Apenas 15% dos adolescentes brasileiros se exercitam o suficiente, diz OMS

(Dra. Elenice M. Blaya comenta)

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Oito em cada dez crianças e adolescentes de 11 a 17 anos não realizam atividade física suficiente. No Brasil, o percentual é ainda maior: 84% dos adolescentes nessa faixa etária são menos ativos do que deveriam. Os dados mostram ainda que não houve nenhuma melhora significativa nesses níveis nos últimos 15 anos.

A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, revela que essa conclusão é do primeiro estudo comparativo sobre o tema, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados são de 2016 e analisam 1,6 milhões de jovens em 146 países.

Para a OMS, o ideal é que jovens nessa faixa etária façam pelo menos 60 minutos de atividade física moderada cinco vezes por semana. A organização destacou a diferença nos níveis de atividade física de meninas e meninos no país: “É preciso estimular atividades físicas que despertem o interesse feminino e também investir na criação de espaços onde as meninas se sintam seguras para praticar esportes”, dizem os pesquisadores.

Enquanto 78% dos meninos brasileiros fazem menos exercício do que deveriam, o percentual é de 89% entre as meninas – uma diferença de 11 pontos percentuais. Apenas um em cada três países pesquisados registraram diferença de mais de 10 pontos percentuais entre os sexos.

Diferença entre meninos e meninas

Em relação a 2001, a OMS registrou no Brasil uma pequena melhora nos índices de atividade física nos meninos e uma piora entre as meninas. Naquele ano, 80% dos meninos faziam menos exercício do que o recomendado; em 2016, eram 78%. Entre as meninas o índice subiu de 89,1% que não seguem as recomendações em 2001 para 89,4% em 2016.

Mais de 70% dos países analisados registraram um aumento na diferença entre meninos e meninas na comparação ente 2001 e 2016. No Brasil, a diferença foi de 9 para 11 pontos percentuais.

Razões para o sedentarismo

Entre os motivos que podem estar por trás da inatividade, segundo a

Dra. Elenice, está o aumento no uso de equipamentos eletrônicos pelos jovens, segundo a OMS. Outra possibilidade é a falta de estímulo para o exercício no ambiente escolar, que tem um papel importante na vida de jovens entre 11 e 17 anos.

Dra. Elenice Mariotto Blaya, pediatra, integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Você sabe o que é adenomiose?

(Dra. Daniela M. Piccoli explica sobre a doença)

Dra. Daniela

Muitas pessoas sabem o que é a endometriose, doença que afeta entre 10% a 15% das mulheres, que menstruam, durante o período da vida e pode provocar muita cólica menstrual, dor durante as relações sexuais e, eventualmente, dificuldade para engravidar. A endometriose é definida pela presença do endométrio (tecido que reveste o útero por dentro) fora do útero, formando lesões em locais como os ovários, o fundo vaginal, o intestino e a bexiga.

Mas, segundo Dra. Daniela Maris Piccoli, ginecologista e obstetra, há outro problema muito mais comum que a endometriose, também relacionado ao endométrio: a adenomiose. Esta doença é caracterizada pela presença do endométrio infiltrando o músculo uterino e pode ocorrer em até metade das mulheres, principalmente após os 40 anos. Os principais sintomas que podem surgir são cólicas menstruais e aumento da quantidade e da duração do fluxo menstrual, além de também ter papel em alguns casos de infertilidade. Porém, vale a pena saber que boa parte das mulheres que tem adenomiose não apresenta qualquer sintoma e, muitas vezes, esse diagnóstico aparece em exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal ou a ressonância magnética.

Segundo a Dra. Daniela, essa é uma informação importante! Ao receber o diagnóstico de adenomiose, um tratamento hormonal pode ser indicado para mulheres com sintomas, mas não para aquelas assintomáticas. Por vezes, até procedimentos cirúrgicos são necessários, se as medicações não trouxerem resultados. Mas a mensagem final é: não se assustem caso esse problema apareça, adenomiose é comum e, muitas vezes, não requer tratamento.

Dra. Daniela Maris Piccoli é ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

OBESIDADE MÓRBIDA

(Dr. Felipe Camargo Ribeiro explica)

Dr. Felipe

Em nossos dias, uma nova epidemia assola a população com uma rapidez de progressão surpreendente. Trata-se da Obesidade. Antes conhecida apenas como sendo causada por um descuido alimentar ou uma compulsão de pessoas ansiosas, agora essa entidade é muito bem descrita como uma doença metabólica silenciosa, porém aparente, mas que leva a consequências catastróficas.

O Dr. Felipe Camargo Ribeiro, clínico geral, Gastro e Cirurgião, explica que a obesidade é classificada através do IMC (índice de massa corporal), que consiste no peso dividido pela altura ao quadrado, nos fornecendo dados para que possamos avaliar a gravidade da doença e ofertar o melhor tratamento individualizando cada paciente. Sabe-se que o estilo de vida da população, tanto de países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos, vêm favorecendo o aparecimento cada vez mais precoce desse mal, pois alimentos industrializados e a rotina frenética de nossas vidas nos impossibilita cuidarmos criteriosamente de nossa alimentação.

As condições clínicas associadas à obesidade são as mais variadas, desde complicações cardiovasculares (hipertensão, morte súbita, trombose venosa profunda), pulmonares (apneia do sono, asma), metabólicas (diabete tipo II, alterações de colesterol e triglicerídeos) até doença do refluxo, das articulações ou ginecológicas. Entretanto, uma das queixas mais frequentes dos pacientes é a baixa autoestima e isolamento social, caracterizado desde medidas discriminatórias até a dificuldade de acesso a transporte público ou a determinado emprego, levando ainda mais ao agravamento da doença.

O aparecimento da obesidade em determinados pacientes ainda é mal compreendido, mas os fatores genéticos certamente estão associados aos fatores comportamentais. Sabe-se que a fome persistente, mesmo com a ingesta alimentar é fator predominante da doença, possivelmente associado a fatores hormonais e produção de substâncias que facilitem seu aparecimento.

Os tratamentos propostos para controle da obesidade podem ser clínicos, como a terapia nutricional, consistindo na restrição de determinados grupos alimentares, e o uso de medicações, que alteram a absorção intestinal de determinados componentes da dieta ou agem no sistema nervoso central, provocando saciedade. Embora os mesmos tenham relativo sucesso para determinados pacientes, é notório que na obesidade grave eles tem êxito limitado, sendo que o reganho de peso nesses pacientes é muito frequente.

Segundo o Dr. Felipe, o tratamento cirúrgico – Cirurgia Bariátrica – deve basear-se na seleção individualizada dos pacientes, sendo que o IMC acima de 40 ou entre 35-40 com doenças associadas é o foco, e em técnicas aceitas e bem fundamentadas pela sociedade médica. Além disso, tal tratamento consiste em uma equipe multidisciplinar que esteja habituada a lidar com o procedimento e habilitada a realizá-lo. As cirurgias podem ser realizadas do tipo aberta – com corte, ou por videolaparoscopia. Os tipos de cirurgias variam desde restritivo (que restringem a quantidade de alimento), disabsortivas (que restringem a absorção) ou mistos, e são propostos com base na avaliação de cada paciente. Os pacientes submetidos ao procedimento devem seguir tratamento nutricional rigoroso e bem estabelecido nas primeiras semanas e necessitam de acompanhamento multidisciplinar por toda a vida.

Pode-se perceber que a Obesidade assume cada vez mais papel de doença grave e com necessidade de tratamento especializado para prevenir complicações futuras. Observando cada indivíduo como único, obtém-se o melhor resultado para controle dessa moléstia e principalmente pacientes que procurem profissionais habilitados ao manejo da doença, certamente serão beneficiados, pois os mesmos podem ofertá-los uma gama variada de tratamentos e procedimentos.

Dr. Felipe Camargo Ribeiro, é integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

 

CRM-RS 30514

Cirurgião do Aparelho Digestivo (RQE 25424)

Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia – CBC

Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva – CBCD

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Videolaparoscópica – SOBRACIL

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM

Membro da IFSO – International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders

Pós-graduado em Gastrocirurgia pela Beneficência Portuguesa – SP

O que é vulvovaginite?

(O Ginecologista Dr. Mario Blaya explica)

dr. Mario - abril 2019

As inflamações e infecções vaginais, vulvovaginites, leucorréias, chamadas comumente de corrimento, são as doenças mais comuns nos consultórios de ginecologia, e em geral tratadas por alguns dias e pronto! Mas em alguns casos elas são persistentes, voltam com frequência, criam problemas de ordem física, sexual e emocional.

Segundo Dr. Mario Blaya, ginecologista e obstetra, alguma secreção vaginal é esperada para todas as mulheres, em geral leitosa, em quantidade moderada variando, na época da ovulação com secreção transparente como “clara de ovo”, estas são normais e saudáveis, não podemos confundi-las com doença.

Quando esta secreção aumenta em quantidade, muda de aspecto, torna-se amarelada ou esverdeada, ou ainda branca mais espessa parecendo “nata de leite”, com odor mais forte e as vezes fétido e vem acompanhada de coceira, desconforto, inchaço e vermelhidão da região genital estamos diante de uma vulvo-vaginite, ou seja infecção genital.

As causas mais comuns de vaginites são bactérias em 40-45%, fungos em 20-25%, e protozoários 15-20%.

Segundo Dr. Mario, o diagnóstico deve ser realizado através de história clínica completa, que avalia fatores de risco e possíveis causas:  Detalhes sobre a vida sexual da paciente e do parceiro ou parceira, status hormonal, higiene, doenças de pele, estado imunológico, possibilidade de presença de corpo estranho (como um absorvente interno), menopausa e stress.

Estes fatores de risco podem “atrapalhar” o ambiente vaginal que é complexo e sua saúde depende de um equilíbrio intrigante entre vários microrganismos que mantém um ph ácido que por sua vez inibe o crescimento de bactérias e outros microrganismos patogênicos. Exame ginecológico cuidadoso é o mais importante para o diagnóstico.

Blaya reitera que os cuidados gerais são fundamentais: Evitar produtos que irritem a mucosa, como perfumes, sabonetes e roupas de lycra, evitar uso de amaciantes nas roupas que tem contato direto, assim como biquíni molhado ou roupa de ginástica por muito tempo. A forma de higiene intima sempre limpando a região da frente para atrás.

Após o tratamento, para aquelas que apresentam recorrência das infecções, é fundamental que pensemos em prevenção que vai desde o controle do stress e ansiedade, principalmente nos períodos pré-menstruais e menopausa, até fatores como higiene e uso de outros medicamentos.

Atenção quanto a hábitos sexuais, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis através de uso de camisinha. Todos aqueles cuidados com o uso de sabonetes neutros para região genital e para lavar as roupas íntimas, manter-se com a roupa seca valem para a prevenção também.

Enfim, as infecções vaginais são muitas vezes um tormento na vida das mulheres e infelizmente, apesar de comuns, algumas delas são de difícil tratamento e dependem de muitos fatores, hábitos de vida e sexuais. Por esta razão, segundo o médico, é fundamental que cada vez mais as mulheres conheçamos seu corpo para que possam entender seu funcionamento e promover a saúde ao invés de tratar doenças.

Dr. Mario Blaya é ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Porque pessoas jovens infartam?

(A cardiologista Dra. Mariza explica)

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Doenças cardíacas, como o infarto agudo do miocárdio, costumam ser problemas de saúde que afetam pessoas mais velhas. No entanto, a morte do filho mais velho do ex-lateral direito Cafu levantou dúvidas sobre o assunto. Danilo Feliciano de Moraes tinha 30 anos e morreu vítima de um infarto. Ele estava jogando futebol na casa da família quando começou a se sentir mal. Ele foi socorrido por amigos e familiares e encaminhado para um hospital da região, onde sofreu uma parada cardíaca a qual não resistiu.

“O futebol é um esporte que exige muito do organismo. O corpo precisa estar condicionado para suportar essa exigência. Mas pessoas sedentárias que jogam apenas aquele ‘futebolzinho de final de semana’ não têm condicionamento físico adequado para lidar com a pressão e isso pode potencializar problemas no coração, que pode existir sem que se saiba, mesmo nos mais jovens”, explica a Dra. Mariza Garcia Rosa, médica cardiologista.

O especialista esclarece que o infarto não é comum nesta idade, mas já existem alguns casos de mortes de pessoas jovens por causa de infarto, especialmente na prática esportiva não profissional. Estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por exemplo, mostrou que homens que jogam apenas uma vez por semana e não fazem outra atividade física estão mais propensos a apresentar problemas cardíacos, pois eles não têm preparo físico para realizar esse tipo de atividade.

Por este motivo, Dra. Mariza ressalta a necessidade de se exercitar mediante autorização e acompanhamento médico, além de ter sempre a presença de um educador físico para orientar a prática. Outro ponto destacado por ela é a importância de manter hábitos saudáveis, focando em uma alimentação equilibrada com baixo consumo de gordura.

Dra. Mariza Garcia Rosa é cardiologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Densitometria óssea

(Saúde Center Imagem realiza este exame)

A densitometria óssea (DMO) é um exame indolor e seguro (com duração máxima de 15 minutos), que possibilita o diagnóstico por imagens, semelhante às dos raios X e que consegue detectar precocemente sinais de perda de espessura óssea e mineral.

PARA QUE SERVE?

O exame é muito utilizado para avaliar se o paciente tem osteopenia (perda de massa óssea que pode indicar predisposição à osteoporose) ou então osteoporose (doença caracterizada pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas). A grande vantagem da densitometria óssea é justamente a capacidade de detectar a perda mineral em um estágio inicial, quando ainda não pode ser visualizada pelo exame de raios X.

QUANDO E QUEM DEVE FAZER A DENSITOMETRIA ÓSSEA?

  • Mulheres de 65 anos ou mais e homens de 70 anos ou mais;
  • Mulheres com mais de 50 anos com fatores de risco para fratura (como falta de vitamina D e doenças inflamatórias intestinais como a doença de Crohn) ou dois fatores relacionados ao estilo de vida (como tabagismo, sedentarismo e consumo de álcool em excesso). Se o exame for normal, deve ser repetido a cada cinco anos;
  • Fratura em indivíduos maiores de 50 anos, para determinar a gravidade da ocorrência;
  • Adultos com comorbidades, como artrite reumatoidelúpus e espondilite anquilosante, ou que fazem uso crônico de medicamentos que podem estar associados à perda de massa óssea (como corticoides);
  • Para avaliação da possibilidade de suspensão de terapia de reposição hormonal em mulheres em menopausa;
  • Evidência de osteoporose em radiografia simples.

QUEM NÃO PODE FAZER O EXAME?

O exame é contraindicado para grávidas e pessoas acima de 120 quilos.

A Saúde Center Imagem realiza este exame. Atende particular e a vários convênios. Ligue para outras informações e agendamento de horário: 3344-3636.

Saúde Center Imagem, atendimento diferenciado e laudos precisos. Junto a Saúde Center Clínica de Tapejara.

Zero açúcar para crianças até 2 anos

(Dra Elenice fala sobre o novo guia Alimentar para crianças)

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O Ministério da Saúde lançou, o novo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos. A publicação traz entre as atualizações a recomendação de zero açúcar e não ao consumo de alimentos ultraprocessados para crianças menores de dois anos.

Entre as novidades desta edição estão também as recomendações de consumo com base no nível de processamento do alimento e não com foco apenas em nutrientes; dicas de culinária, inclusive para vegetarianos; direitos relacionados à alimentação infantil; e a alimentação como um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto.

Segundo a Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, desde os primeiros anos de vida, as crianças estão consumindo pouca variedade de alimentos saudáveis e estão sendo expostas muito cedo a alimentos ultraprocessados (biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, bebidas açucaradas e outros ricos em açúcar, sódio e gordura) que podem prejudicar a saúde e causar doenças crônicas como diabetes, hipertensão, colesterol alto e até doenças cardíacas. Como a alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento e desenvolvimento, para a formação de hábitos e para a manutenção da saúde, o Guia agora está direcionada para pais, responsáveis e educadores, além dos profissionais de saúde.

O Guia também pode apoiar profissionais de saúde, educação e assistência social que cuidam de crianças em seus locais de trabalho, como Unidades de Saúde da Família (USF), hospitais, creches, entidades assistenciais e todo e qualquer espaço comprometido com a promoção de uma alimentação adequada e saudável para crianças. É um importante apoio à família no cuidado cotidiano de crianças e para os profissionais de saúde e de outros setores no desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, em âmbito individual e coletivo.

Amamentação é um dos tópicos abordados pelo novo Guia. Apesar da amamentação ter aumentado no Brasil, a duração ainda é menor do que a recomendada, enfatiza Dra. Elenice. Duas em cada três crianças menores de seis meses já recebem outro tipo de leite, sobretudo leite de vaca, frequentemente acrescido de alguma farinha e açúcar, e somente uma em cada três crianças continua recebendo leite materno até os dois anos de idade.

O desmame precoce e a alimentação de baixa qualidade e pouco variada ocasionam diferentes formas de má nutrição (como o excesso de peso e obesidade), prejudicando o desenvolvimento infantil.

Dra. Elenice Marioto Blaya é pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

O que é insolação

(Dra. Luiza Mainardi comenta sobre o tema)

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A insolação é uma condição séria provocada pelo excesso de exposição ao sol e ao calor intenso. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40º C, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar.

O quadro de insolação merece especial atenção porque com o aumento rápido da temperatura corporal, a pessoa acaba perdendo muita água, sais e nutrientes importantes para manutenção do equilíbrio do organismo.

O que causa a insolação?

A Dra. Luiza Mainardi, médica clínica e cirurgia geral, explica que a insolação é causada basicamente por situações de exposição prolongada ao sol e ao calor. Normalmente acontece em ambientes muito quentes ou em situações que provoquem aumento rápido da temperatura corporal, como, por exemplo:

  • Passar muito tempo exposto ao sol sem protetor solar (na praia, no clube, na piscina etc).
  • Praticar atividades extenuantes, ou seja, que causam esgotamento, enfraquecimento físico.
  • Usar excesso de roupas, especialmente no calor.
  • Ficar sem se hidratar por muito tempo.

Quais são os sintomas da insolação?

A insolação causa sintomas que vão aparecendo aos poucos. Os primeiros sinais são:

  • dores de cabeça;
  • tontura;
  • náusea;
  • pele quente e seca;
  • pulso rápido;
  • temperatura elevada;
  • distúrbios visuais;
  • confusão mental.

Como agir em casos de insolação (primeiros socorros)?

Se você presenciar algum caso de insolação, as medidas a seguir devem ser tomadas para auxiliar a pessoa. São os primeiros socorros até a chegada de um médico. O objetivo inicial é baixar a temperatura corporal, lenta e gradativamente. Para isso, siga os seguintes passos:

  • remover a pessoa para um local fresco, à sombra e ventilado;
  • remover o máximo de peças de roupa;
  • se estiver consciente, a pessoa deverá ser mantida em repouso e recostada (cabeça elevada);
  • pode-se oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido não alcoólico;
  • se possível, deve-se borrifar água fria em todo o corpo da pessoa, delicadamente;
  • podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas;
  • tão logo seja possível, a pessoa deverá ser imersa em banho frio ou envolta em panos ou roupas encharcadas.

Em casos graves, procure atendimento médico de emergência. O melhor é levar a pessoa imediatamente ao hospital ou solicitar apoio de urgência e emergência (SAMU 192).

Dra. Luiza S. Mainardi é médica clínica e cirurgia geral e integra o corpo clínico da Saúde Center de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Você já ouviu falar em DISTIMIA?

(O psiquiatra Dr. Paulo Lague explica)

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Distimia é um tipo de depressão crônica, de moderada intensidade. Diferentemente da depressão que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau humor é constante. Dr. Paulo Lague, médico psiquiatra explica que os portadores do transtorno são pessoas de difícil relacionamento, com baixa autoestima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. Na maior parte das vezes, tudo fica por conta de sua personalidade e temperamento complicado.

SINTOMAS:

O principal sintoma da distimia é a irritabilidade, mas existem outros:

  • Mau humor;
  • Baixa autoestima;
  • Desânimo e tristeza;
  • Predominância de pensamentos negativos;
  • Alterações do apetite e do sono;
  • Falta de energia para agir;
  • Isolamento social;
  • Tendência ao uso de drogas lícitas, ilícitas e de tranquilizantes.

DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico de distimia é eminentemente clínico. O dado mais importante a considerar é a manifestação dos sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos.

Dr. Paulo esclarece que, via de regra, os portadores de distimia desenvolvem concomitantemente episódios de depressão grave. Quando se recuperam, porém, retornam a um patamar de humor que está sempre abaixo do nível normal. A maior dificuldade é que raramente se dão conta do próprio problema. Acham que o mau humor, a falta de prazer e interesse pelas coisas e a tristeza que não dá trégua fazem parte de sua personalidade e do seu jeito de ver o mundo, e quase nunca procuram ajuda.

Diagnosticar o transtorno precocemente e introduzir o tratamento adequado é de extrema importância, uma vez que por volta de 15% a 20% dos pacientes tentam o suicídio.

RECOMENDAÇÕES DO DR. PAULO:

  • Se você conhece alguém sempre de mau humor, irritado, pessimista, considere a possibilidade de que seja portador distimia, um distúrbio do humor para o qual existe tratamento, e tente convencê-lo a procurar assistência médica;
  • Fique atento: a distimia, assim como a depressão clássica, pode acometer crianças e adolescentes. Às vezes, esses transtornos estão camuflados atrás do baixo rendimento escolar, do comportamento anti-social e do temperamento agressivo que não conseguem controlar;
  • Se, nos últimos dois anos pelo menos, seus amigos e parentes têm comentando que você anda de cara amarrada, irritado, descontente com tudo e com todos, esteja certo de que isso não é normal, procure um médico;
  • Não subestime os sintomas da distimia. Para aliviar os sintomas, é comum o paciente recorrer ao uso de drogas e de tranquilizantes. Em 15% a 20% dos casos, surge ideação suicida;
  • Não se engane: não atribua ao envelhecimento, a casmurrice, o mau humor e as queixas do idoso que só reclama e não quer sair de casa. A distimia pode acometer pessoas na terceira idade;
  • Mantenha a adesão ao tratamento farmacológico e à psicoterapia. Os medicamentos ajudam a corrigir o problema físico e a psicoterapia, a aprender novas formas de relacionamento.

Dr. Paulo Lague é médico psiquiatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Artrite reumatoide

(Dr. Fabio Batistella esclarece)

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Imagine um exército de centenas de soldados e um único objetivo: proteger você contra qualquer invasão inimiga. Até que um dia, por algum motivo desconhecido, esse batalhão simplesmente passa a atacá-lo. É assim que as doenças autoimunes se manifestam. Há uma disfunção nas células de defesa que faz com que elas passem a agredir o organismo em vez de defendê-lo.

Quando a agressão é mais direcionada, como na artrite reumatóide, que tem uma clara preferência pelas articulações, seja dos joelhos, dos quadris ou dos punhos, o resultado é dor e muito inchaço.

O Dr. Fabio Batistella, médico reumatologista explica que a rigidez matinal é outra característica da doença e o paciente se sente como se estivesse “enferrujado”, com o corpo travado. A rigidez ao acordar pode se estender por mais de duas horas. “Os pacientes relatam que as vezes não conseguem tirar o pijama ou fazer a higiene da manhã”, descreve Batistella.

É comum que a rigidez ocorra pela manhã porque o processo inflamatório é mais intenso durante a madrugada. Quando a pessoa acorda, a dor é mais forte, e durante o dia a medida que realiza mais movimentos, tende a reduzir, mas não termina.

A artrite reumatóide pode atingir desde crianças até idosos, com maior frequência dos 25 aos 50 anos. Seu surgimento decorre de vários fatores, os quais incluem predisposição genética, exposição a fatores ambientais e infecções. Fatores hormonais também estão relacionados à doença, o que explica o fato de ela ocorrer mais frequentemente em mulheres.

DOR PERSISTENTE

Dor simétrica é um dos sintomas característicos da artrite reumatoide. Em geral, ela atinge os dois lados do corpo (por exemplo, ambos os pulsos, cotovelos, joelhos ou tornozelos). Outros sintomas incluem inchaço (edema), aumento de temperatura na região e dor persistente, que dura dias e pode desaparecer e então voltar de repente. Também é comum o aparecimento de fadiga, pois o estado inflamatório aumenta a taxa metabólica, o que faz com que o paciente se canse mais facilmente. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor a resposta terapêutica e maior a possibilidade de remissão dos sintomas.

TRATAMENTO CONTÍNUO

Por ser uma doença crônica e sem cura até o momento, o tratamento contínuo requer o uso dos medicamentos corretos e disciplina por parte do paciente. Assim é possível controlar a doença e deixá-la inativa. “O início do tratamento normalmente requer uma quantidade maior de medicamentos. Com o passar do tempo e com a doença controlada é possível reduzir a terapia.”, salienta o Dr. Fabio.

Além do tratamento convencional, uma recomendação unânime entre os reumatologistas é incentivar o paciente a praticar atividade física pelo menos 4 vezes por semana, com duração de até 30 minutos inicialmente.

Fortalecer a musculatura como um todo ajuda diretamente a aliviar as dores nas articulações, já que são os músculos que dão sustentação a essas regiões. Mas atenção: as atividades não devem ser exaustivas e nem causar impacto e, nos períodos de atividade da doença, pode ser indicado repouso.

Dr. Fabio Batistella é médico reumatologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.