Pediatra Dra. Elenice explica
Você já ouviu falar em afogamento secundário e afogamento seco? Pois eles existem e podem acontecer com adultos e adolescentes, mas as crianças são mais propensas a desenvolverem o quadro.
No afogamento seco, quando a criança respira a água, a laringe pode ser fechada por espasmo e isso interrompe as suas vias aéreas. Dessa forma a respiração fica muito difÃcil e a entrada de oxigênio nos pulmões é interrompida. Porém, o coração continua a bombear sangue para os pulmões e é neste evento que a pessoa pode se afogar com os seus próprios fluidos. No afogamento secundário, a água aspirada fica nos pulmões acumulada e causa um edema pulmonar.
Sintomas
A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, explica que os sintomas dos dois tipos de afogamento são os mesmos. O que difere é que no “seco” eles começam logo após algum incidente com água. O “secundário” pode iniciar mais tarde, entre 1 e 24 horas depois de alguma brincadeira na piscina, mar ou lago.
Os sintomas são:
- Tosse
- Dor no peito
- Dificuldade para respirar
- Cansaço extremo
- Mudança de comportamento, como irritabilidade ou queda de energia que corresponde que o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente.
Quando você passa um dia na piscina ou no mar, é apenas normal que você se sinta exausto e sonolento, especialmente se você é uma criança e esteve extremamente ativa durante todo o dia.
Embora seja raro, o “afogamento secundário” pode ser fatal se os sintomas de alerta forem ignorados. Sempre que alguém (crianças e adultos) inala, até mesmo uma pequena quantidade de água (piscina, lago ou mar) pode irritar os pulmões e causar o edema. Normalmente há uma pequena quantidade de água nos pulmões quando ocorre o afogamento secundário, mas a pequena quantidade de lÃquido é suficiente para prejudicar a capacidade dos pulmões de fornecer oxigênio para a corrente sanguÃnea.
O que fazer se isso acontecer com o seu filho
- Se notar que ele tem algum dos sinais citados acima você precisa levá-lo ao hospital.
- Normalmente os problemas são tratáveis e precisam de ajuda médica. Não existe um medicamento para curar esses tipos de problemas. No hospital a criança terá um suporte para verificar se suas vias respiratórias estão desobstruÃdas e terá monitoramento do nÃvel de oxigênio. Caso seja necessário, a criança usará um tubo de respiração.
Como prevenir
- A Dra. Elenice enfatiza que a principal coisa a ser feita é sempre estar de olho nas crianças enquanto elas estiverem brincando na água ou perto de um local que tenha água. Nunca as deixe sozinhas, mesmo que pareça seguro ou que a quantidade de água seja pouca. Uma criança pode se afogar com 2,5 centÃmetros de altura de água dentro de um balde, banheira, piscina de plástico ou vaso sanitário, por exemplo.
Cuidado e alerta sempre é a melhor solução! Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clÃnico da Saúde Center ClÃnica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.