Hospitalização de adolescentes por transtornos mentais aumenta e preocupa pediatras

A pediatra Dra. Elenica Blaya participou de Congresso que tratou o tema

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As internações hospitalares de adolescentes com idade de dez a 14 anos motivadas por doenças mentais e comportamentais aumentaram 107% nos últimos dez anos no Sistema Único de Saúde (SUS), registrando quase 25 mil casos no período. Na faixa etária de 15 a 19 anos, foram mais de 130 mil internações em uma década.

Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), elaborado com base em dados do Ministério da Saúde, o aumento das hospitalizações – muitas delas motivadas por quadros graves de transtorno de humor, estresse e outros doenças – pode estar relacionado a um aumento da prevalência da chamada doença do século XXI: a depressão. No entanto, os pediatras não descartam a possibilidade também de maior procura pela assistência ou aperfeiçoamento das notificações.

Para a presidente da SBP, Dra. Luciana Rodrigues Silva, trata-se de um tema urgente, que exige dos pediatras uma ação proativa. “Para encarar a nova realidade, em que doenças mais comuns em adultos passaram a se tornar mais frequentes em crianças e adolescentes, os pediatras precisam se atualizar e aprender a enxergar problemas que antes eram mais raros em sua rotina”, pontuou a pediatra.

E esse foi realmente um dos temas apresentados no 39º Congresso Brasileiro de Pediatria, em Porto Alegre (RS), onde o tema também foi discutido e contou com a presença da Pediatra Dra. Elenice Mariotto Blaya.

Também se destacam os registros de transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa, tais como medicamentos ansiolíticos e sedativos, maconha e canabinoides sintéticos, alucinógenos, inalantes ou solventes, estimulantes, tabaco e outros. Em dez anos, esse grupo de causas passou de 510 internações para 717, um salto de 41%.

De acordo com os números analisados pela SBP, além do expressivo aumento relativo do número de casos envolvendo adolescentes com idades que vão de dez a 14 anos, também é significativa a quantidade de internações na faixa de 15 a 19 anos. Foram quase 131 mil internações em hospitais da rede pública em dez anos, sendo 14,5 mil somente no ano passado (maior número registrado no período).

depressão na infância e adolescência tem sido foco de estudos internacionais devido ao aumento de sua prevalência nos últimos anos. Além disso, pesquisas relacionam a depressão na vida adulta com fatores de risco que podem ser identificados desde a infância. Dentre os fatores de risco para a depressão em pediatria pode-se citar problemas emocionais graves durante a gestação; história família de depressão ou transtornos psiquiátricos; tentativa de suicídio em parente próximo; depressão materna; estresse tóxico na infância, incluindo agressões físicas, morais e verbais; excesso de cobrança, abuso sexual; entre outros.

A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, é integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Dia Mundial da Menopausa

(Dra. Morgana – Endocrinologista, fala sobre o tema)

Julho de 2018 Dra Morgana Regina Rodrigues

O dia 18 de outubro é lembrado pelo Dia Mundial da Menopausa. A Menopausa se caracteriza pela falência ovariana na produção de estrogênio e progesterona – período de 1 ano sem menstruar.

Este ano, a DEFA (Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia), está fazendo uma campanha enfatizando a importância da Atividade Física regularmente, mínimo de 150 minutos por semana associando exercício aeróbico (caminhada, corrida, bicicleta) a exercício resistido (musculação) e pilates/yoga.

Segundo a Dra. Morgana Regina Rodrigues, endocrinologista, a atividade física ajuda a aliviar sintomas da Menopausa principalmente os fogachos e as alterações psiquiátricas (irritabilidade/depressão/ansiedade/insônia) sendo também fundamental no período pós-menopausa.

Também é fundamental uma alimentação saudável e balanceada para evitar o ganho de peso, causado por alterações hormonais como aumento da grelina (hormônio associado a fome) e falta de atividade física. Em consequência, ocorre aumento de gordura principalmente em região abdominal com aumento da circunferência e indicativo de maior acúmulo de gordura em outros órgãos (fígado, pâncreas, músculo).

A Dra. Morgana afirma que, dessa forma, é importante que a mulher entenda que essa fase é marcada por grandes alterações no corpo e que medidas como atividade física e dieta saudável ajudam a garantir uma melhor qualidade de vida.

Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica com especialidade em endocrinologia e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.