Cinco causas frequentes de infertilidade

(Dra. Daniela Maris Piccoli esclaresce)

Dra. Daniela

Muita gente adota medidas para evitar uma gravidez indesejada durante anos. Porém, é possível que na hora em que o casal decida gerar um bebê, não seja tão fácil assim. Estima-se que de 10% a 15% dos casais enfrentem alguma dificuldade para engravidar, o que é definido quando não se consegue uma gestação após 1 ano de tentativas.

Existem muitas causas de infertilidade, que podem atingir tanto mulheres quanto homens. A Dra. Daniela Maris Piccoli, ginecologista e obstetra separou cinco causas frequentes:

OBSTRUÇÃO TUBÁRIA

As tubas uterinas são o local onde ocorre a fecundação, ou seja, o espermatozoide encontra o óvulo. Alguns problemas podem bloquear ou dificultar a passagem dos espermatozoides ou do óvulo pelas tubas, impedindo o encontro dos gametas ou a migração do óvulo fertilizado para o útero. Dessa forma, não ocorre a gestação. “Bactérias como a clamídia e o gonococo são responsáveis por um processo infeccioso e inflamatório que causa uma espécie de fibrose em várias regiões da tuba, o que leva à obstrução”, explica a Dra. Há muitas outras causas para a obstrução tubária, como sequelas após apendicite ou focos de endometriose.

ENDOMETRIOSE

endometriose ocorre quando tecido endometrial, que reveste o útero, migra para outras regiões, como ovários e intestinos. O problema atinge cerca de 10% das mulheres e está presente em aproximadamente 50% dos casos de infertilidade. A endometriose pode impossibilitar a gravidez por diversos motivos, incluindo a obstrução tubária e a alteração do peristaltismo tubário, ou seja, o movimento dos cílios da tuba que levam o embrião para o útero a partir do quarto dia de fecundação.

BAIXA QUALIDADE DO SÊMEN

Várias características do sêmen contribuem para a infertilidade. Ele pode ter baixa quantidade de espermatozoides, ou esses gametas podem ter sua forma e capacidade de movimentação alteradas de modo que a fertilização se torne difícil ou mesmo impossível. “Em alguns casos, pode haver a chamada azoospermia, que é a ausência total de espermatozoides no sêmen ejaculado. Isso pode ocorrer em virtude de alguma obstrução dos canais deferentes, como acontece, por exemplo, na cirurgia de vasectomia ou após infecções genitais”.

SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

Ovários policísticos são um problema muito relacionado a disfunções metabólicas e hormonais. Ter cistos no ovário é uma condição comum que nem sempre exige cuidados especiais. Contudo, se os cistos forem grandes e/ou numerosos, podem provocar sintomas, entre eles a infertilidade ou dificuldade de engravidar. “Algumas outras consequências comuns são irregularidade menstrual (devido à dificuldade de ovulação), aumento da quantidade de pelos no corpo, obesidade e até síndrome metabólica”, acrescenta a doutora.

CAUSAS IMUNOLÓGICAS

Às vezes, alterações do sistema imune que não provocam nenhum sintoma aparente podem comprometer o sucesso de uma gestação. Como metade do embrião é constituído por materiais provenientes do pai, ele pode ser entendido como um corpo estranho pelo organismo da mulher. “Dessa forma, o funcionamento harmônico do sistema imune da mãe é fundamental, pois ele deverá reconhecer o embrião e, ao mesmo tempo, aceitar e permitir seu desenvolvimento até o momento do nascimento”, explica a médica.

A Dra. Daniela Maris Piccoli é médica ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

Vacinação contra a Gripe começa no dia 23 e prioriza idosos

(Dr. Johhny Zoppas explica como será a vacinação neste ano)

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A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza neste ano começa no dia 23 de março e vai até o dia 22 de maio. O Dr. Johnny Zoppas explica que neste ano a imunização será feita em três etapas destinadas a grupos prioritários considerados mais vulneráveis aos vírus que causam a gripe (Influenza A-H1N1, Influenza A-H3N2 e Influenza B).

Idosos e trabalhadores em saúde são os primeiros grupos a serem vacinados, a partir do dia 23/3. A população de idosos do Estado soma 1,4 milhão de pessoas, sendo o grupo mais numeroso do calendário de vacinação de 2020.

O segundo grupo, a partir de 16 de abril, é formado por professores de escolas públicas e privadas e profissionais das forças de segurança e salvamento.

Já na terceira fase, que começa no dia 9 de maio, mesma data do Dia D de mobilização, estão crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Esta é a 22ª edição da campanha de vacinação, que neste ano foi antecipada devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-9), apesar dessa vacina não prevenir contra o novo vírus. Com isso, pretende-se proteger a população contra a influenza além de minimizar o impacto sobre os serviços de saúde. Destaca-se que os sintomas da gripe são semelhantes aos do coronavírus e essa antecipação visa reduzir a carga da circulação de influenza na população.

Dr. Johnny lembra que é muito importante que todos façam a vacina e se protejam. Aqui em Tapejara a vacinação na rede pública estará sendo ofertada nos postos de saúde que possuem sala de vacinação. Todos devem levar consigo Cartão Sus e CPF para a atualização do cadastro.

Dr. Johnny Zoppas é médico clínico e cirurgião e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Doença mão-pé-boca

(Dra. Elenice dá dicas simples para as mamães)

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A doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês) é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus. Eles habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade.

SINTOMAS

  • Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
  • Aparecimento, na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
  • Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.

O período de incubação oscila entre um e sete dias. A Dra. Elenice Mariotto Blaya, pediatra, explica que na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum. Fique atento porque nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes.

Quando a sintomatologia típica da doença se instala, a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por um período de febre alta e gânglios aumentados, seguido de mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia. Por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação. Por isso, é preciso redobrar os cuidados para manter a criança bem hidratada e recebendo alimentação adequada.

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

TRATAMENTO DA DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA

Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca, lembra a Dra. Elenice. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios.  Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta. 

RECOMENDAÇÕES CASO SEU FILHO PEGUE A DOENÇA

  • Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água, são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;
  • Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção;
  • Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada.

As dicas são da Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

COMO PREVENIR A INFECÇÃO URINÁRIA

(Dr. Mário dá dicas fáceis para evitar a doença)

Dr. Mario - jan 20

infecção urinária é um problema muito comum entre as mulheres, principalmente por conta do tamanho da uretra, cerca de 14 cm mais curta que a dos homens. A diferença faz com que as bactérias tenham um caminho muito mais curto para alcançar a bexiga. Além disso, a uretra da mulher fica próxima da vagina e do ânus, áreas suscetíveis à proliferação de bactérias.

Dr. Mario Blaya, ginecologista, explica que os sintomas incluem necessidade de urinar frequentemente (em quantidades pequenas), dor durante a micção e ardor após urinar. Em alguns casos, é possível notar pequenas quantidades de sangue na urina, que ocorre por conta da ação inflamatória desencadeada pela passagem das bactérias ao longo do sistema urinário.

Não é comum ter infecção urinária mais de uma vez por ano. Se você teve pelo menos dois episódios em um período de 6 meses ou três ou mais episódios em um período de um ano, é preciso ficar atenta. Nesses casos, é recomendado investigar com o seu médico, que pode indicar tratamentos preventivos com antibióticos.

Dr. Mario separou abaixo algumas dicas importantes que ajudam a prevenir o problema.

BEBA MUITA ÁGUA

Uma das principais dicas para prevenir a infecção urinária é aquela recomendação de sempre: beber muita água. Tente beber pelo menos 2 litros por dia. Além de ser benéfica para o organismo como um todo, a água ajuda a expelir bactérias presentes na uretra e na bexiga. Na correria do dia é comum esquecer de ingerir líquidos: leve uma garrafinha para o trabalho e outros lugares que frequentar para lembrar.

CUIDADO COM A HIGIÊNE PESSOAL

A higiene faz toda a diferença quando o assunto é saúde íntima. É importante manter a região da vulva e do ânus sempre limpa, lavando com água e sabão. Ao usar o banheiro, passe o papel higiênico da frente para trás, para não carregar bactérias do ânus para a vagina.

NÃO SEGURE A URINA

Vá ao banheiro sempre que sentir vontade, pois a retenção aumenta o risco de infecção urinária. Também é indicado urinar após as relações sexuais, pois isso ajuda a eliminar as bactérias presentes no trato urinário. Se possível, tome uma ducha rápida (duchas fortes e longas, pelo contrário, afetam a flora vaginal e aumentam o risco de infecção).

ATENÇÃO ÀS ROUPAS ÍNTIMAS

Roupas íntimas muito apertadas facilitam a proliferação de bactérias, pois retêm calor e umidade. Busque usar peças mais soltas e confortáveis, como saias e vestidos, principalmente em dias quentes. Quando utilizar absorvente troque-o com frequência.

Dr.  Mario Blaya, é médio ginecologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.