Infarto fulminante? Será?

Dra. Mariza explica este termo

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Segundo a cardiologista Mariza Garcia Rosa, médica cardiologista, há três possibilidades quando alguém sofre um infarto (morte do tecido cardíaco provocada por falta de oxigênio, em geral causada porque o sangue não chega à região devido à oclusão das artérias coronárias): a primeira é a de a pessoa, de fato, ir a óbito instantaneamente; a segunda, de o paciente ir para o hospital e ser atendido, mas os médicos não conseguirem reverter o quadro e a morte ocorrer até 24 horas após o evento; a terceira, de a pessoa ser tratada e sobreviver.

O termo “infarto fulminante” transmite uma ideia errada, de que a pessoa está realizando uma atividade qualquer e repentinamente morre, quando na verdade ele se refere ao primeiro e ao segundo casos. A Dra. explica que a expressão, usada frequentemente, principalmente na mídia ao noticiar o ocorrido, é pouco usada entre os profissionais. “O que a gente fala muito é ‘morte súbita’, sendo que esse conceito engloba a morte em até um dia. Ou seja: tanto o caso de uma pessoa que morre no momento em que o infarto acontece quanto o daquela que morre até 24 horas depois são considerados mortes súbitas”, explica Dra. Mariza.

Ela cita que o termo “infarto fulminante” é leigo e está relacionado à morte rápida que não respondeu ao tratamento ou que não teve chance de receber o atendimento médico. “O termo morte súbita pode também se referir à morte não precedida de sintomas, sendo o infarto a principal causa. Outras cardiopatias e doenças neurológicas também podem ser causa de morte súbita, mas com menor frequência.”

O infarto agudo do miocárdio ainda é a principal causa de morte em adultos. “São mais de 400 mil casos por ano nos Estados Unidos, sendo que 50% das mortes ocorrem antes da chegada ao hospital. A maior causa da morte nas primeiras horas é a arritmia cardíaca”, diz.

Mas há formas de socorrer as vítimas. “Tudo depende da situação. Se a pessoa tiver um infarto na rua e sofrer uma parada cardíaca, por exemplo, e houver um socorrista ou alguém que inicie a massagem de reanimação, é possível recuperá-la.

FATORES DE RISCO:

Tabagismo, diabetes, hipertensão, colesterol elevado, sedentarismo, estresse e obesidade são os principais fatores de risco do infarto. Quanto mais fatores uma pessoa tiver, maior será a probabilidade de ela infartar. Outro risco é a hereditariedade: o maior número de casos ocorre em adultos acima dos 45 anos com histórico familiar de infarto (pai, mãe ou irmão).

A prevenção, segundo A Dra. Mariza, inclui alimentação saudável e prática de exercícios físicos pelo menos 5 vezes por semana durante 30 minutos. E quem tem diabetes ou pressão alta não pode deixar de buscar o tratamento adequado.

Dra. Mariza Garcia Rosa é médica cardiologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

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