física regularmente. Essas atitudes fazem uma enorme diferença;
  3. Grupo étnico influencia na incidência de derrames. Afrodescendentes têm quase o dobro do risco de sofrer AVC.
  4. Assim como noinfarto, o tempo de socorro é crucial, por isso é importante realizar o diagnóstico precoce. Não demore em buscar ajuda. Dr. Charles afirma que na dúvida, sempre procure um médico, pois o AVC pode ser tratado a fim de reduzir os riscos de sequelas, com medicamentos anticoagulantes e eventualmente com procedimentos que podem reverter totalmente o AVC.

O Dr. Charles André Carazzo é integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

Alimentação no centro da discórdia

A separação do casal e a alimentação dos filhos

Dra. Elenice1

Fazer a criança comer alimentos saudáveis é uma das tarefas mais árduas dos pais. Mas a missão pode se tornar ainda mais árida em um cenário de separação ou divórcio do casal. Como se não bastassem todos os conflitos envolvidos na dissolução do casamento, pai e mãe precisam lidar ainda com a mudança de hábitos à mesa e o contraste entre os padrões alimentares.

A Dra. Elenice Marioto Blaya, médica pediatra, revela que o impacto já é tema até mesmo em estudos científicos. No início de 2015, pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade de São Francisco (EUA) estudaram por cinco dias o comportamento à mesa de 37 crianças entre 9 e 11 anos. O resultado, publicado na revista científica Childhood Obesity, mostrou que os filhos de pais divorciados tendem a ingerir mais refrigerantes, jantar fora de casa com mais frequência e não se alimentar adequadamente no desjejum – hábitos que favorecem os crescentes índices de obesidade.

As consequências podem ser ainda piores quando os pais têm pensamentos opostos sobre o regime de alimentação. Por exemplo: um deles é onívoro e o outro, vegano. O pai libera os doces e o fast-food, enquanto a mãe obriga a comer brócolis e arroz integral. Como conciliar?

Dra. Elenice afirma que, em casos de divórcio, a preocupação com a alimentação da criança, vegetariana ou onívora, não deve ser assumida com exclusividade por um dos pais, de forma que um passe a imagem de rigoroso e o outro de permissivo. Afinal de contas, não existe ex-pai e ex-mãe, e a ruptura do casal, por si só, já provoca muito sofrimento. “A criança pode ter o apetite alterado devido à ansiedade com relação à dissolução do casamento e também descobrir na alimentação uma arma poderosa para chamar atenção e conseguir que seus desejos e vontades sejam facilmente realizados”, alerta a Dra. Elenice.

O ex-casal também deve tomar muito cuidado para que a criança não seja usada como munição para as desavenças e disputas materiais. “O processo de separação é naturalmente conturbado, e se a criança for usada como bode expiatório, tudo vai piorar, com o risco de abrir a porta para transtornos alimentares futuros, como bulimia e anorexia. A despeito de mágoas e rancores, o melhor caminho sempre é o diálogo aberto para definir o que é melhor para o filho, para evitar dualidades, com a consciência de que continuam juntos como pais”, pondera a doutora.

Vale frisar que, mesmo com o fim do casamento, a paternidade é para sempre. Há algo ali a mais do que a herança genética: amor. E esse sentimento deve unir pai e mãe no sentido de dividir as responsabilidades pelo bem-estar da criança. “Saúde é uma construção que precisa ser compartilhada pelos familiares de forma harmônica, coerente e respeitosa, ainda que vivendo em casas separadas, com o pacto de diretrizes alimentares a ser seguidas por ambos na tarefa de alimentar o filho”, finaliza a pediatra.

A Dra. Elenice Mariotto Blaya é integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

 

Câncer de intestino e Juventude

Dr. José Alberto fala sobre o tema

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Parece que estamos acostumados a relacionar o câncer de intestino às pessoas mais idosas. Contudo, o número de casos entre os jovens vem aumentando e a causa parece óbvia: estilo de vida.

As grandes cidades, os muitos compromissos e o estresse aliados à falta de tempo para o consumo de alimentos mais naturais e mais saudáveis têm sido inimigos da saúde de muita gente. As verduras, os legumes e as frutas tornam rica em fibra a alimentação, ou seja, são esses alimentos que ajudam a colocar para fora os detritos do organismo. Água e a atividade física são outros aliados que ajudam a garantir a mobilidade e eliminação intestinal.

Segundo o Dr. José Alberto da Silva, os bons hábitos são interdependentes, isto é, uma alimentação rica em fibras, mas sem água e sem exercício, pode acabar dificultando a evacuação. Nesse caso, há quem recorra aos laxantes, na expectativa de estar ajudando a natureza. No entanto, o uso contínuo desse recurso pode ter efeito contrário e acabar irritando o intestino.

Além disso, hoje em dia come-se muito mais carne processada e embutida e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as carnes processadas são cancerígenas.

Dr. José Alberto alerta para a geração de “lanches”, que a alimentação saudável e exercícios físicos ainda continuam sendo o suporte para a prevenção de doenças. E que devemos zelar pela nossa saúde desde cedo, quando ainda temos saúde.

Dr. José Alberto da Silva é integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.