Afogamento Secundário: um Alerta aos Pais!

Pediatra Dra. Elenice explica

Dra. Elenice - esta

Você já ouviu falar em afogamento secundário e afogamento seco? Pois eles existem e podem acontecer com adultos e adolescentes, mas as crianças são mais propensas a desenvolverem o quadro.

No afogamento seco, quando a criança respira a água, a laringe pode ser fechada por espasmo e isso interrompe as suas vias aéreas. Dessa forma a respiração fica muito difícil e a entrada de oxigênio nos pulmões é interrompida. Porém, o coração continua a bombear sangue para os pulmões e é neste evento que a pessoa pode se afogar com os seus próprios fluidos. No afogamento secundário, a água aspirada fica nos pulmões acumulada e causa um edema pulmonar.

Sintomas

A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, explica que os sintomas dos dois tipos de afogamento são os mesmos. O que difere é que no “seco” eles começam logo após algum incidente com água. O “secundário” pode iniciar mais tarde, entre 1 e 24 horas depois de alguma brincadeira na piscina, mar ou lago.

Os sintomas são:

  • Tosse
  • Dor no peito
  • Dificuldade para respirar
  • Cansaço extremo
  • Mudança de comportamento, como irritabilidade ou queda de energia que corresponde que o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente.

Quando você passa um dia na piscina ou no mar, é apenas normal que você se sinta exausto e sonolento, especialmente se você é uma criança e esteve extremamente ativa durante todo o dia.

Embora seja raro, o “afogamento secundário” pode ser fatal se os sintomas de alerta forem ignorados. Sempre que alguém (crianças e adultos) inala, até mesmo uma pequena quantidade de água (piscina, lago ou mar) pode irritar os pulmões e causar o edema. Normalmente há uma pequena quantidade de água nos pulmões quando ocorre o afogamento secundário, mas a pequena quantidade de líquido é suficiente para prejudicar a capacidade dos pulmões de fornecer oxigênio para a corrente sanguínea.

O que fazer se isso acontecer com o seu filho

  • Se notar que ele tem algum dos sinais citados acima você precisa levá-lo ao hospital.
  • Normalmente os problemas são tratáveis e precisam de ajuda médica. Não existe um medicamento para curar esses tipos de problemas. No hospital a criança terá um suporte para verificar se suas vias respiratórias estão desobstruídas e terá monitoramento do nível de oxigênio. Caso seja necessário, a criança usará um tubo de respiração.

Como prevenir

  • A Dra. Elenice enfatiza que a principal coisa a ser feita é sempre estar de olho nas crianças enquanto elas estiverem brincando na água ou perto de um local que tenha água. Nunca as deixe sozinhas, mesmo que pareça seguro ou que a quantidade de água seja pouca. Uma criança pode se afogar com 2,5 centímetros de altura de água dentro de um balde, banheira, piscina de plástico ou vaso sanitário, por exemplo.

Cuidado e alerta sempre é a melhor solução! Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

“Como Envelhecer?”

Dra. Mariza cita trechos de palestra de médica geriatra

DSC_3678

Vários livros e palestras falam sobre o tema. Mas uma palestra em especial chamou a atenção de vários médicos, e em especial, da cardiologista Dra. Mariza Garcia Rosa:  ”Como envelhecer?, ministrada pela Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes, geriatra e especialista em cuidados paliativos, autora do livro ”A morte é um dia que vale a pena viver”.

Segundo a geriatra, não existe fórmula para não envelhecer. Para não envelhecer, basta morrer cedo, o que não é, de todo modo, muito pretendido. Se formos afortunados a ultrapassar a barreira da meia-idade, devemos saber envelhecer. Como envelhecer?

As pessoas sabem que, a partir de uma certa idade, passarão por adversidades, mas não se preparam de forma adequada para isso. Ao envelhecer, tomamos providências muito superficiais, como tentar aparentar menos idade, numa tentativa de recuperar vivências que gostaríamos de ter quando éramos jovens.

Mesmo com o receio do envelhecimento, torcemos para chegar ao final do expediente, a sexta-feira, as férias, a aposentadoria. Muitas pessoas deixam para viver só depois da aposentadoria. Nesse sentido, podemos concluir que torcemos para que a morte chegue mais perto. Quando temos essa percepção do tempo, há algo de errado com a qualidade da escolha do que fazemos com o nosso tempo.

Há uma grande pesquisa, de mais de 70 anos, da faculdade de Harvard que distingue cinco grandes aspectos da vida humana: físico, emocional, social, familiar e espiritual. Foi realizada uma análise sobre o que mais influencia na longevidade. Incrivelmente, o que mais fez diferença na história de sucesso na vida foi a qualidade das relações humanas. Sendo assim, o primeiro passo para viver bem é ser uma pessoa determinada a oferecer e a receber afeto dos outros.

Com o passar do tempo, perdemos coisas que lutamos muito para ter: autonomia e independência. A autonomia é a capacidade de tomar decisões, já a independência é a capacidade de colocar as suas decisões em prática. Por esse e outros motivos, ao envelhecer precisamos ser cuidados e, ao longo da nossa história, construímos relações que facilitam ou dificultam esse prazer de cuidar. Além disso, vivemos numa cultura de obrigação de cuidado para com os pais. Com isso, é importante lembrar que não é porque o indivíduo é idoso e tem cabelo branco que virou ”santo”, ou seja, há uma história construída, e as consequências dela frutificam ao receber cuidado por parte dos familiares.

A preparação para o envelhecimento deve passar pela dimensão biológica, que é o que todo mundo já sabe: alimentação saudável e exercício físico são essenciais. Quando há comprometimento com essa dimensão, há capacidade de superar doenças. Temos que ter em mente que o que fazemos com o nosso corpo deve ser o mais correto. Cuidar do corpo não nos isenta da doença, por exemplo. Cuidar do corpo não nos faz viver para sempre. É como fazer o bem: fazemos o bem porque é correto. Se alguém faz o bem para se dar bem, já está fazendo errado.

Além de todos os problemas físicos que podem surgir, há o problema da mente. A demência de Alzheimer, em especial, é uma grande adversidade, pois faz o idoso perder a autonomia antes mesmo de perder a independência. É uma doença incurável e muito frequente. Devemos preparar o cérebro para driblar essa dificuldade, e isso é feito com o aprendizado. Condição de aprender nós temos em qualquer idade. É uma chuva de rejuvenescimento. ”Eu sei fazer tricô”, só vale se fizer ponto novo. Tudo que você já souber, deve fazer algo novo em cima disso. Entre todos os recursos responsáveis por desenvolver conexões no cérebro, o melhor é a música – como cantar num coral, por exemplo. Outro recurso muito importante é a meditação.

Incessantemente, buscamos entender qual o sentido da nossa vida. Devemos parar de perguntar por que estamos aqui, que procura respostas no passado, para perguntar para que estamos aqui, projetando o futuro.

O envelhecimento traz uma bagagem muito rica de reconhecimento do nosso próprio eixo espiritual. O processo de envelhecer é, antes de tudo, um processo muito potente para o ensinamento de ser humano. Desse modo, o último dia de nossas vidas é quando recebemos um diploma de ser humano, assim, a morte é um dia que vale a pena viver.

Com estas palavras da Geriatra Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes, a Dra. Mariza G. Rosa alerta que ainda dá tempo! Ainda dá tempo de aproveitar o hoje preparar com serenidade nossa velhice. PENSE NISSO.

Dra. Maria Garcia Rosa é cardiologista, integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Alergias respiratórias no verão

Dr. Cesar Ricci fala sobre os incômodos

Dr. Cesar Ricci

No verão surgem as chamadas alergias sazonais, em razão do aumento da circulação de poeira – por falta de manutenção dos aparelhos de ar condicionado – e maior circulação de pólen das flores, principalmente em dias de vento e sol, além do uso de venenos contra insetos. O mesmo acontece com o acúmulo de poeira.

Por isso, o Dr. Cesar Augusto Ricci, médico otorrinolaringologista, alerta que quem sofre de rinite, asma, bronquite e outros problemas respiratórios precisa ter um cuidado maior nesse período. “Quando o pólen ou poeira entra nas vias nasais, os sintomas das doenças respiratórias, como espirros, coriza, falta de ar e congestão nasal, se manifestam. Além disso, a alergia a estes aerodispersíveis também pode provocar coceira e vermelhidão nos olhos, sinais da conjuntivite alérgica“, explica.

Já no caso das alergias provocadas por conta dos produtos químicos contidos nos venenos contra insetos, o indicado é optar pelo uso de telas em janelas e produtos menos tóxicos, como é o caso dos repelentes.

Ar-condicionado – Caso não seja feita limpeza periódica, ácaros, fungos e bactérias podem se concentram no aparelho. Quando ligado, os microorganismos são facilmente proliferados por todo o ambiente, provocando o surgimento de reações alérgicas. Há também o popular choque térmico. Além da rápida mudança de temperatura na transição entre ambientes climatizados e naturais, o resfriamento do ar pode afetar o trabalho e a sensibilidade da mucosa respiratória, ocasionando os sintomas.

Ricci explica que nesses casos o melhor é se prevenir, fazendo a limpeza e manutenção periódica do aparelho. “É importante também intercalar períodos com o sistema ligado e desligado. Assim, minutos antes de sair do ambiente, basta desligar o ar-condicionado, para que o organismo se habitue à temperatura exterior“, aconselha.

Buscando orientação médica – Caso os sintomas de alergia se manifestem é fundamental buscar orientação médica. Dr. Cesar Augusto Ricci é médico otorrinolaringologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Francesas desafiam tabu da maternidade tardia com gravidez após 45 anos

Dr. Mario fala dos perigos enfrentados

Dr. Mario

Apesar dos riscos, muitos fatores fazem com que as mulheres engravidem aos 45 anos de idade ou mais na França. Cerca de 2 mil francesas engravidam depois desta idade, e o número de mães “tardias” quintuplicou desde a década de 1980 no país.

Um desejo tardio, que “não é surpreendente, os métodos contraceptivos são muito melhor utilizados hoje do que há vinte anos, as mulheres estudam mais e esperam antes de ter seu primeiro filho”, analisa um estudo realizado na França.

Mães tardias, cada vez mais frequentes na França

Desde o início da década de 2000, esse tipo de paciente mostra um forte crescimento. Nos últimos dez anos fez-se uma pesquisa e a descoberta é clara: em 1980, apenas 8 mil bebês nasceram de mães com 40 anos ou mais. “Em 2016, esse número foi multiplicado por 5, com cerca de 43 mil nascimentos”, diz a pesquisa.

Riscos reais

“As pacientes com mais de 45 anos aumentam significativamente o risco de diabetes, pressão arterial e cesariana”, afirma Dr. Mario Blaya, médico ginecologista e obstetra. Segundo o ginecologista, 3,7% das gestantes com mais de 45 anos têm pressão alta, em comparação com 1,3% das pessoas entre 25 e 35 anos.

A diabetes afeta 20% destas mulheres no final da gravidez, em comparação com apenas 11% das mulheres mais jovens.

Finalmente, metade dessas mulheres realizará cesarianas, em comparação com apenas 32% das mulheres com menos de 40 anos de idade. “Isso se explica pelo envelhecimento do corpo: a idade dos vasos aumenta, eles não têm mais a mesma elasticidade, nem a mesma fisiopatologia”, explicou o médico.

Mas o feto também pode apresentar problemas. A gravidez de “alto risco” pode ser “perigosa” para o bebê.

“Casos de prematuridade e aborto espontâneo são mais comuns em mulheres com mais de 45 anos. Os riscos do parto também estão presentes, com o potencial de morte in útero para a criança, além do risco de morte materna, que aumenta”, declarou o médico.

Se você tem planos de constituir uma família, mas acha que ainda não chegou a hora, procure seu médico e fale sobre este seu desejo. Hoje existem vários métodos para garantir uma gravidez tardia, com muito mais saúde e segurança.

Dr. Mario Blaya é ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

O sono e o comportamento infantil

Dr. Gerson Peres explica o tema

DSC_3633

As crianças têm muita energia para gastar, e muitas vezes as 24 horas do dia parecem não ser suficientes. Quando nós já estamos cansados do dia, elas parecem renovar sua disposição e, se deixarmos, só vão dormir de madrugada. Mas isso não significa que seja totalmente saudável.

Uma rotina de sono desregulada não faz bem para os adultos e muito menos para crianças, podendo até mesmo contribuir para um maior número de problemas de comportamento.

Pesquisas mostram que a falta de uma hora certa para dormir ou perturbações no sono podem interferir no funcionamento do relógio biológico da criança, o que causa problemas em todas as áreas de sua vida. As mudanças aparecem logo no humor e no apetite, mas não param por aí. A longo prazo, crianças sem rotina de sono tiveram notas mais baixas em testes que mediram a capacidade de resolver problemas e mais chances de desenvolver hiperatividade, déficit de atenção, dificuldade de aprendizado e problemas emocionais, como ansiedade, tristeza, irritabilidade e envolvimento em brigas com colegas.

Verificou-se que as crianças que não possuíam um horário estabelecido para ir pra cama eram mais propensas a desenvolver problemas de comportamento ou emocionais do as que iam para a cama no mesmo horário, de segunda à sexta-feira.

Quando o sono não é saudável (quando a criança dorme em horários diferentes ou dorme menos do que o necessário), mecanismos fisiológicos internos responsáveis por regularem o funcionamento do corpo são prejudicados, o que faz com que funções como a fome, o humor e os horários de sono sejam afetados.

“Alterar constantemente a quantidade de horas em que você dorme por noite ou então ir para a cama em horários diferentes a cada dia é como bagunçar o seu mecanismo interno (relógio biológico). Isso impacta a forma como o seu corpo será capaz trabalhar no dia seguinte”, afirma Dr. Gerson Peres, médico pediatra.

No entanto, quando a família se esforça e cria em conjunto com profissionais de saúde uma rotina saudável para os filhos, as consequências do sono prejudicial podem ser revertidas.

É importante que os pais façam uma higiene do sono, que inclui ajustar a hora de ir para a cama, que deve ser sempre a mesma, diminuir o uso de telas, como tablets, smartphones e televisores, criar rotinas consistentes antes de deitar e construir estratégias para acalmar, como ler ou ouvir uma música relaxante.

E, segundo Dr. Gerson, por mais que o carinho e o amor de mãe/pai muitas vezes nos dizem para deixarmos eles acordados mais um tempo, precisamos pensar em seu bem-estar e saúde, e seguir uma rotina definida de sono para nossas crianças.

Dr. Gerson Peres é médico pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Hereditariedade é responsável por até 60% dos casos de pressão alta

Dra. Mariza, cardiologista,  fala sobre o tema

DSC_3678

Entre as doenças e condições que afetam a saúde cardíaca, como infarto, pressão alta, colesterol elevado, a hereditariedade é considerada um fator de risco importante. Como é um fator sobre o qual não temos controle – diferentemente do estilo de vida -, é essencial ficar atento se você tiver familiares próximos (pai, mãe ou irmãos) que desenvolveram a doença antes dos 55 anos de idade.

Se um dos seus pais tem hipertensão, você tem 25% de probabilidade de desenvolvê-la no decorrer da vida. Agora, se tanto o pai como a mãe têm a doença, o risco sobe para 60%. Nas famílias em que a doença é muito presente, a pressão alta pode se instalar cedo, na faixa dos 35 anos.

Segundo Dra. Mariza Garcia Rosa, cardiologista, além da hereditariedade, existe o fator raça. Negros são mais propensos a ter pressão alta devido à maior tendência a reter sódio, um componente que leva a retenção de líquidos e ao aumento da pressão arterial.

No caso das mulheres, depois dos 55 anos – quando a maioria já atingiu a menopausa -, o risco de ter doenças do coração aumenta por conta da diminuição do hormônio estrogênio, pois ele é responsável por estimular a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. Fazer consultas periódicas com um cardiologista torna-se ainda mais importante a partir desse período.

Apesar de não conseguirmos mudar nossa genética, uma alimentação rica em vitaminas B6, B12 e ácido fólico, como fígado, banana e feijão, pode reduzir, por exemplo, os níveis de homocisteína no organismo.

Ainda, segundo Dra. Mariza, a maior parte dos fatores de risco relacionados à hipertensão são modificáveis: deixar de fumar, diminuir o percentual de gordura corporal e fazer atividade física com regularidade são essenciais para prevenir uma série de doenças cardíacas.

Dra. Mariza Garcia Rosa é médica cardiologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Contato pelo telefone 3344-3600.

CRM: 18564

RQE: 10590

Cuidados com higiene são fundamentais ao visitar bebês

Dra. Elenice M. Blaya faz uma alerta

Dra. Elenice - esta

Depois de a mamãe conhecer o rostinho do neném que esperou por tanto tempo, o momento após o parto é de adaptação e de aproximação com o filho. Ao mesmo tempo, todos os familiares e amigos não veem a hora de visitar o mais novo integrante da turma. Mas, ao visitar um recém-nascido, parentes e amigos muitas vezes exageram no carinho e acabam dando pequenos apertões na bochecha, beijos e toques não muito delicados. O que eles não sabem é que algumas atitudes são inadequadas e podem trazer problemas ao bebê.

Para ajudar a planejar a visitação, a Dra. Elenice Mariotto Blaya dá dicas importantes para as futuras visitas.

РCarinho em excesso pode fazer mal ao beb̻?
Carinho é sempre bom. Mas é claro que nem todas as atitudes estão livres de riscos. Devemos evitar beijar muito próximo ao rosto do bebê, por exemplo. O beijo pode ser dado em outras áreas, como nas perninhas ou nos pezinhos. As mãos do bebê também devem ser evitadas, pois podemos deixar germes, e eles as levam muito à boca. Portanto, ao visitar e acarinhar o bebê devemos ter em mente sempre dois aspectos: a higiene e a ideia de que os visitantes devem estar sadios.

– Como garantir a higiene do visitante?
Com bom humor, tudo pode ser resolvido. A mãe deve ser a primeira a dar o exemplo e higienizar as mãos com água e sabão ou fazer fricção com antisséptico antes de tocar o bebê, para que a visita perceba e repita esse cuidado básico [o álcool a 70% na forma líquida ou em gel é tão eficaz quanto a higienização com água e sabão, desde que não exista sujeira aparente nas mãos]. Sugerimos colocar o sabonete ou o álcool à vista, para garantir que o visitante perceba a necessidade de higienizar as mãos. Essa higiene é importantíssima. Lavar bem as mãos e o antebraço [até a altura dos cotovelos] ao chegar da rua para visitar a mãe e o bebê é uma medida imprescindível para minimizar a contaminação por vírus e bactérias.

– Amigos e familiares que estejam doentes podem fazer visita?
Se algum parente ou amigo estiver apresentando febre, sinais de infecção respiratória, tais como nariz escorrendo e tosse [gripe ou resfriado], conjuntivite ou qualquer outra doença infectocontagiosa, suspenda a visita. A ideia de que “eu não vou chegar perto, nem segurar a criança” não basta. Como os sistemas de defesa do organismo da mãe e do bebê estão fragilizados, não é adequado arriscar. Deixar para outro momento pode prevenir que o recém-nascido adquira doenças, para as quais ainda não foi vacinado e que não tem imunidade suficiente para combater. Na presença de doenças de pele, também é bom que o familiar evite o toque e o contato íntimo, para evitar transmissão de germes patogênicos para o bebê, ainda tão vulnerável. É importante saber que até mesmo roupas higienizadas inadequadamente podem ser fonte de infecções para o recém-nascido.
As visitas devem ser organizadas para não formar uma aglomeração em volta da criança. Esse tipo de ocasião favorece contágios, e o excesso de barulho pode causar estresse ao recém-nascido.

Visitantes que fumam podem visitar a mãe e o bebê?
Nem pense em fumar! A Dra. alerta que esta restrição vale para horas antes da visita. As toxinas do cigarro ficam impregnadas em roupas, cabelos e mãos dos fumantes. Os resíduos que permanecem são tão prejudiciais quanto a própria fumaça. O contato do bebê com o material tóxico o expõe a uma probabilidade dez vezes maior de adquirir uma pneumonia aguda e ao aparecimento de um fenômeno chamado de hiperresponsividade brônquica – uma resposta exagerada do pulmão, desencadeada quando a criança tem maior sensibilidade a infecções respiratórias como bronquite, rinite e otite.

Dra. Elenice afirma: o bebê e a mamãe precisam descansar, por isso, a visita deve ser muito breve.

Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Como identificar e tratar o Pé Diabético

Dr. André Lorenzon fala sobre o tema

Dr. André

O pé diabético é um termo usado para referir o maior risco que os diabéticos têm de apresentar problemas nos pés, como feridas, trombose, infecções e úlceras. Porém, este tipo de problema só é mais comum quando a doença não é bem controlada, e é caracterizado por sintomas como formigamento e queimação nos pés.

Segundo Dr. André Lorenzon, angiologista e cirurgião vascular, o ideal é que todos os diabéticos, além de fazerem o tratamento adequado, tentem prevenir problemas nos pés, tendo cuidados como usar sapatos confortáveis e não retirar calos, e procurar o médico logo que surgir alguma alteração nos pés.

Os principais sintomas deste problema incluem:

  • Perda da sensibilidade nos pés;
  • Sensação de formigamento frequente;
  • Queimação nos pés e tornozelos;
  • Dor e sensação de agulhadas;
  • Dormência nos pés;
  • Fraqueza nas pernas.

Apesar da presença dos sintomas, a maior parte dos diabéticos só percebe a gravidade do problema quando surge uma ferida ou infecção que não passa.

5 cuidados para evitar complicações graves

1. Manter a glicemia controlada

Esta é a etapa mais importante para evitar o pé diabético, porque quando os níveis de açúcar se mantêm elevados por muito tempo, o sangue tem mais dificuldade de chegar às extremidades do corpo, e os pés são a região mais afetada pela má circulação.

Assim, quando há pouco sangue chegando até aos pés, as células ficam fracas e o pé começa a perder sensibilidade, fazendo com que cortes ou feridas cicatrizem muito lentamente e só sejam notados quando já estão em um estágio muito avançado.

2. Observar os pés diariamente

Devido ao risco de perda de sensibilidade, os diabéticos devem ter o hábito de avaliar os pés diariamente, seja na hora do banho ou ao acordar, por exemplo. Se a condição física não permitir ou se a visibilidade não for boa, pode-se usar um espelho ou pedir ajuda de outra pessoa durante a vistoria dos pés. É preciso procurar por rachaduras, frieiras, cortes, feridas, calos ou alterações na cor, devendo-se procurar o médico se notar a presença de alguma dessas alterações.

3. Manter os pés limpos e hidratados

Deve-se lavar os pés todos os dias com água morna e sabonete neutro, tendo cuidado para higienizar bem entre os dedos e no calcanhar. Depois, deve-se secar os pés com uma toalha macia, sem esfregar a pele, apenas secando com leves pressões da toalha.

Após a lavagem, é ainda importante passar um hidratante sem cheiro em todo o pé, tendo cuidado para não deixar creme acumulado entre os dedos e nas unhas. Deve-se deixar secar naturalmente antes de vestir meias ou sapatos fechados.

4. Cortar as unhas 2 vezes por mês e não retirar calos

É importante evitar fazer as unhas com muita frequência, sendo que ideal é fazer apenas 2 vezes por mês, para não estimular o surgimento de cantos de unha ou unhas encravadas. Além disso, deve-se evitar tirar a cutícula, pois ela é importante para proteger a pele de feridas e arranhões.

Também é importante cortar as unhas em linha reta, e os calos só devem ser retirados por um profissional especializado em pés e que saiba da presença da diabetes. Caso os calos apareçam com muita frequência, deve-se falar com o médico para investigar as causas e iniciar o tratamento.

5. Usar sapatos fechados e macios

O sapato ideal para o diabético deve ser fechado, para evitar feridas e rachaduras, além de ser macio, confortável e de solas rígidas, para dar segurança durante a caminhada.

As mulheres devem preferir saltos baixos e quadrados, que fornecem um melhor equilíbrio para o corpo. Deve-se evitar calçados de plástico, de ponta fina ou apertados, e uma boa dica é ter sempre um segundo par de sapatos para trocar no meio do dia, para que o pé não sofra a pressão e o desconforto do mesmo sapato por muito tempo.

Dr. André lembra que na presença de qualquer alteração nos pés ou de falta de sensibilidade, o médico deve ser procurado para que o tratamento seja logo iniciado, e que a melhor forma de prevenir o pé diabético é controlando a glicemia através de uma alimentação adequada.

Dr. André Lorenzon é angiologista e cirurgião vascular e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Efeitos do tempo de tela em crianças e adolescentes serão avaliados em estudo pioneiro, nos Estados Unidos

Dra. Elenice - esta

O National Institute of Health (NIH), dos Estados Unidos, acaba de iniciar uma pesquisa pioneira para compreender o impacto do uso frequente de smartphones e tablets no desenvolvimento do cérebro de crianças e adolescentes. O trabalho, iniciado a partir do escaneamento do cérebro de crianças entre nove e dez anos de idade, acompanhará ao longo de uma década cerca de 11 mil crianças, distribuídas em 21 Centros de Pesquisa.

A iniciativa dos pesquisadores americanos tem como objetivo responder como todo o tempo empregado em frente às telas afeta a estrutura física do cérebro. Um estudo como esse, com amostra numérica substancial, poderá fornecer algumas respostas importantes, como quanto tempo eles estão gastando nessa tarefa, quais são as consequências negativas e como se estabelece o vício.

DIFERENÇAS – Os dados preliminares obtidos através de ressonâncias magnéticas demonstraram diferenças significativas nos cérebros de algumas crianças que usam smartphones, tablets e videogames mais de sete horas por dia. As imagens revelaram um afinamento precoce do córtex cerebral, o que significa uma possível diminuição da receptividade de informações sensoriais – visão, audição, tato, olfato e paladar –, uma vez que ocorrem menos estímulos durante o uso da tela do que em outras atividades. Revelaram também que as crianças com frequência diária acima de duas horas junto às telas obtiveram pontuações mais baixas em testes de raciocínio e linguagem.

DEPENDÊNCIA – Uma das equipes de pesquisadores que compõe o estudo, está analisando os cérebros dos adolescentes enquanto eles seguem o Instagram. As imagens registadas até o momento captam exatamente quais partes do sistema de recompensas do cérebro são mais ativas durante o uso de mídias sociais. Com base nos resultados obtidos até o momento, os cientistas acreditam que o tempo de tela estimula a liberação da dopamina, uma substância química do cérebro que desempenha um papel crucial nos desejos. Uma relação que pode desencadear um comportamento compulsivo, com características semelhantes à dependência de drogas.

DEPRESSÃO – Outro levantamento americano, descobriu mudanças repentinas no comportamento e saúde mental de adolescentes nascidos a partir de 1995. O estudo tomou como base pesquisas desenvolvidas desde a década de 1960, com cerca de 11 milhões de jovens, e demonstra como as horas diárias junto ao celular resultou em uma mudança fundamental nas ações e pensamentos das novas gerações. “Eles são a primeira geração a passar toda a sua adolescência com smartphones. Ficamos surpresos ao descobrir que, nos anos seguintes, a porcentagem de adolescentes que relataram beber ou fazer sexo caiu. No entanto, a porcentagem que relatou estar mais sozinha ou deprimida aumentou”, revela um dos pesquisadores.

Segundo a pediatra Elenice Mariotto Blaya, todos estes estudos já revelam: é necessário gerenciar de forma mais adequada o uso dessas ferramentas para evitar consequências negativas, principalmente em crianças e adolescentes. Duas horas por dia é o tempo máximo de uso de tela recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria para crianças acimas de seis anos e adolescentes. Sintomas como ansiedade, comportamento violento, transtornos de sono e de alimentação já são verificados pelos pediatras em pacientes que utilizam a tecnologia em excesso”, conclui a doutora.

Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Um alerta para os pais! Porque levar a menina para uma consulta com o ginecologista?

Dra. Daniela fala sobre a escolha de métodos contraceptivos

Dra. Daniela

Meninas de doze anos, logo que menstruam, vão à farmácia desprovidas de qualquer orientação médica, instruídas apenas por suas mães ou amigas e compram pílulas anticoncepcionais. O objetivo varia. Pode ir desde diminuir cólicas e controlar o ciclo menstrual até se prevenir de um dos maiores males do país: a gravidez precoce (para se ter uma ideia, 13 milhões de adolescentes se tornam mães anualmente). O que poucas mulheres sabem é que o uso indiscriminado desse tipo de medicamento traz riscos graves, que podem levar à morte. A maioria vai direto para as pílulas sem conhecer outros métodos.

“No Brasil, temos essa ideia de que a pílula [feita com hormônios combinados, o tipo mais usado no mundo] é ótima. Você vai em qualquer farmácia e eles te dão, sem receita. Todo mundo tem horror a gravidez na adolescência, porque isso é uma epidemia no Brasil. E por isso aceitaram-se todos os riscos da pílula, sem que as pessoas sequer entendam adequadamente os riscos”, afirma Dra. Daniela Maris Piccoli, médica ginecologista e obstetra.

O hábito é o que melhor explica o consumo desse tipo de método. Ele está em terceiro lugar entre os países latino-americanos que mais a utilizam. Tanto as pacientes quanto os médicos já estão acostumados. “É uma sensação de conforto, de terreno conhecido, além de já tratar outros problemas ginecológicos, como a regulação do fluxo”, diz a Dra. Daniela. “Eu não acho que a pílula seja ruim. Mas acho que tem uma série de métodos que também são bons. Infelizmente, as pessoas não têm esse leque de opções na cabeça. Geralmente o exercício de escolha é feito em relação ao tipo de pílula, e não ao tipo de método”, finaliza.

Camisinha, DIU, implante, cirurgia, pílulas com um hormônio ou com hormônios combinados, adesivo, anel vaginal. Cada um deles possui benefícios, riscos, facilidades e restrições. É essencial que a mulher, junto com o ginecologista, faça uma escolha consciente e adequada às suas condições. A pílula de hormônios combinados é um composto de estrogênio e progestagênio (hormônio sintético derivado da progesterona). Basicamente, essas substâncias bloqueiam a ovulação e alteram o muco cervical, dificultando a ascensão dos espermatozoides. O adesivo cutâneo e o anel vaginal possuem o mesmo princípio. O maior risco comprovado desses anticoncepcionais está na ação do estrogênio, que aumenta o risco de trombose, especialmente quando associado a outras condições como: obesidade, sedentarismo, histórico familiar de trombose, diabetes…

Por isso, é primordial que a mãe ou a responsável, leve a menina a uma consulta com o ginecologista para saber sobre as opções de métodos, os prós e contras e qual o momento certo para o uso.

Dra. Daniela Maris Piccoli é médica ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.