AVC – Saiba como identificar os sintomas

O neurologista Dr. Charles Carazzo detalha os sintomas

Dr. Charles

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais mata os brasileiros, sendo a principal causa de incapacidade no mundo. Aproximadamente 70% das pessoas não retorna ao trabalho após um AVC devido às sequelas e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia. Apesar de atingir com mais frequência indivíduos acima de 60 anos, o AVC pode ocorrer em qualquer idade, inclusive nas crianças. O AVC vem crescendo cada vez mais entre os jovens, ocorrendo em 10% de pacientes com menos de 55 anos e a Organização Mundial de AVC prevê que uma a cada seis pessoas no mundo terá um AVC ao longo de sua vida.

O QUE É O AVC?

O Dr. Charles André Carazzo, neurologista, explica que o acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Classicamente o AVC é dividido em 2 subtipos:

-AVC isquêmico: ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular. Ele é responsável por 85% dos casos de AVC.

-AVC hemorrágico: o acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravazamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).

AVC TEM TRATAMENTO

Com a prevenção, Dr. Charles reitera que podemos reduzir muito o risco de AVC. Mas se ele ocorrer, atualmente o AVC tem tratamento. O tratamento do AVC isquêmico baseia-se na desobstrução do vaso cerebral ocluído, normalizando a circulação cerebral. O medicamento utilizado é o trombolítico, que é injetado na veia do braço circula pela corrente sanguínea até o vaso cerebral afetado e desmancha o coágulo que entope a circulação. Quanto mais rápido conseguirmos iniciar o tratamento, mais chance nós temos de salvar os neurônios que estão em sofrimento, diminuindo muito ou até evitando as sequelas do AVC.

APRENDA A RECONHECER O AVC PORQUE TEMPO PERDIDO É CÉREBRO PERDIDO
AVC – SINAIS DE ALERTA

Início súbito de qualquer dos sintomas abaixo:

  • Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo
  • Confusão, alteração da fala ou compreensão
  • Alteração na visão (em um ou ambos os olhos)
  • Alteração do equilíbrio, coordenação , tontura ou alteração no andar
  • Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente

Se você ou alguém que você conhece estiver com um destes sintomas – NÃO ESPERE MELHORAR!!! CORRA!!! Cada segundo é importante.

A CAMPANHA MUNDIAL DE COMBATE AO AVC TEM O OBJETIVO DE REDUZIR O IMPACTO DO AVC AGINDO EM SEIS DESAFIOS BÁSICOS:

  1. Conheça os seus próprios fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto, fibrilação atrial.
  2. Seja fisicamente ativo e exercite-se regularmente.
  3. Evite a obesidade, mantendo uma dieta saudável.
  4. Limite o consumo de álcool.
  5. Evite o fumo do cigarro. Se você fuma, procure ajuda para parar agora.
  6. Aprenda a reconhecer os sinais de alerta de um AVC.

Estas dicas valiosas são do Dr. Charles André Carazzo, neurologista, integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

Saiba tudo sobre Varizes

Dr. André Lorenzon fala sobre o tema

Dr. André

As varizes são veias superficiais anormais, dilatadas, cilíndricas ou saculares, tortuosas e alongadas, caracterizando uma alteração funcional da circulação venosa do organismo, com maior incidência no sexo feminino.

Segundo Dr. André Lorenzon, médico especialista em angiologia e cirurgia vascular, as principais queixas são: dor tipo “queimação” ou “cansaço”, sensação das pernas estarem pesadas ou ardendo, edema (inchaço) das pernas, principalmente ao redor do tornozelo, que, frequentemente, melhoram com a elevação dos membros inferiores e agravam-se no fim do dia, quando se permanece por longo tempo em pé ou sentado, no calor, nos períodos próximo ou durante a menstruação e também durante a gravidez.

O médico reitera que não existe nenhuma relação estabelecida entre a formação de varizes e depilação ou uso de salto alto, assim como não há influência com relação a carregar peso. Subir escada pode ser considerado até um exercício físico, portanto, ajuda a incrementar o retorno venoso.

A ginástica, desde que recomendada pelo médico e acompanhada por professores de educação física, não só não provoca varizes como também é bastante aconselhável para evitá-las. Quanto à musculação, desde que não seja exagerada, não tem contraindicação.

Dr. André indica, para evitar varizes:
• Evitar ganhos exacerbados de peso. EMAGREÇA!!!
• Dieta rica em fibras para evitar a constipação intestinal.
• Procurar não permanecer muito tempo parado em pé ou sentado.
• Não usar cintas abdominais apertadas.
• Realizar caminhadas e/ou exercícios físicos com supervisão médica.
• NÃO FUMAR!!!
• Utilizar sistematicamente meias elásticas, principalmente durante a gravidez.
• Evitar hormônios anticoncepcionais.
• Consulte regularmente seu angiologista/cirurgião vascular!

O tratamento específico das varizes depende, fundamentalmente, da veia a ser tratada. Aqueles cordões varicosos, salientes e visíveis, que elevam a pele, e aquelas pequenas veias de trajeto tortuoso ou retilíneo são de tratamento cirúrgico; já as telangiectasias ou aranhas vasculares devem ser tratadas pela escleroterapia (injeção de uma solução esclerosante dentro destes vasos).

Naqueles pacientes que não querem ou não podem fazer nenhum dos tipos de tratamento citados, pode ser empregado o tratamento clínico com medicamentos, elevação dos membros inferiores e, fundamentalmente, o uso de meia elástica.

Mas o Dr. André alerta que uma dieta balanceada e exercícios físicos, fazem bem não só para as varizes, mas para todo o corpo humano.

Dr. André Lorenzon é médico especialista em angiologia e cirurgia vascular e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

 

CRM 24564

RQE 20415/20416

 

Meu filho não come nada! O que eu faço?

Dra. Elenice explica porque não devemos insistir

Dra. Elenice - esta

É sempre assim: Os pais querem que os filhos comam como, quando e quanto eles quiserem.

Mas na verdade obrigar uma criança a comer não é ético e educativo. O objetivo não é que a criança coma e sim que queira comer, e que queira comer de forma saudável, e isso não se consegue com a coação, com a pressão, com a insistência, prêmios e castigos. A criança é a única que sabe quanto deve comer.

Se a criança não os quer e a forçamos a comer, dificilmente escolherá por vontade própria no futuro já que justamente forçar a comer provoca aversão e repúdio aos alimentos aos que foi obrigada a comer, diz a pediatra Dra. Elenice Mariotto Blaya.

A Academia Americana de Pediatria já alertava no final dos anos 70 no Pediatric Nutrition Handbook que o apetite da criança “é errático e imprevisível”, e diz que não se deve forçar a comer em casa e no colégio. “Somente a criança sabe do que precisa através de um experimentadíssimo mecanismo que há milênios funciona às mil maravilhas: a fome”.

Sobre as consequências de obrigar as crianças a comer, psicólogos  explicam que com essa ação alteramos a relação das crianças com a comida no presente, mas também no futuro, um fato que influencia também na construção do apego.  Por trás de pacientes com sobrepeso e obesidade, psicólogos observam que costumam existir “histórias de horas intermináveis na mesa, onde ninguém se levantava até o prato estar totalmente vazio”, algo que provoca desajustes como chegar à idade adulta com problema para parar de comer quando já se está saciado.

O suborno

“Se você não comer, te levarei ao hospital e terão que alimentá-lo por sonda”, “Você não vai levantar da mesa até comer tudo” , “Se você não comer, a mamãe vai ficar triste”, “Se comer tudo vai ficar grande e forte” e “Se não comer a verdura não ganha sobremesa”. São recursos infelizes porque significam uma manipulação emocional.

O pediatra entretanto deverá estudar casos pontuais em que há sintomas associadas à verdadeira falta de apetite como apatia, fraqueza, palidez e diarreia.

O que fazer para que a hora da refeição seja um momento agradável? Dra. Elenice recomenda que a primeira coisa que devemos fazer é desligar a televisão e dessa forma aproveitar esse tempo para conversar em família, evitando que o assunto central seja a refeição. “Da refeição só se fala para parabenizar o cozinheiro. Se seu filho não gosta de verdura, por mais que você lhe diga 20 vezes que está muito gostosa, continuará sem gostar. E precisamos dar exemplos. As crianças aprendem por imitação, de modo que se comemos bem no final elas também o farão”.

E quando uma criança não quer comer, o que podemos fazer?

Segundo a Dra. Elenice: Devemos respeitá-la, da mesma forma que faríamos com uma pessoa adulta. “Os sinais de auto-regulamentação de fome e saciedade são inatos e nas crianças saudáveis são efetivos no momento de cumprir com seus requerimentos energéticos e nutricionais. Em nosso entorno, com uma disponibilidade abundante de alimentos a qualquer hora e em qualquer lugar, não existe justificativa nutricional para forçar alguém que não quer comer e não tem fome a comer”, diz a pediatra.

Dra. Elenice Mariotto Blaya, é Médica Pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Levantar depressa durante a madrugada causa AVC?

Neurologista Dr. Charles fala sobre o tema

Dr. Charles

Circula pela internet uma mensagem dizendo que levantar depressa durante a madrugada para ir ao banheiro ou tomar água, e fazendo isso de maneira muito depressa, pode causar um AVC.

Segundo a mensagem, a chamada Lei do Um Minuto e Meio, deveria ser respeitada, e funcionaria assim: ao acordar, você deve, primeiro, ficar deitado por 30 segundos. Depois, passar mais 30 sentado na cama. E, por fim, sentar-se à beira da cama por mais 30 segundos para, então, levantar.  “Com estas etapas, as chances são gigantescas para sobreviver a um AVC súbito, independentemente da idade” afirma o texto. Será que funciona?

FALSO: esperar para levantar não previne AVC.

A mensagem não passa de apenas mais um boato que circula no WhatsApp. De acordo com o neurologista Charles André Carazzo, a “Lei do Um Minuto e Meio” não existe.

“Ficar esperando na cama, ou levantar bruscamente, não tem nada a ver com AVC”, afirma o médico.

Ele explica que, ao acordar de madrugada, levantar com mais calma pode evitar lipotimia, queda brusca da pressão. “Em especial, nas pessoas com mais idade. Ao fazer isso, pode sentir tontura, uma fraqueza. Então, não se levantar de uma só vez pode ajudar”, afirma Carazzo.

“Mas não tem essa de esperar um minuto e meio, não. É só ir com mais calma”, acrescenta o neurologista. “E não influencia no AVC.”

Levantar-se durante a noite também não está entre os fatores de risco apontados pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN). Dos fatores que “podem ser modificados”, a instituição cita hipertensão, diabetes, tabagismo, consumo frequente de álcool e drogas, estresse, colesterol elevado, doenças cardiovasculares, sedentarismo e doenças hematológicas.

Pacientes prestes a sofrer um AVC sentem, entre outros sintomas, forte dor de cabeça, fraqueza ou dormência na face, paralisia do corpo e perda súbita da fala ou da visão.

Dr. Charles afirma que o acidente vascular é uma emergência médica, e o paciente deve “dirigir-se com urgência ao serviço de emergência do hospital mais próximo para um diagnóstico completo e tratamento”.

Dr. Charles André Carazzo é médico neurologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Agora é a vez da França emitir alerta contra as Câmeras de Bronzeamento

Dra. Juliana Rietjens fala sobre o perigo

Dra. Juliana

A Agência Nacional de Segurança Sanitária (Anses) da França pediu aos poderes públicos que “adotem todas as medidas para cessar a exposição da população aos raios UVA artificiais” ante o risco “demonstrado” de desenvolver câncer.

“Recomendamos suspender a atividade relacionada ao bronzeamento artificial, assim como a venda de dispositivos que emitem raios UVA com fins estéticos, especialmente aos particulares”, afirmou o diretor da Agência.

“Os dados científicos se acumulam, não há mais dúvida, há provas sólidas, o risco de câncer está demonstrado”.

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer classificou em 2009 os dispositivos de raios UVA (lâmpadas ou camas de bronzeamento) entre os agentes cancerígenos.

A Anses destaca que “não é possível fixar nenhum valor limite de radiação ou doses para proteger os usuários”. Além do risco de câncer, a radiação artificial “não prepara a pele para o bronzeado, não a protege das queimaduras do sol, não permite um aporte significativo de vitamina D”, como muitos asseguram. Além disso, provoca um envelhecimento da pele “quatro vezes maior” do que a exposição ao sol.

A Dra. Juliana Rietjens, médica dermatologista, lembra que o Brasil foi o primeiro país a proibir os raios UVA por completo em 2009, seguido pela Austrália. Este último país tem a maior taxa de melanoma – o câncer de pele mais agressivo – do mundo.

Nesta época do ano, é comum encontrarmos principalmente mulheres, preocupadas com a cor de sua pele e buscam formas milagrosas para um bronzeado perfeito. Muito cuidado! A pele necessita de proteção e cuidado. Use diariamente protetor solar e evite se expor das 10h às 16h, onde o sol está mais quente. E quanto às câmeras de bronzeamento: se existem pesquisas e países com proibição é melhor repensar. As pessoas que usaram cabines de bronzeamento ao menos uma vez antes dos 35 anos aumentam o risco de desenvolver um melanoma em 59%, segundo levantamento Francês.

Dra. Juliana Rietjens é médica dermatologista e atende na Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Mamografia e o Câncer de Mama

(Dra. Daniela fala da importância de se autoconhecer)

Dra. Daniela

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura.

A Dra. Daniela Maris Piccoli, médica ginecologista e obstetra, lembra: É importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita na mama. Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal para ela, pode estar atenta a essas alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica.

A orientação atual é que a mulher faça a observação e a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem necessidade de uma técnica específica de autoexame, em um determinado período do mês, como preconizado nos anos 80. Essa mudança surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres com câncer de mama descobriram a doença a partir da observação casual de alterações mamárias e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar, com método e periodicidade definidas.

A detecção precoce do câncer de mama pode também ser feita pela mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas da doença, numa faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática (mamografia de rastreamento).

A recomendação no Brasil, atualizada em 2015, é que a mamografia seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Essa é também a rotina adotada na maior parte dos países que implantaram o rastreamento do câncer de mama e tiveram impacto na redução da mortalidade por essa doença.

Os benefícios da mamografia de rastreamento incluem a possibilidade de encontrar o câncer no início e ter um tratamento menos agressivo, assim como menor chance de morrer da doença, em função do tratamento oportuno.

Mas, segundo Dra. Daniela, é muito importante que as mulheres se toquem, se conheçam e visitem regularmente seu médico. A prevenção é a dica.

Dra. Daniela Maris Piccoli é ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Infertilidade feminina

(Dr. Mario Blaya comenta sobre as novidades na área)

Dr. Mario

A infertilidade (incapacidade de conceber após um ano de tentativas) é um problema bastante comum, pois atinge 15 % da população e é motivo de grande preocupação e angustia dos casais.

Ao contrário de décadas passadas, os filhos vinham quando a mulher tinha entre 20 e 30 anos, hoje a maternidade é pensada entre os 30 e 40 anos, pois as mulheres têm priorizado a carreira, a estabilidade financeira e afetiva. Mas o avanço da idade feminina diminui a fertilidade e, devido a isto, há uma demanda crescente por tratamentos para engravidar.

Segundo Dr. Mario Blaya, médico ginecologista e obstetra, as causas de origem feminina contribuem com 40% dos casos, masculinas, 30% e, em 30% dos casais há a associação de problemas femininos e masculinos. Entre as causas femininas, as principais são a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, comprometimento das trompas e idade avançada. Outros fatores também contribuem para a dificuldade de engravidar como qualidade de vida, estresse, fumo, álcool, alterações de peso e dieta.

Recente estudo revelou que mulheres com níveis hormonais relacionados ao estresse (alfa-amilase) têm risco duas vezes maior de ter infertilidade. O sobrepeso é outro fator isolado importante.

Caso toda a investigação do casal esteja normal e não se encontra a causa, se trata igualmente, iniciando com tratamentos de menor complexidade e avançando conforme a necessidade. Embora atualmente muitos dos casos descritos antigamente como “sem causa aparente”, já tem diagnóstico e tratamento específico, com o avanço do conhecimento.

Entre os tratamentos existentes, é possível tratamentos de menor complexidade, como, correção das alterações hormonais da tireoide ou dos níveis de prolactina o acompanhamento por ecografias seriadas da ovulação, a indução da ovulação com medicações via oral (clomifeno), ou a inseminação intrauterina, quando o sêmen é depositado diretamente dentro do útero. A fertilização in vitro é indicada para casos mais complexos ou quando tratamentos prévios não funcionaram. Esta técnica, em que o embrião é produzido após o encontro do óvulo com o espermatozóide no laboratório e posteriormente é depositado no útero, é onde atualmente existem os melhores resultados nos casais com infertilidade.

Dr. Mario lembra que a dificuldade em engravidar é muito comum nos dias de hoje e é um problema com grande impacto emocional na vida das pessoas e no relacionamento do casal. Este problema pode ser resolvido muitas vezes com medidas simples pelo ginecologista, porém há um momento em que é necessária a avaliação de um especialista para indicar a necessidade de técnicas mais avançadas de reprodução assistida.

Dr. Mario Blaya, ginecologista e obstetra, integra o corpo clinico da Saúde Center Clínica de Tapejara.

Saúde e expectativa de Vida

Dr. Johnny D. Zoppas comenta o assunto

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As histórias bíblicas dizem que Cristo teria morrido aos 33 anos. A média de expectativa de vida no Império Romano era de 30 anos. Até o século 19, o chinês vivia os míseros 30 anos dos romanos. Não era muito diferente o destino dos europeus até o século 18.

Foi só no final dos anos 1900 que a expectativa de vida começou a aumentar nos países europeus que se industrializavam, embora se mantivesse nos mesmos patamares no resto do mundo.

Nas últimas décadas, no entanto, a desigualdade diminuiu e a expectativa de vida mundial praticamente duplicou. Hoje, os países mais pobres têm expectativa média de vida semelhante às dos que eram considerados ricos nos anos 1900.

Dr. Johnny D. Zoppas esclarece que a cem anos atrás, a expectativa de vida de quem nascia na Índia ou na Coreia era de apenas 23 anos. Atualmente, esse número quase triplicou na Índia e quase quadruplicou na Coreia do Sul. No Brasil, uma criança que completasse 10 anos de idade em 1950, podia alimentar a esperança de viver mais 53 anos. As que chegaram aos 10 anos em 2015, devem viver mais 67 anos.

Zoppas acrescenta que esses aumentos de longevidade aconteceram graças à ciência, à tecnologia e aos avanços no conhecimento. O declínio da mortalidade foi resultado da aplicação de ideias novas no campo da saúde individual e coletiva e dos benefícios trazidos pelo aumento de produtividade, que possibilitaram melhores condições de moradia, nutrição e saneamento básico, pela vacinação em massa e a descoberta dos antibióticos.

A divulgação das teorias que identificaram os germes como causadores de doenças a partir dos últimos anos do século 19, foi crucial na mudança do comportamento individual e na infraestrutura de saúde pública. O mesmo ocorreu com as medidas tomadas contra o fumo, na segunda metade do século 20.

O mundo abriga hoje cerca de 500 mil pessoas centenárias, número que deverá duplicar de dez em dez anos, mas cabe a cada um de nós cuidar do corpo da melhor forma possível.

“Com certeza você não vai querer chegar aos cem anos com a aparência de quem tem 200”! Comenta Dr. Johnny D. Zoppas, clínico geral e cirurgião, integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara.

Brasileiras triplicam busca por congelamento de óvulos para adiar maternidade

(Dr. Mario Blaya fala sobre o assunto)

Dr. Mario

A alternativa de adiar um pouco o sonho da maternidade e congelar os óvulos das mulheres é uma técnica existente há mais de dez anos e cada vez mais comum diante da mudança de comportamento.

Uma pesquisa em seis clínicas de reprodução assistida em São Paulo e no Rio de Janeiro confirma essa tendência de aumento de casos de congelamento para preservar a fertilidade.

Idade certa

Os especialistas em reprodução assistida recomendam que a mulher que pretende adiar a gravidez congele seus óvulos até os 35 anos, enquanto eles são mais novos e possuem mais qualidade.

Apesar disso, a idade média das mulheres que têm procurado o serviço gira em torno de 37,7 anos. “O ideal mesmo seria congelar esses óvulos antes dos 30 anos, mas nessa idade ninguém está pensando nisso ainda”, afirma o Dr. Mário Blaya, médico ginecologista e obstetra.

O principal problema de procurar a técnica mais tarde, explica Dr. Mario, é ter de submeter a paciente a mais de um ciclo de coleta e o risco de os óvulos não terem mais a qualidade necessária. Os médicos sugerem congelar pelo menos 15 óvulos.

“A mulher de 40 anos tem menos estoque ovariano, então é possível que ela tenha de se submeter ao procedimento mais de uma vez para conseguir coletar uma quantidade mínima e segura de óvulos”, diz o médico.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Yale e divulgada no começo do mês passado durante o congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Barcelona, confirmou que a falta de um parceiro ou um relacionamento estável são os principais motivos para as mulheres buscarem ajuda em uma clínica de reprodução.

A dica do Dr. Mario Blaya é: Se você pensa na maternidade e vê os anos passarem tão depressa, comece a pensar nas possibilidades que a medicina oferece. Cada vez mais pesquisadores desenvolvem novas tecnologias a favor da maternidade. Busque orientações com seu ginecologista.

Dr. Mario Blaya – ginecologista e obstetra – integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.