Intoxicação alimentar

(Dra. Luiza Mainardi explica)

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Intoxicação alimentar, ou gastrintestinal (gastroenterocolite aguda), é um problema de saúde causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias (Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium), vírus (Rotavírus), ou por suas respectivas toxinas, ou ainda por fungos ou por componentes tóxicos encontrados em certos vegetais (comigo-ninguém-pode, mandioca brava) e produtos químicos. A contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e/ou armazenamento dos alimentos. Nas crianças e idosos, a intoxicação alimentar pode ser uma doença grave.

CAUSAS

A Dra. Luiz Seganfredo Mainardi, médica clínica e cirurgia geral, explica que na maioria dos casos, uma infecção bacteriana é a principal causa de intoxicação alimentar.

Geralmente as intoxicações são causadas pela bactéria Salmonella sp. Este tipo de microrganismo é encontrado principalmente em alimentos de origem animal, como ovos, leite e carnes que foram contaminados ao entrar em contato com as fezes de animais infectados.

Entretanto, alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes e verduras, podem carregar a Salmonella após uma contaminação cruzada, que ocorre quando as bactérias são transferidas de um alimento para outro por meio de utensílios ou da própria pessoa que os está manuseando.

As reações podem aparecer em um intervalo de 6 a 72 horas após o consumo do alimento contaminado.

 SINTOMAS

Independentemente do micro-organismo determinante, os efeitos da intoxicação alimentar aguda são todos parecidos: náuseas, vômitos, diarreiafebre, dor abdominal, cólicas, mal-estar. Nos quadros mais graves, podem ocorrer desidratação, perda de peso e queda da pressão arterial, explica Dra. Luiza.

Nos casos específicos de alimentos contaminados pelo Clostridium, quando a intoxicação é causada por uma das variedades da bactéria responsável pela doença chamada botulismo, além dos distúrbios gastrintestinais que nem sempre aparecem, os sintomas podem ser indicativos de alterações neurológicas, como visão dupla e dificuldade para focalizar objetos, falar e engolir.

RECOMENDAÇÕES

  • Lave bem as mãos antes das refeições ou de lidar com alimentos;
  • Embale adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira ou no freezer;
  • Lave os utensílios de cozinha, especialmente depois de ter lidado com alimentos crus;
  • Evite comer carne crua e malpassada qualquer que seja sua procedência; especialmente a carne e os miúdos de frango, assim como os ovos devem ser bem cozidos porque são os transmissores mais comuns da bactéria Salmonella;
  • Não se esqueça de que ovos crus são ingredientes de pratos como a maionese e certos doces;
  • Só tome leite fervido ou pasteurizado;
  • Mergulhe verduras e hortaliças que serão ingeridas cruas numa solução de água com hipoclorito de sódio ou preparada com uma colher de água sanitária para cada litro de água;
  • Não ingira alimentos em conserva cujas embalagens estejam estufadas ou amassadas;
  • Mesmo que estejam dentro do prazo de validade, não consuma alimentos que pareçam deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados.

Essas são algumas dicas da Dra. Luiza Seganfredo Mainardi, clínica e cirurgia geral. Integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

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