ANEMIA: O QUE É E QUAIS OS SINTOMAS

(Dra. Moema Nenê Santos explica)

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Primeiro, explicar que a especialidade HEMATOLOGIA é a área da medicina que estuda todos os componentes relacionados ao sangue.

A Dra. Moema Nenê Santos, médica hematologista, explica hoje sobre ANEMIAS:

Anemias são doenças em que há a redução da quantidade total de glóbulos vermelhos em um indivíduo. Como estas células são responsáveis pelo transporte do oxigênio para os tecidos, esta redução leva a uma menor liberação de oxigênio para todos os órgãos.

Há inúmeras causas de anemia: por doença da medula óssea, por deficiência de nutrientes essenciais para a produção dos glóbulos vermelhos entre outras.

SINTOMAS: Segundo a Dra. Moema, são inespecíficos, necessitando-se de exames laboratoriais de sangue para que seja confirmado o diagnóstico. Mas os principais são: Fadiga generalizada, falta de apetite, palidez de pele e na parte interna do olho, dificuldade de aprendizagem nas crianças, falta de ar, tonturas, dor no peito, mãos e pés frios, dor de cabeça, apatia, vontade de comer substâncias não alimentares como gelo ou arroz cru, formigamento nas mãos e pés.

Quando sentir alguns desses sintomas, consulte o médico. O hematologista é o indicado para tratar as doenças relacionadas ao sangue.

Dra. Moema Nenê Santos, médica hematologista, integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Engasgo Infantil – primeiros socorros

(Pediatra Dra. Elenice M. Blaya explica)

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Sabemos que o engasgo pode acontecer em uma fração de segundos e isso é muito perigoso, especialmente, em crianças na faixa etária entre 1 e 3 anos de idade, período este em que elas ainda não conseguem controlar a mastigação e deglutição de alimentos por falta dos dentes molares (dos fundos) que contribuem para a trituração dos alimentos. Embora o tema assuste, é necessário estarmos preparados (física e emocionalmente) para saber agir rápido e utilizar as técnicas corretas para salvar a vida de uma criança. A ideia, segundo a pediatra Dra. Elenice Mariotto Blaya, é orientar e ajudar pais e mães no cuidado diário de seus filhos com o objetivo de evitar acidentes com objetos, alimentos e líquidos.

O que é o engasgo:

O engasgo é caracterizado pela dificuldade de respirar devido a presença de corpos estranhos na garganta. Pode ser ingerido ou colocado pela criança nas narinas e conduto auditivo, mas apresenta um risco maior quando é aspirado para o pulmão.

Faixa Etária de maior incidência:

A idade de maior incidência de engasgo e até mesmo de paradas cardiorrespiratórias por aspiração de corpos estranhos acontece entre 1 e 3 anos de idade. Porém, não podemos descartar outras faixas etárias, porque os incidentes também acontecem em crianças maiores – seja por alimentos, brinquedos e líquidos.

Sintomas:

A Dra. Elenice explica que a tosse pode ser o primeiro indício de engasgo após a ingestão do corpo estranho, assim como o aparecimento de chiado súbito no peito em crianças que não apresentam casos de alergia. Falta de ar, lábios e unhas arroxeadas e ronquidão também sugerem este quadro.

Quando a criança apresenta somente a tosse e expele o objeto que provoca a asfixia, podemos caracterizar como engasgo “mais leve”, do qual não necessita de intervenção física (técnicas de desengasgo), mas é importante levá-la o quanto antes para o atendimento médico adequado.

No caso de asfixia total, quando a criança não consegue respirar, tossir, esboçar nenhuma reação, som ou ficar arroxeada é importante intervir imediatamente com técnicas adequadas para desengasgá-la e, após, seguir imediatamente para um pronto atendimento médico.

Como agir:

Segundo a pediatra, primeiramente, os pais ou responsáveis no momento em que acontece um engasgo devem manter a calma para agirem de forma correta e, assim, não colocarem a vida da criança em risco. Depois, identificar se o quadro é caracterizado por engasgo leve. E aí sim iniciar as técnicas apropriadas para ajudar na asfixia por ingestão de corpo estranho – seja ele qual for (estado liquido ou sólido).

Conheça as diferentes técnicas de desengasgo e suas indicações de aplicação:

A manobra de Heimlich é indicada para todos os quadros de engasgo por introdução de corpo estranho, em todas as faixas etárias, inclusive em adultos. O que muda é a forma como e aplicada na vítima e os cuidados após.

Em crianças menores de um ano é importante realizar a manobra de Heimlich que consiste em virá-la de bruços com cabeça em altura mais baixa do que o quadril, apoiando-a nos braços para garantir a segurança necessária e, também, colocar os dedos de uma das mãos apoiadas entre as bochechas do bebê, com cuidado, e após “dar” cinco tapas fortes na região das costas, entre os ossinhos da costela, para que o corpo estranho seja expelido. Caso isso não ocorra, é necessário partir para a segunda etapa da técnica, da qual vira-se o bebê de barriga para cima e com os dois dedos maiores da mão, aperta o diafragma (próximo à altura do estomago) cinco vezes até que o objeto seja expulso ou a criança demonstre reação e seja possível a retirada do que provoca o engasgo, com cuidado para não a machucar e ou empurrar novamente para dentro da garganta.

Em crianças maiores de um ano: a manobra de Heimlich é aplicada de maneira diferente. Consiste em abraçar a criança (ou adulto) por trás, com uma das mãos em forma de punho fechado (como de um soco) e a outra sobre ela para comprimir a região abaixo das costelas (no diafragma – altura da boca do estomago) em sentido para cima, até que o objeto seja deslocado da via aérea para a boca e jogado para fora, permitindo o retorno dos sentidos e da respiração. Em seguida, leve a vítima imediatamente para um pronto atendimento adequado. Caso ocorra desmaio, é necessário solicitar ajuda emergencial para evitar fatalidades.

As dicas são da Dra. Elenice Mariotto Blaya que é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Contracepção na adolescência: o que você precisa saber

(Dr. Mario Blaya explica)

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A cada ano milhares de adolescentes se veem diante de uma realidade inesperada e indesejada: a gravidez. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de cada 1000 bebês nascidos no Brasil, 68 são filhos de mães adolescentes — meninas de 15 a 19 anos. Daí a importância que informação de qualidade sobre contracepção alcance esse público.

Como escolher o melhor método contraceptivo?

Dr. Mario Blaya, ginecologista e obstetra, esclarece que a escolha do método contraceptivo na adolescência deve ser feita após a análise criteriosa das condições de saúde e de vida de cada paciente, o que depende de consulta com um médico ginecologista.

Ele irá avaliar as condições de saúde pessoal e familiar, a história reprodutiva e preferências de anticoncepção. Para analisar as preferências, deve considerar a conveniência e aceitação dos possíveis efeitos colaterais dos métodos e a capacidade da jovem de adesão ao anticoncepcional no dia-a-dia. Dará atenção especial aos efeitos colaterais, vantagens e desvantagens de cada método, já que essas informações são importantes para uma escolha final bem informada.

Entre os efeitos colaterais que a adolescente pode apresentar, são mais comuns os sintomas relacionados abaixo:

– Dor de cabeça e náuseas
– Alteração do fluxo menstrual
– Aumento de peso
– Retenção líquida
– Melhora ou piora da acne
– Alteração no desejo sexual

A paciente adolescente que inicia um método anticoncepcional deve ser acompanhada de perto pelo ginecologista, com retornos mais frequentes do que o normal de uma a duas vezes por ano.

Existem vários tipos de contraceptivos e somente o médico poderá indicar o melhor para seu caso.

Dr. Mario Blaya é médico ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Azia: sintoma de mal crônico

(Dra. Luiza Mainardi dá dicas)

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Cerca de 10% dos adultos sofrem de azia quase todos os dias, e de 35% a 40% apresentam ocasionalmente esse sintoma. A azia é o sintoma mais característico de refluxo do suco gástrico para o esôfago. A sensação de azia ou queimação costuma surgir nas duas primeiras horas depois da refeição, especialmente quando a pessoa se deita, e melhora com antiácidos.

A Dra. Luiza Seganfredo Mainardi, explica que os sintomas incluem os casos clássicos de queimação no trajeto do esôfago e gosto ácido na boca, até crises de asma noturna, tosse e dores no peito que simulam ataques cardíacos.

O diagnóstico de refluxo geralmente é estabelecido através da endoscopia, seguida ou não de biópsia da mucosa do esôfago para documentar sinais de inflamação. Cerca de 50% das pessoas com queixa de azia, no entanto, não apresentam alterações inflamatórias sugestivas de esofagite.

A tendência moderna é considerar o refluxo como doença crônica. Seus sintomas podem desaparecer com o tratamento, mas retornam rapidamente com sua interrupção.

Mudanças do estilo de vida podem aliviar significativamente os sintomas, explica Dra. Luiza. Elevar a cabeceira da cama a uma altura de 15 a 20 centímetros, pode dificultar a subida de suco gástrico pelo esôfago. Da mesma forma, dormir deitado sobre o lado esquerdo costuma reduzir o refluxo (enquanto deitar sobre o lado direito, de bruços ou de costas aumenta).

Como o refluxo surge quase sempre depois das refeições, é importante não comer exageradamente nem tomar muito líquido para evitar distensão do estômago. Dietas gordurosas não são recomendadas, porque a gordura retarda o esvaziamento gástrico.

Quem sofre de refluxo só deve deitar-se três horas depois de uma refeição. É importante, também, não ingerir bebidas alcoólicas antes de ir para a cama e não fumar, porque a nicotina estimula o refluxo.

Vale lembrar que muitas pessoas com refluxo não apresentam sintomas típicos. Elas se queixam de tosse (principalmente noturna), irritação na garganta e crises de asma disparadas por espasmos dos brônquios provocados pela microaspiração de suco gástrico.

Dra. Luiza Seganfredo Mainardi é médica clínica e cirurgiã e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância

(Dra. Elenice M. Blaya, Pediatra, fala sobre a data)

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15 de fevereiro é lembrado em todo o mundo o Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância. A Organização Mundial da Saúde, a Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica (SIOP) e mais centenas de organizações em 88 países estão comprometidas e empenhadas para atingir a meta global de reduzir a mortalidade infantil causada pelo câncer.

Segundo dados da Childhood Cancer International (CCI), a cada ano, mais de 300.000 crianças são diagnosticadas com câncer em todo o mundo. Aproximadamente 8 entre 10 dessas crianças vivem em países de baixa e média renda, onde a taxa de sobrevivência é de quase 20%. Isso contrasta com os países de alta renda, onde as taxas de cura excedem 80% para muitos cânceres infantis. O objetivo da iniciativa global é eliminar toda a dor e sofrimento das crianças que lutam contra o câncer e alcançar pelo menos 60% de sobrevivência para todas as crianças diagnosticadas em todo o mundo até 2030.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.

Sobre o câncer infantojuvenil

A Dra. Elenice Marioto Blaya, pediatra, explica que o câncer infanto-juvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infanto-juvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.

Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).

Os pais devem estar alertas ao fato de que a criança não inventa sintomas. Ao sinal de alguma anormalidade, devem levar seus filhos ao pediatra para avaliação. Na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, mas isto não deve ser motivo para descartar a visita ao médico.

A Dra. Elenice Mariotto Blaya é pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

O que fazer em caso de picada de aranha

(Dr. Johnny Zoppas dá dicas)

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Os acidentes causados por aranhas são comuns, porém a maioria não apresenta repercussão clínica. Os gêneros de importância em saúde pública no Brasil são as seguintes espécies:

  • aranha-marrom (Loxosceles);
  • aranha-armadeira ou macaca (Phoneutria);
  • viúva-negra (Latrodectus).

O médico Dr. Johnny Zoppas lembra que acidentes causados por outras aranhas podem ser comuns, porém sem relevância em saúde pública, sendo que os principais grupos pertencem, principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades, como caranguejeiras e aranhas de grama ou jardim.

Como prevenir acidentes com as aranhas

  • Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades das casas.
  • Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada.
  • Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto das casas.
  • Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o corpo.
  • Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres.
  • Usar calçados e luvas de couro pode evitar acidentes.
  • Vedar soleiras das portas e janelas ao escurecer, pois muitos desses animais têm hábitos noturnos.
  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas e telas nas janelas.
  • Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques.
  • Afastar as camas e berços das paredes. Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. Inspecionar sapatos e tênis antes de calçá-los.
  • Preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos noturnos (coruja, joão-bobo), lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, coatis, entre outros (na zona rural).

O que fazer em caso de acidente com aranhas

  • Lavar o local da picada.
  • Usar compressas mornas, pois ajudam no alívio da dor.
  • Elevar o local da mordida.
  • Procurar o serviço médico mais próximo.
  • Quando possível, levar o animal para identificação.

Atenção ao que não deve-se fazer após acidente com aranhas

  • Não fazer torniquete ou garrote.
  • Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida.
  • Não aplicar folhas, pó de café ou terra para não provocar infecções.
  • Não ingerir bebida alcoólica, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país.

Procure sempre atendimento médico o mais breve possível e sempre lembre destas orientações. Dr. Johnny Zoppas é clínico geral e cirurgião e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Você pode mudar seu metabolismo?

(Dra. Morgana – endocrinologista esclarece)

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Já pensou se pudesse controlar seu metabolismo lendo um livro em uma poltrona confortável? Essa é a promessa de suplementos alimentares e estilo de vida que pretendem acelerar o metabolismo em repouso e você perder peso com menos contagem de calorias e exercício.

Infelizmente, apesar dos depoimentos, marketing e celebridades, aumentar o metabolismo é um mito. “Há muita pouca esperança de alterar a taxa metabólica em repouso, porque você está lutando com sua biologia”, diz Eric Ravussin (diretor do Centro de Pesquisa em Obesidade Nutricional, Baton Rouge)

Isso se explica por diversos fatores fisiológicos. A Dra. Morgana Regina Rodrigues, médica endocrinologista, lembra que a taxa metabólica de repouso é expressa pelo número de calorias que seu corpo precisaria se você não fizesse nada pelas próximas 24horas. Se o total de calorias diárias consumidas menos calorias queimadas for maior que a taxa metabólica de repouso, o peso aumentará. Pessoas do mesmo sexo, idade, altura, peso e composição corporal podem ter taxas metabólicas de repouso diferentes porque há diferença na composição corporal e há órgãos que consomem mais energia que outros. A partir desse conceito, entende-se por que o metabolismo diminui de 1-2% por década: há uma redução do volume cerebral e perda muscular. O terceiro fator que justifica essas diferenças é a genética.

Mas afinal, o que pode ser efetivo no aumento da taxa metabólica de repouso? Dra. Morgana dá algumas dicas: Beber muita água é um dos principais programas de perda de peso, em parte porque isso faz você se sentir mais cheio. Também foi descoberto que o consumo extra de água pode aumentar a taxa metabólica de repouso. Em um estudo, 50 jovens com excesso de peso, descobriu que adicionando 3 porções de meio litro de água por dia à ingestão normal de líquidos, queimavam em média 50 calorias adicionais por dia. Pode não parecer muito, mas é igual a cerca de meia banana.

Na dieta, há dois ajustes necessários que podem aumentar o metabolismo porque aumentam as necessidades de energia do corpo para digestão: comer mais fibras e proteínas. Recomenda-se uma dieta que inclua 25-35 gramas de fibra por dia e a proteína constitua 25-30% das calorias. Como na água, o retorno potencial é modesto, menos de 100 calorias extras queimadas por dia para a maioria das pessoas. Quanto ao exercício, aumentar a massa muscular aumentará levemente o metabolismo em repouso.

Embora, você não consiga realmente acelerar o metabolismo, infelizmente pode desacelerá-lo a partir da perda de peso de 10% ou mais que será acompanhando de uma redução na necessidade de calorias diárias entre 20-25% justificado pela termogênese adaptativa – um metabolismo de repouso reduzido aparentemente permanente em pessoas que perderam uma grande quantidade de peso. Quanto maior a perda inicial e mais rápida a perda, mais o metabolismo em repouso será reduzido a longo prazo.

Um objetivo mais realista e saudável do que tentar acelerar o metabolismo é tentar mantê-lo o mais alto possível. As etapas para atingir esse objetivo estão alinhadas às práticas que são boas para a saúde e a manutenção do peso: evite grandes oscilações de peso, mantenha-se ativo, beba bastante água, coma bastante fibra e proteína, construa músculos quando jovem e mantenha os músculos com a idade. Você não pode controlar a biologia, mas pode controlar suas escolhas.

Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Cardiologista Dra. Mariza Garcia Rosa comemora 25 anos de atuação em Tapejara

(Ela conta da evolução e principais descobertas na área)

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A cardiologia teve um grande avanço nas últimas décadas, onde houve uma redução da mortalidade cardiovascular pelo melhor entendimento da doença e pelo desenvolvimento de novas técnicas diagnósticas e terapêuticas.

No início de janeiro deste ano, a Cardiologista Dra. Mariza Garcia Rosa, comemora 25 anos de atuação como cardiologista em Tapejara e, segundo ela “ pude partilhar das principais inovações e descobertas na cardiologia, com um impacto no cuidado dos pacientes”.

Segunda a médica, foram muitos estudos de prevenção da doença cardiovascular, estudo das gorduras (lipídios) e o desenvolvimento de arteriosclerose com surgimento de novas medicações no controle dessa doença, o surgimento de muitas unidades coronarianas, terapias medicamentosas para tratar o infarto. O cateterismo e a angioplastia, que surgiu principalmente no início dos anos 90 e depois em 94 onde iniciaram as angioplastias primárias, que são as angioplastias durante o evento do infarto agudo. A cirurgia cardíaca também evoluiu muito no passar destes anos e o aparecimento de desfibriladores implantáveis, no caso de arritmias graves (onde o implante evita que o paciente morra por uma arritmia ventricular).

Mas apesar de todo esse avanço, Dra. Mariza enfatiza que as doenças cardiovasculares ainda continuam sendo a principal causa de morte e incapacitação no mundo. “Milhares de pessoas ainda continuam morrendo por essas doenças, apesar de todo esse desenvolvimento que existiu no estudo da doença cardiovascular”, reitera.

Perguntamos à Dra. Mariza: E quem permanece então sendo os grandes vilões?

A especialista responde enfaticamente: São os fatores de risco que a gente tanto fala para as pessoas. “Tem que focar na prevenção: sedentarismo, dieta inadequada, tabagismo, diabetes, hipertensão e obesidade”.

Por isso então a insistência no consultório médico de orientar as pessoas para, além de fazer o tratamento com o remédio quando necessário, fazer atividade física regular, manter o peso adequado, tomar o remédio certinho para pressão, diabetes, não fumar e usar álcool com moderação.

Então a mensagem da Dra. Mariza, nesta comemoração dos seus 25 anos de atuação em cardiologia em Tapejara: “Por mais que a gente tenha avançado no estudo da doença cardiovascular, a gente precisa muito da conscientização de cada pessoa para poder baixar este índice alarmante de mortes e incapacitação das pessoas por essas doenças. Cada um tem que fazer a sua parte, fazer realmente essas mudanças de hábito de vida, para prevenção do infarto, do derrame cerebral, da insuficiência cardíaca, de morte súbita, das arritmias graves, de embolia pulmonar…  São todas as doenças causadas por essas alterações cardiovasculares. Lembro que muitas pessoas acabam nem chegando até um consultório médico”, finaliza Dra. Mariza.

Dra. Mariza Garcia Rosa é cardiologista há 25 anos em Tapejara. Integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

Você já ouviu falar em Tétano Neonatal?

(A pediatra Dra. Elenice Blaya explica)

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O que é o Tétano Neonatal?  

É uma doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que acomete o recém-nascido (RN), nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. A doença é causada por uma bactéria chamada Clostridium tetani.

A imunidade do recém-nascido é conferida pela vacinação adequada da mãe.

Como o a transmissão?

A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, explica que o tétano neonatal não é transmitido de pessoa a pessoa e sim pela contaminação do coto umbilical com os esporos da bactéria, que podem estar presentes em instrumentos não esterilizados e utilizados para secção do cordão umbilical, como tesoura e fios para laqueadura do cordão. Os esporos da bactéria também podem estar presentes em produtos do hábito cultural das populações, utilizados no curativo umbilical, como ervas, chás, pós e pomadas, entre outros.

Quais são os sintomas?

O recém-nascido apresenta, em caso de tétano neonatal, os seguintes sinais e sintomas:

  • choro excessivo; . dificuldade para mamar e abrir a boca;  . irritabilidade;
  • quando há presença de febre, ela é baixa; . contraturas musculares ao manuseio ou espontâneas.

Como é feito o tratamento?

O tratamento do tétano neonatal deve ser sempre em ambiente hospitalar. O paciente deve ser internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou em enfermaria apropriada, acompanhado por uma equipe médica e de enfermagem experiente e treinada na assistência dessa enfermidade, o que pode reduzir as complicações e a letalidade.  Sendo que a mortalidade apesar do tratamento é acima de 80%, sendo uma doença gravíssima.

Como prevenir o Tétano Neonatal?

A vacina antitetânica (esquema completo e atualizado) tem uma eficácia de quase 100% na prevenção do Tétano Neonatal. Além da vacina, o parto limpo (asséptico), cuidados higiênicos e adequados com o coto umbilical são fundamentais na prevenção da doença, afirma a médica. Essa vacina é aplicada nos 2 meses, 4 meses e 6 meses, com reforço após 1 ano.

Pré-Natal

A realização do pré-natal é extremamente importante para prevenir o tétano neonatal. A Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Os dois tipos de cólicas ou dismenorreia

(Dr. Mario Blaya explica) 

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São dois os tipos de cólica menstrual: dismenorreia primária e secundária. Em 80% dos casos, a cólica menstrual está associada à dismenorreia primária e se manifesta de um a dois anos após a primeira menstruação ou menarca. A dismenorreia primária é provocada pela produção aumentada de substâncias conhecidas como prostaglandinas pelo endométrio — a camada que reveste internamente o útero. A prostaglandina é uma substância hormonal, produzida a partir do estímulo da progesterona, hormônio que predomina na segunda fase do ciclo reprodutivo feminino, depois que ocorre a ovulação. O Ginecologista e obstetra Dr. Mario Blaya explica que o excesso de prostaglandinas durante o período menstrual provoca fortes contrações do útero. Ao contrair-se, o útero, que é um músculo, pressiona os vasos sanguíneos à sua volta, dificultando o suprimento de oxigênio aos tecidos. A dor é resultado da falta de oxigênio em partes do útero. O excesso de prostaglandina afeta outros órgãos, além do útero. E é por isso que a cólica menstrual é frequentemente acompanhada de sintomas como dor de cabeça, dor nas costas, náusea e vômito, tontura e diarreia.

As causas da dismenorreia secundária

Estão associadas a algum distúrbio nos órgãos reprodutivos femininos — ovários, anexos uterinos ou do próprio útero. As principais condições que podem dar origem à dismenorreia secundária são:

– Endometriose – doença que leva à proliferação do tecido endometrial, fora do seu local;
– Mioma – espécie de tumor benigno que cresce dentro do útero;
– Doença inflamatória pélvica – infecção causada por bactéria que começa dentro do útero e pode se espalhar pelos anexos desse órgão como trompas e ovários.

Os sintomas das dismenorreias

Além da dor, que pode ser intensa, também podem ocorrer os seguintes desconfortos:

– Náusea;  – Diarreia;  – Vômito;  – Dor na região lombar e do sacro, com irradiação para as coxas;
– Fadiga;  – Nervosismo;  – Tontura;  – Dor de cabeça (cefaleia);
– Desmaio ou síncope [esta ocorrência, em particular, é bem rara].

Prevenção do estresse e ansiedade

Em paralelo ao tratamento, Dr. Mario enfatiza que são recomendadas mudança de hábitos, tais como, evitar situações de fadiga ou estresse. O cansaço físico ou psíquico produz ansiedade e esta condição emocional piora muito a experiência da dor. Tomar banhos quentes ou usar bolsa de água quente sobre o abdome é outra indicação para ajudar a aliviar o desconforto da dismenorréia moderada.
A prática regular de meditação, yoga ou de qualquer outra atividade física contribui para melhorar o bem estar, independentemente da medicação e atenuar a dor. Recomenda-se ainda uma dieta leve para os dias de dor mais intensa, baseada em vegetais, legumes e cereais integrais. Atividade física regular também ajuda na prevenção.

Dr. Mario Blaya é ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.