Geleca caseira vira febre entre crianças, mas pode trazer riscos à saúde

(Dra. Elenice alerta para “Slimes”e “amoebas”)

Dra. Elenice1

As mãos esticam, puxam, apertam, estendem e desdobram a massa grudenta. Como se estivesse fazendo pão ou dando liga a um chiclete gigante, as crianças veem logo ganhar forma o brinquedo que virou febre na internet e nas escolas: a meleca caseira conhecida como slime ou amoeba.

Basta procurar no YouTube ou no Instagram para que receitas grudem na tela, ensinem a fabricar a gosma e mostrem como personalizá-la com corantes ou glitter. Depois, é só brincar de esticar a massa muitas… muitas e muitas vezes por dia.

Mania de slime

A Dra. Elenice Mariotto Blaya lembra que a mania é tanta que já existem vídeos no youtube ensinando a fazer as gelecas com receitas caseiras.

Independentemente da fórmula, dois ingredientes se repetem: cola branca e água boricada. Algumas levam ainda bórax, composto químico usado como inseticida – um canal, com mais de 10 milhões de inscritos no YouTube, ensina a fazer o brinquedo com esse ingrediente, por exemplo.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, porém, alerta para riscos. Segundo Carlos Augusto Mello da Silva, presidente do Departamento de Toxicologia da entidade, o manuseio do bórax pode gerar intoxicação. O mesmo vale para a água boricada. “O uso por crianças pode ter efeitos imprevisíveis”, afirma.

Dra. Elenice diz que para driblar a proibição dos pais a esses componentes, algumas crianças usam uma receita com farinha de trigo, sal, água e óleo. Sem cola e compostos químicos, o slime fica com consistência de massinha. “Não é grudento, mas dá para criar bichos e paisagens”, afirmaram algumas crianças.

Nos Estados Unidos e na Inglaterra, duas mães já relataram casos de queimaduras de segundo e terceiro grau em suas filhas após a confecção do “slime” — que no Brasil é chamado também de amoeba.

No Reino Unido, uma mulher relatou em rede social que sua filha precisou de cirurgias para recuperar as queimaduras decorrentes da confecção da geleca.

Segundo Dra. Elenice, em sites e contas nas redes sociais do Brasil, receitas do “slime” também são muito populares. Em geral, incluem o uso de água, cola e corantes, mas podem recomendar também o uso do borato de sódio. Mas, segundo a pediatra, os pais devem ficar atentos e deixar que seus filhos manuseiem somente receitas que não possuem composição química, evitando acidentes, como queimaduras.

Dra. Elenice Mariotto Blaya é pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

Saiba como aliviar cólicas e acalmar o bebê

Dra. Elenice M. Blaya dá dicas valiosas

Dra. Elenice1

Papais e mamães de primeira viagem ou até mesmo os experientes sofrem junto, e às vezes por horas, especialmente durante a madrugada. As cólicas acontecem porque o sistema digestivo dos recém-nascidos ainda não está totalmente formado e, mesmo com medidas preventivas, como amamentação correta das mães, esse incômodo pode ocorrer.

A boa notícia para pais e cuidadores é que hoje existem técnicas que ajudam a aliviar os sintomas da cólica e acalmar os bebês para que consigam ter um bom sono.

A Dra. Elenice Mariotto Blaya selecionou três destas técnicas: charutinho (também conhecida como rolinho), massagem shantala e banho de ofurô (ou balde).

Shantala

Trata-se de uma massagem indiana, que pode ser feita nos primeiros dias de vida do bebê e mais de uma vez ao dia. Ela usa movimentos leves que acalmam a criança, aliviam as dores e aumentam a ligação com quem a faz, como pais e mães. A massagem shantala é uma Prática Integrativa reconhecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Charutinho (rolinho)

A técnica do charutinho ou rolinho, como também é conhecida, consiste em enrolar o bebê recém-nascido em uma manta de pano elástico e macio. Dessa forma, a criança fica confortável e protegida. Depois, a mãe, o pai o quem quer que esteja cuidando do bebê pode apertá-lo, sem machucar, é claro, de forma carinhosa, junto ao peito. Movimentos de balanço completam a prática que, que contribuiu para deixar a criança calminha durante crises de cólica.

Banho de Ofurô (balde)

Para completar, a terceira técnica usada para amenizar as cólicas é o banho de ofurô ou de balde mesmo. A primeira regra é comprar um ofurô próprio ou um balde exclusivo para esta finalidade. Não vale pegar o mesmo usado na limpeza da casa. O banho deve ser feito com bastante cuidado para que não haja acidente algum. Mas, não tem muito segredo. É fácil fazer e vale a pena, desde a primeira semana de vida da criança.

Gostou das técnicas? Se conhecia alguma, vale a pena experimentar as demais.

Dra. Elenice salienta que apesar de terem a mesma finalidade, elas se completam. É só ter cuidado e respeitar o bebê, caso ele apresente desconforto com alguma destas práticas. Para finalizar, a amamentação é uma das melhores aliadas para acalmar o bebê no momento de dor.

Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Risco de doenças cardíacas aumenta após a menopausa

A dica é da Dra. Mariza - cardiologista

Dra. Mariza 2

O coração feminino precisa de atenção. Após os 40 anos, o risco de doenças cardiovasculares aumenta, mas depois dos 50, quando chega a época da menopausa, ele cresce ainda mais: há um aumento de 30% no número de casos de infarto e cirurgias cardíacas em mulheres nesse período, segundo a Dra. Mariza Garcia Rosa, cardiologista da Saúde Center Clínica.

O hormônio estrogênio é um protetor e aliado do coração, pois estimula a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. Com a chegada da menopausa, o nível desse hormônio diminui, o que aumenta o risco do desenvolvimento de algumas doenças. Assim, quem tem menopausa precoce também fica vulnerável mais cedo a doenças cardiovasculares, pois os níveis de estrogênio começam a baixar antes.

Hoje, 30% das pessoas que sofrem infarto são do sexo feminino, e a cada ano elas estão mais expostas ao risco. No Brasil, mais de 200 mulheres morrem por dia vítimas de infarto. Se somarmos problemas cardíacos e cerebrovasculares, como AVC, o número de mortes chega a ser seis vezes maior que as causadas por câncer de mama.

Segundo a cardiologista, as mulheres estão a cada ano mais expostas ao risco de doenças cardiovasculares, pois cerca de 40% apresentam aumento da circunferência abdominal, mais de 20% fumam, 18% são ex-fumantes, 23% têm seus níveis de pressão arterial acima do preconizado e 21% possuem alteração dos níveis de colesterol. Todos esses são fatores de risco para doenças cardíacas.

Mulheres com histórico familiar de doenças cardiovasculares ou que tiveram doenças inflamatórias, doenças autoimunes e obesidade também têm mais risco de desenvolver problemas cardíacos. O risco pode ser maior para quem usa determinados tipos de anticoncepcional, por isso é indicado buscar orientação médica antes de começar a tomar pílula. O sedentarismo também deve ser combatido. A atividade física deixa os vasos mais dilatados, facilitando o fluxo sanguíneo, e ajuda a controlar melhor o peso, a pressão arterial e a frequência cardíaca.

O estresse é outro fator relevante. A médica esclarece que, quando passamos por uma situação estressante, nosso cérebro estimula glândulas a secretar determinados hormônios que aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca. Quem vive sob estresse contínuo acaba passando por esse processo muitas vezes, o que pode desencadear eventos cardíacos mais graves. Além disso, existe a questão psicológica: pessoas muito estressadas podem desenvolver estados depressivos.

Em geral, as mulheres são mais tolerantes à dor. Em muitos casos, justamente por conta do acúmulo de tarefas, elas acabam ignorando sinais de que algo está errado e perdem a chance de obter um diagnóstico rápido quando ficam doentes. A médica comenta que algumas sentem dor nas costas, dor no estômago e náuseas e pensam que é apenas algo pontual quando, na verdade, já podem estar desenvolvendo algum problema cardíaco. “Existem mulheres que nunca mediram a pressão arterial ou a taxa de colesterol, por exemplo. E fazer isso é muito importante. Sintomas também não devem ser negligenciados. Se você sentiu desconforto torácico, dor ou algo diferente, procure um médico para fazer uma avaliação”, recomenda a cardiologista.

A dica da Dra. Mariza  é começar a se cuidar cedo. Quando uma pessoa mais velha começa a ter os sintomas de doenças cardiovasculares, provavelmente os problemas já se iniciaram há algum tempo. Eles podem ser resultado de anos de hábitos danosos à saúde.

É fundamental realizar avaliações médicas periódicas. Aquelas que já se enquadram no grupo de risco (que inclui hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, colesterol alto, estresse, sedentarismo e histórico familiar) não devem esperar o período da menopausa para ir ao médico, mas procurá-lo antes dos 30 anos. Após os 40, é indicado que a mulher compareça a consultas periódicas, pois já está na fase da pré-menopausa e o nível de estrogênio começa a cair. Depois dos 50, é indispensável fazer uma avaliação, no mínimo, uma vez por ano.

A Dra. Mariza Garcia Rosa é médica cardiologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

Santa Maria tem 569 casos confirmados de toxoplasmose

Dr. Cesar Queiroz fala sobre a doença

Dr. Quiroz

O número de casos confirmados de toxoplasmose em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, subiu para 569, de acordo com o último relatório divulgado pelas secretarias municipal e estadual de Saúde.

Ainda conforme o novo relatório, 312 suspeitas da doença seguem em investigação.

Enquanto a causa do surto não é descoberta, segundo o Dr. Cesar Augusto Queiroz, ginecologista e obstetra, a orientação continua sendo ferver a água antes de beber, evitar carne crua ou mal passada e ter bastante higiene no preparo dos alimentos.

A toxoplasmose, cujo nome popular é doença do gato, é uma doença infecciosa causada por um protozoário facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a doença pode ocorrer pela ingestão de oocistos [onde o parasita se desenvolve] provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua e mal cozida infectada com cistos, especialmente carne de porco e carneiro. Destaca-se que na gestação pode ocorrer infecção transplancentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriam a infecção durante a gravidez, podendo causar elevado risco de acometimento fetal pela toxoplasmose congênita.

Sintomas

Em alguns casos os sintomas não se manifestam, mas podem ser:

  • Febre
  • Cansaço
  • Mal estar
  • Gânglios inflamados

O período de incubação da toxoplasmose vai de 10 a 23 dias quando a causa é a ingestão de carne, e de 5 a 20 dias quando o motivo é o contato com cistos de fezes de gatos.

Dr. Queiroz faz um alerta! Há muitos casos no RS e todos devem ficar alerta. A qualquer sintoma, o médico deve ser procurado.

Dr. Cesar Augusto Queiroz é ginecologista e obstetra e atende na Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Endocrinologia: Falando sobre Retinopatia Diabética

Saiba mais sobre esta doença com a endocrinologista Dra. Morgana

Dra. Morgana - endocrinologista

A Retinopatia Diabética (RD) é uma das principais complicações do Diabetes e a principal causa de cegueira em pessoas entre 20-74 anos. Resulta da glicose elevada cronicamente causando alterações nos vasos sanguíneos de pequeno calibre, edema, redução de fluxo sanguíneo e formação de novos vasos. Como é uma doença silenciosa, as alterações visuais surgem numa fase avançada, sendo o rastreio oftalmológico anual essencial para o diagnóstico precoce antes do aparecimento de sintomatologia e de lesões irreversíveis ou que necessitem de tratamentos mais agressivos. É realizado através da avaliação do Fundo de Olho no Diabetes tipo 1 a partir de 5 anos de diagnóstico e no Tipo 2 já no momento do diagnóstico.

Segundo a Dra. Morgana Regina Rodrigues, endocrinologista, o paciente assume um papel fundamental no tratamento, pois é necessário o controle de fatores sistêmicos. Todo o paciente diabético deve ser alertado para o controle da glicemia, pressão arterial, perfil lipídico, evitar fatores de risco como obesidade (controle de circunferência abdominal e índice de massa corporal), praticar exercício físico regularmente e realizar uma alimentação saudável com fibras, verduras e frutas a fim de evitar o aparecimento da RD.

Consulte regularmente seu médico e fique atento aos sinais enviados pelo seu corpo. Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Saiba como controlar a caspa no inverno

Dra. Juliana Rietjens dá dicas importantes

Dra. Juliana4

A diferença entre as baixas temperaturas do inverno e as altas temperaturas do chuveiro intensificam um problema que incomoda entre 15 e 20% da população: a caspa.

O nome popular é dermatite seborreica, mas a caspa nada mais é do que uma inflamação responsável por produzir descamação da pele, normalmente na região do couro cabeludo, mas que pode também ocorrer na face, sobrancelha, nariz, orelha, peito, costas e virilha.

Segundo a dermatologista Dra. Juliana Rietjens, banhos quentes e longos no inverno aceleram a descamação natural da pele, dificultando o controle da caspa.

Além da típica descamação que gruda nas roupas e nos cabelos, a caspa pode provocar vermelhidão, coceira e ardência. Embora a inflamação tenha fundo genético, fatores emocionais, como o estresse, também podem provocar ou intensificar o problema: “O sistema nervoso tem íntima ligação com a pele”, explica a Dra. Juliana.

A médica acrescenta que a caspa é um processo crônico, para o qual não existem garantias de cura definitiva: “Ela pode ser controlada com o uso de shampoos específicos e cremes indicados por um médico dermatologista. Também é importante evitar banho muito quente e não estimular a umidade do couro cabeludo”.

Um problema esteticamente desconfortável, a caspa pode aparecer durante todo o ano. No entanto, alguns hábitos adotados no inverno contribuem para o maior aparecimento da caspa. São eles:

Lavar os cabelos com menor frequência: isso pode colaborar para o acúmulo de sebo no couro cabeludo, além da menor eliminação das células mortas ou resíduos;

Lavar os cabelos em água muito quente: vai ocasionar o ressecamento do couro cabeludo, o que estimula as glândulas sebáceas a produzirem mais sebo. O surgimento de oleosidade, por sua vez, pode contribuir para o desenvolvimento de um tipo de fungo, o Malassezia Furfur, que piora o quadro de caspa;

Mudanças bruscas de temperatura: climas pouco úmidos favorecem o ressecamento e a descamação da pele, por isso o aumento da caspa. Entretanto, nos dias mais frios o cabelo demora mais para secar. Os fios molhados por tempo prolongado associados ao uso de chapéu e gorro para se proteger do vento frio, fazem com que o couro cabeludo fique úmido e abafado, ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias e fungos;

Tendência a usar mais roupas escuras: nessa época do ano, os trajes pesados e de cores mais sóbrias é comum, por isso a descamação do couro cabeludo fica mais visível e dá a sensação de que a caspa é mais frequente no inverno.

Estresse: ele está intimamente ligado às crises, uma vez que os hormônios do estresse atuam diretamente sobre a glândula sebácea, levando a uma maior produção de sebo.

Alivie a caspa durante o inverno com estas dicas

  1. Lave os cabelos sempre com shampoo anticaspa: isso vai ajudar a remover a sujeira e todos os resíduos que vão se acumulando, além de evitar a oleosidade excessiva;
  2. Lave os cabelos com água morna e usar produtos adequados ao seu tipo de cabelo;
  3. Diminua a temperatura do secador e a frequência de uso deste aparelho e de chapinhas;
  4. Evite dormir com cabelos molhados e evitar abafar o couro cabeludo;
  5. Procure o médico dermatologista caso não haja controle dos sintomas.

Se a caspa persistir, procure um especialista que irá lhe indicar o melhor tratamento. A Dra. Juliana Rietjens é medica dermatologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

Endocrinologia: Falando sobre a Dieta Mediterrânea e Doença Cardiovascular

Dra. Morgana, endocrinologista, fala sobre o tema

Dra. Morgana - endocrinologista

A dieta mediterrânea é baseada na alta ingesta de azeite de oliva, frutas, nozes e cereais; ingesta moderada de peixe e frango; baixa ingesta de carne vermelha, carnes processadas e doces; consumo moderado de vinho nas refeições. Em estudo publicado em 2013 e revisado recentemente -  PREDIMED – foram feitas comparações entre 2 dietas mediterrâneas suplementadas com azeite de oliva e nozes versus dieta de baixo teor de gordura em paciente sem doença cardiovascular existente, porém de alto risco: Diabéticos ou a presença de 3 ou mais fatores de risco: tabagismo, hipertensão arterial, LDL elevado, HDL baixo, sobrepeso ou obesidade ou história familiar de doença cardiovascular precoce. O consumo de azeite de oliva foi de 1 litro/semana por casa ou 4 colheres de sopa por pessoa/dia e o de frutas oleoginosas era 30 gramas (15g de nozes, 7,5g amêndoas e 7,5g de avelã).

O resultado apresenta que pessoas com alto risco para eventos cardiovasculares que fizeram dieta mediterrânea com suplementação do azeite de oliva ou nozes tiveram menor taxa de eventos cardiovasculares que as pessoas com dieta de baixo teor de gordura. Os achados corroboram para um efeito benéfico da dieta mediterrânea na prevenção primária de doença cardiovascular.