Erisipela: Para contrair a bactéria é preciso ter ferida na pele?

(Dra. Juliana fala sobre a doença)

Dra. Juliana

Erisipela é uma infecção causada por bactérias que atingem principalmente membros inferiores (pernas e pés).

A forma que ela se apresenta é com vermelhidão, inchaço e dor no local, podendo em alguns casos haver o aparecimento de bolhas de água (erisipela bolhosa).

Em casos mais graves pode haver febre, náuseas e/ou vômitos.

Na maioria dos casos a doença não traz complicações quando tratada, mas se houver demora no tratamento ou se não for tratado, o quadro pode se agravar.

Segundo a Dra. Juliana Rietjens, médica dermatologista, o principal agente causador da erisipela é o estreptococo. Na maioria das vezes a bactéria não traz risco à saúde, tanto que ela vive na pele das pessoas sem causar nenhum mal. Porém em algumas situações onde houver alguma porta de entrada, como: machucados, feridas, micoses, picada de insetos ou alergias provocadas por má circulação, a bactéria pode penetrar o tecido e causar a infecção.

GRUPOS DE RISCO

Pessoas com diabetes devem ter atenção redobrada com a doença, pois em alguns casos, principalmente quando a glicemia está descontrolada, o paciente tem perda da sensibilidade nos membros. Esse efeito ocorre principalmente em extremidades, como os pés, o que pode facilitar o surgimento de feridas imperceptíveis. Como a bactéria se aproveita desses ferimentos, a pessoa pode não notar os sintomas que indicam o início da infecção.

Pessoas com varizes, má circulação, retenção de líquido, pacientes em tratamentos imunossupressores (como quimioterapia) e obesos também fazem parte desse grupo. “Identificar se a pessoa pertence a algum grupo de risco e ajudar a controlar sua condição também faz parte do tratamento”, orienta a Dra. Juliana. Mantenha sempre a higiene em dia e não negligencie machucados,  micoses ou qualquer outra possível porta de entrada.

Dra. Juliana Rietjens é médica dermatologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Tratamento Cirúrgico do Diabetes Tipo 2 – Cirurgia Metabólica

(Dra. Morgana – endocrinologista, comenta sobre o tema)

Julho de 2018 Dra Morgana Regina Rodrigues

A Cirurgia Bariátrica no tratamento do Diabetes tipo 2 deve ser indicada por dois endocrinologistas, mediante parecer fundamentado atestando a refratariedade ao tratamento clínico otimizado por no mínimo 02 anos com uso de antidiabéticos orais e/ou injetáveis em pacientes com IMC a partir de 30kg/m2, idade mínima de 30 anos e máximo 70 anos, história de Diabetes inferior a 10 anos e não ter contraindicações para o procedimento cirúrgico.

Segundo a Dra. Morgana Regina Rodrigues, médica endocrinologista, é contraindicado nas seguintes circunstâncias:

– Ausência de um período de controle médico pré-operatório identificável;

– Pacientes incapazes de aderir a um seguimento médico prolongado;

– Presença de distúrbios psicóticos não estabilizados, depressão grave, distúrbios de personalidade e dietéticos, a menos que o paciente seja especificamente liberado pelo psiquiatra experiente em obesidade;

– Uso abusivo de álcool e/ou dependência de drogas;

– Pacientes incapazes de cuidar de si mesmos e que não disponham de apoio familiar ou social adequado.

As técnicas cirúrgicas:

– Derivação gastrojejunal em Y de Roux (DGJYR) (Bypass Gástrico) é a cirurgia de primeira escolha para o tratamento de pacientes com DM2 não controlado

– Gastrectomia Vertical (GV) (Sleeve) é alternativa caso haja contraindicação ou desvantagem do DGJYR

Dra. Morgana relata que os resultados de estudos mostram que em 90% dos pacientes ocorre remissão do Diabetes a curto prazo. A longo prazo (> 05 anos) faltam estudos quanto a durabilidade das melhoras glicêmicas, desfechos micro e macrovasculares, câncer, mortalidade. Também faltam melhores evidências quanto aos riscos sobre metabolismo ósseo.

Dessa forma, ressalta a médica, a cirurgia é uma opção ao tratamento do Diabetes tipo 2 com melhora glicêmica importante, porém vale lembrar que é uma doença crônica e não tem cura, se os hábitos de vida e o acompanhamento com equipe multidisciplinar não forem mantidos, ocorrerá descompensação da doença inclusive com retorno de terapias injetáveis, se necessário for.

Dra. Morgana Regina Rodrigues é medica endocrinologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

 

O que fazer para prevenir a obesidade infantil?

(A pediatra Dra. Elenice dá dicas importantes)

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Foi-se o tempo em que criança gordinha era sinônimo de saúde. Atualmente, a obesidade infantil é preocupação para pais e médicos e é um dos maiores problemas de saúde pública.

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, mostra que uma em cada três crianças brasileiras com idade entre cinco e nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quais são as causas da obesidade infantil?

A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, explica que a causa da doença é multifatorial. “A obesidade infantil está associada à uma combinação de fatores de exposição das crianças a um ambiente que favorece comportamentos relacionados à ingestão de alimentos densamente calóricos e sedentarismo, comportamentos inadequados e respostas biológicas a esse ambiente. Muitas crianças hoje estão crescendo em ambientes que incentivam o aumento de peso e a obesidade”, afirma.

Como consequência, são observadas repercussões importantes como o desenvolvimento precoce de doenças crônicas como resistência à insulina, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, distúrbios psicológicos e obesidade na vida adulta.

O que deve ser feito para evitar a obesidade infantil?

Os hábitos alimentares das crianças são formados ainda na barriga da mãe e se estendem nos primeiros anos de vida. Para evitar que se tornem adultos com excesso de peso (obesos ou com sobrepeso), os pais devem contribuir para que seus filhos tenham uma alimentação adequada e saudável.

A gestante deve optar por alimentos saudáveis, limitar o consumo de alimentos processados. Antes dos dois anos, os pais não devem oferecer açúcar e alimentos ultraprocessados para seus filhos. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013) apontam que 60,8% das crianças menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas recheadas. Também devem manter distante dos pequenos, suco de frutas, comidas industrializadas e refrigerantes. Dra. Elenice recomenda ainda que a alimentação deve ser baseada em alimentos in natura e minimamente processados.

Atividade física ajuda no combate à obesidade infantil?

A prática de atividades físicas é fundamental para todas as etapas do desenvolvimento infantil e auxilia no equilíbrio do balanço energético e, consequentemente, na prevenção e tratamento da obesidade e de doenças relacionadas à obesidade nesta fase da vida.

“As crianças devem fazer exercícios com o corpo e não só com a mente e os dedinhos”, alerta a nutricionista, sobre a quantidade de horas que os pequenos gastam na frente de tablets e computadores. Além de evitar doenças crônicas, as atividades físicas auxiliam na melhora do rendimento escolar.

Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica Pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

AFTAS: causas e tratamentos

Dr. Johnny Zoppas comenta sobre o assunto

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Uma pequena ardência surge na ponta da língua. Ou na bochecha, ou nos lábios. Quando as aftas aparecem, elas são incômodas, ardidas, doloridas e dificultam a mastigação. Há quem quase nunca apresente uma afta, mas há pessoas que sofrem com esse incômodo de forma recorrente. Apesar de serem bem desagradáveis, geralmente elas não indicam nenhuma condição grave.

O que são aftas?

Segundo Dr. Johnny Zoppas, médico clínico e cirurgião, as aftas são pequenas feridas que surgem na cavidade bucal, também sendo chamadas por “úlcera oral”, “úlcera aftosa” ou “estomatite aftosa”.

Consideradas lesões benignas, elas são uma das alterações orais mais frequentes na população.

Não se sabe exatamente o que faz uma afta surgir, mas considera-se que seja uma resposta imunológica, uma reação à alimentação ou uma inflamação decorrente de alguma pequena lesão preexistente.

Como há pessoas que apresentam com frequência essas pequenas feridas, é possível que fatores como o estresse, a sensibilidade a certos alimentos e outros hábitos (como tabagismo) possam desencadear a inflamação. Por isso, são manifestações do nosso próprio corpo e não são contagiosas.

 A maioria das pessoas apresenta aftas pequenas e isoladas, mas elas podem surgir em tamanhos maiores, com mais de 1cm, ou surgir em grande quantidade, chegando a mais de 100 por toda a boca.

Notar uma ou outra afta ao longo dos meses pode ser apenas uma situação incômoda e sem grande necessidade de preocupação. Mas quando são recorrentes, duradouras ou comprometem o bem-estar, é preciso investigar as causas e buscar medidas para aliviar o incômodo e diminuir a incidência.

Qual a causa das aftas?

Ainda não é possível afirmar qual a real causa da afta ou porque ela surge com mais frequência em algumas pessoas. Em geral, indica-se que há causas multifatoriais que favoreçam o surgimento da lesão na boca, como alteração autoimunes, machucados, predisposição, alterações gástricas ou condições emocionais.

Quando surgem de maneira isolada e pontual, não há grandes necessidades de investigar as causas da afta, mas se forem recorrentes ou duradouras, deve-se buscar ajuda para o problema que pode estar relacionado aos hábitos ou alterações do organismo.

Fatores e grupos de risco

Alguns fatores podem favorecer a manifestação de aftas de modo frequente ou pontual. Além da predisposição genética, pessoas com alergias e intolerâncias alimentares podem sofrer de modo mais recorrente com as feridas ao entrarem em contato com os alimentos alergênicos.

Outros fatores que incidem no surgimento das lesões são:

  • Pacientes com baixa imunidade, por exemplo portadores de HIVou doentes crônicos;
  • Pessoas com rotinas estressantes;
  • Tabagismo;
  • Má alimentação;
  • Uso de medicamentos que afetem o pH estomacal;
  • Pessoas com aparelhos, próteses ou dentaduras.

Homens e mulheres podem ser afetados pelas aftas, mas devido às alterações hormonais no período menstrual, as mulheres podem apresentar manifestações mais frequentes das lesões.

Diagnóstico

Como as aftas são, geralmente, respostas a alterações do organismo ou de rotinas, mas sem grande impacto na saúde e funcionamento do corpo, elas tendem a não precisar de uma avaliação médica. Porém, em casos constantes ou persistentes, o diagnóstico médico é necessário.

Dr. Johnny D. Zoppas é médico clínico e cirurgião e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara.

Semana Internacional da Tireoide – 20 a 25 maio de 2019

Dra. Morgana – endocrinologista fala sobre o tema

Julho de 2018 Dra Morgana Regina Rodrigues

Esse ano o tema a ser abordado é tireoide e gestação. Durante a gestação, a tireoide precisa dar conta do metabolismo da mãe e do bebê, principalmente porque a tireoide do feto só começa a funcionar e produzir hormônio a partir da 20ª semana. Antes desse período, ele depende, exclusivamente, da tireoide da mãe.

Segundo Dra. Morgana Regina Rodrigues, médica endocrinologista, as alterações no funcionamento da tireoide no período gestacional são fisiológicas e esperadas. É normal que o hormônio da tireoide (TSH) apresente valores diferentes dos de mulheres não grávidas.

O mau funcionamento da glândula da tireoide durante a gestação pode trazer sérios problemas, tanto para a gestante quanto para o seu bebê. Mesmo as alterações mais discretas (as subclínicas) devem ser acompanhadas. Entre os riscos para a gestante estão: abortos, partos prematuros, além de hipertensão durante a gravidez.

Nas disfunções mais graves entram as preocupações com os fetos. O hipotireoidismo materno importante pode causar problemas mentais no bebê, déficit cognitivo e aparecimento de bócio, mas, segundo Dra. Morgana, com acompanhamento e orientações corretas é possível evitar as complicações.

No Hipotireoidismo, nunca suspenda ou modifique a dose da levotiroxina durante a gestação ou amamentação sem orientação do seu endocrinologista. Ela é segura e necessária.

Mulheres durante a gestação não podem receber Iodo Radioativo – caso tenha feito tratamento prévio para Hipertireoidismo com iodo radioativo, deve-se idealmente aguardar pelo menos seis meses antes de engravidar.

Nódulos na tireoide descobertos durante a gestação não necessitam de investigação até o parto.

Importante:

– Comunique sempre ao seu endocrinologista caso pretenda engravidar e quando descobrir a gestação

– Aguarde até que a doença da tireoide esteja bem controlada antes de engravidar

– Mantenho o acompanhamento durante toda a gestação e após o parto

– Faça o teste do pezinho no seu bebê, que pode indicar se ele apresenta alguma disfunção tireoideana

A Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e faz parte do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Mitos e verdades sobre a gravidez

(Indagamos o ginecologista e obstetra Dr. Mario e ele respondeu!)

dr. Mario - abril 2019

Ao longo dos nove meses de gestação, a mulher passa por um turbilhão de mudanças físicas e, principalmente, hormonais.

As modificações acontecem por causa da alta descarga hormonal que prepara o corpo da mãe para abrigar o feto.

Preparamos algumas frases que geralmente ouvimos e perguntamos ao Dr. Mario Blaya, Ginecologista e Obstetra:

-SE A BARRIGA ESTIVER PONTUDA É MENINA; ARREDONDADA É MENINO

Mito. Não existe nenhuma influência do sexo do bebê no formato da barriga da gestante. “A barriga da mãe cresce conforme anatomia e genética da gestante.

– MULHER GRÁVIDA NÃO PODE FAZER SEXO

Depende. Se a gestante apresentar sangramento vaginal ou placenta de inserção baixa (quando a placenta fica na parte inferior do útero, cobrindo o colo do útero), ela não deve fazer sexo durante a gravidez. Nesses casos, a prática pode estimular a contração do útero e gerar mais sangramento, provocando parto prematuro. Caso contrário, o sexo está liberado. Muitas mulheres sentem aumento da libido durante a gestação, que ocorre devido às alterações hormonais que marcam o período.

– SE A GRÁVIDA TEM MUITA AZIA, É PORQUE O BEBÊ VAI SER CABELUDO

Mito. O que vai definir se o bebê vai ser ou não cabeludo é a genética, e não a azia. Os enjoos e a azia surgem porque o útero pressiona o estômago, causando um refluxo do ácido estomacal e, também, por causa das altas taxas de progesterona, que em grande quantidade acaba causando azia.

– SE A MULHER TEVE O PRIMEIRO FILHO DE CESARIANA, NÃO PODERÁ TER O PRÓXIMO POR PARTO NORMAL

Depende.  Essa afirmação está apenas parcialmente correta. “Muitas vezes a mãe não faz o primeiro parto normal porque não tem dilatação necessária para isso. Após uma cesariana, o útero se recupera, mas fica com uma cicatriz que pode romper com as contrações do trabalho de parto normal. Essa possibilidade é mínima, de apenas 0,03%”, explica. Outro fator que pesa na hora de optar pela cesariana em um segundo parto é que a maioria das mulheres está optando por engravidar mais tarde. “Quanto maior a idade, menor a intensidade e o número de contrações”, afirma Blaya.

– MULHER GRÁVIDA TEM QUE COMER POR DOIS

Mito. Se a grávida comer por dois pode acabar engordando. Gestantes obesas têm maior risco de parto prematuro, de enfrentar dificuldade no trabalho de parto, de desenvolver diabetes na gravidez, hipertensão e distúrbio na tireoide, além de a obesidade contribuir para o aumento de peso do feto, que pode nascer obeso, e até óbito do bebê.

– TOMAR CERVEJA PRETA MELHORA A PRODUÇÃO DE LEITE

Mito.  Não há nenhum estudo científico que comprove a relação entre o alimento consumido e o aumento da produção do leite. O que pode acontecer é o sabor do leite sofrer alteração de acordo com a alimentação da mãe. A boa ingestão de líquidos é importante.

– GRÁVIDAS SENTEM MAIS CALOR

Verdade. Devido à aceleração do metabolismo por conta da gestação, as grávidas tendem a suar mais e a sentir mais calor.

– A GESTANTE NÃO DEVE PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS

Mito. Primeiro, a grávida deve passar por uma avaliação médica completa e, se não tiver fatores de risco, ela pode fazer atividade física com moderação. Na gravidez são indicados esportes de baixo impacto, como caminhadas, ioga, natação e hidroginástica.

– GRÁVIDAS PODEM FICAR COM A PELE MANCHADA POR CAUSA DO SOL

Verdade. Toda grávida tem mais tendência a ter manchas na pele por causa do aumento da liberação de melanina. O ideal é que a grávida utilize protetor solar no rosto e, principalmente, na barriga, onde há maior concentração desse pigmento.

Dr. Mário Blaya é ginecologista e obstetra. Integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica.

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A introdução alimentar do bebê – como fazer

A Pediatra Dra. Elenice dá dicas importantes

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Introdução alimentar é o termo usado para designar a fase em que a alimentação dos bebês começa a incorporar outros alimentos além do leite materno. Ela deve ser iniciada no sexto mês de vida, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Até essa idade, o aleitamento materno deve ser exclusivo e não há necessidade de nenhum outro alimento, nem mesmo água, já que o leite da mãe supre também as necessidades de hidratação do bebê.

A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, alerta que aos seis meses, recomenda-se começar a introduzir outros alimentos na dieta, ao mesmo tempo em que, na medida do possível, o aleitamento continue até os 2 anos de idade. Nos casos em que a mãe não pode amamentar por qualquer motivo, pode-se recorrer às fórmulas infantis, mas nessas situações a orientação é procurar a ajuda de um pediatra para saber qual a melhor conduta em cada caso.

A alimentação complementar deve ser introduzida de maneira lenta e gradual. Algumas crianças podem estranhar no início e recusar determinados alimentos, o que é normal, pois trata-se de uma experiência totalmente nova para elas. “Se ela não aceitou, não insista, não force e não agrade. Às vezes, ela recusa, e isso é normal. É importante que o alimento seja novamente oferecido em outra ocasião”.  Segundo informações do Ministério da Saúde, é necessário oferecer um alimento de oito a dez vezes, em média, até que a criança o aceite.

O QUE OFERECER

Segundo a pediatra, o ideal é oferecer ao bebê uma alimentação variada e rica em nutrientes, tanto macro (proteínas, carboidratos e gorduras) quanto micro (ferro, zinco e vitaminas). Para tanto, é preciso unir representantes dos quatro grupos alimentares principais: hortaliças e frutas, carnes e ovos, cereais, tubérculos e grãos. “A composição de todos esses grupos é que vai permitir que a criança tenha energia, proteínas, sais minerais e as vitaminas necessárias para um crescimento adequado”, explica a Dra. Elenice.

Não se recomenda bater os alimentos no liquidificador para não deixar a comida muito fina nem misturar os grupos, para permitir que a criança experimente novas texturas e sabores e aprenda a mastigar. É fundamental que ela tenha uma discriminação do sabor dos alimentos e movimentos de mastigação.

Procure sempre orientações com o Pediatra que lhe dará informações detalhadas de como introduzir a alimentação para o bebê.

Dra. Elenice Marioto Blaya faz parte do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Quinze minutos de exercícios diários ajuda a prevenir a DEPRESSÃO

(Psiquiatra Dr. Paulo Lague comenta o tema)

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Uma equipe de pesquisadores americanos descobriu uma forma simples de prevenir a depressão: a prática diária de exercícios. De acordo com o estudo, publicado recentemente no periódico JAMA Psychiatry, pessoas fisicamente ativas estão menos propensas a desenvolver a doença. Esse benefício pode ser alcançado mesmo para aqueles que se exercitam por pouco tempo (15 minutos, por exemplo).

Para o psiquiatra Dr. Paulo Langue, mesmo pacientes já diagnosticados com o transtorno podem encontrar na atividade física uma forma de complementar o tratamento.

Durante a pesquisa, a equipe dividiu os participantes em dois grupos: o primeiro teve os exercícios físicos diários acompanhados por um acelerômetro (equipamento que monitora velocidade e aceleração); já o segundo grupo precisou apenas responder questionários onde relataram os níveis de atividade física realizada por dia. Ao fim do estudo, descobriu-se que as pessoas que se exercitavam mais estavam mais protegidas contra o risco de depressão. No entanto, essa proteção só foi encontrada no grupo monitorado diariamente pelo acelerômetro, o que indica que aquelas que apenas relataram podem não ter se exercitado com tanta frequência quanto afirmaram no questionário.

Além disso, os pesquisadores analisaram o DNA dos participantes e descobriram que a genética não interfere nos ganhos de saúde mental adquiridos por meio do exercício. Ou seja, os benefícios de prevenção podem ser obtidos por qualquer pessoa que se mantenha fisicamente ativa, independente de sexo e idade, por exemplo. “Quinze minutos de corrida, uma hora de jardinagem. [Apenas] saia e faça alguma coisa. Você nem precisa suar ou ficar sem fôlego. O importante é estar em movimento”, orientou Dr. Paulo.

Agora, a equipe espera que os novos achados possam influenciar a forma como os profissionais de saúde tratam a depressão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a depressão afete mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, o transtorno é responsável por cerca de 800.000 suicídios por ano, sendo a segunda principal causa de morte entre indivíduos de 15 a 29 anos.

Dr. Paulo Lague é médico Psiquiatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.