(Dra. Laura Costamilam, dermatologista, explica)
Os produtos como creme, loção, gel, entre outros, são substâncias empregadas para incorporação e entrega de drogas ativas. A escolha do produto relaciona-se à estabilidade do princípio ativo, ao tipo de pele do paciente, à área a ser tratada e à textura ao toque.
Dra. Laura Zambonato Costamilan, médica dermatologista explica que no momento da escolha de um produto, a seleção do produto inadequado pode implicar tanto no resultado quanto na tolerabilidade ao tratamento.
Algumas rápidas considerações sobre veículos rotineiramente prescritos na Dermatologia:
– Pomadas: mistura de substâncias untuosas – apresentam textura densa, até oclusiva, permitindo entrega terapêutica máxima do ativo; ainda, são frequentemente empregadas em áreas irritadas, onde outros veículos podem levar a sensação de ardência.
– Cremes: o meio é composto por água dispersa em substância oleosa – têm consistência pastosa e significativo poder hidratante, além de efeito calmante; representam ótima opção a pacientes com pele ressecada e/ou sensibilizada.
– Loções cremosas: o meio é constituído de substância oleosa dispersa em água – apresentam textura mais fluida, com toque menos “pegajoso” após aplicação (em comparação aos cremes); são designadas, em cosmética, de “leites” e, geralmente, bem aceitas para hidratação do corpo na rotina pós-banho.
– Géis: as partículas são distribuídas em meio gelatinoso – pela ausência de componente gorduroso, são muito agradáveis no contato com a pele e bem tolerados inclusive por pacientes com pele mista ou oleosa.
– Soluções: misturas homogêneas em solventes líquidos – as soluções aquosas são empregadas sob a forma de banhos ou compressas úmidas; já, as soluções hidroalcoólicas são interessantes para entrega de ativos no couro cabeludo, em que a evaporação rápida do produto leva à mínima oleosidade residual.
Dra. Laura Zambonato Costamilan é dermatologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.