O Câncer nas crianças

Médica Pediatra alerta para os sintomas

Dra. Elenice1

Há 50 anos, o diagnóstico de câncer nas crianças era encarado quase como uma sentença de morte. Pouco se sabia sobre a doença e sua evolução na infância. As crianças recebiam o mesmo tratamento que os adultos, embora suas características biológicas e orgânicas fossem diferentes, e não se levava em conta que eram seres em crescimento. E respondiam mal ao tratamento.
Foi só a partir da segunda metade da década de 1960, início dos anos 1970, que os pediatras interessados em trabalhar na área da oncologia infantil começaram a revolucionar o atendimento que se dava às crianças com câncer.
Hoje, a maioria dos casos de câncer infantil é curável. Os resultados obtidos no Brasil equiparam-se aos dos melhores institutos de oncologia do mundo.

Segundo a médica pediatra Dra. Elenice Mariotto Baya, em geral, a doença aparece nas crianças entre os dois e os sete anos de idade, mas isso não quer dizer que adolescente não tenha câncer. A leucemia é a doença neoplásica mais frequente na infância. Depois dela, vêm os linfomas (tumores dos gânglios linfáticos) e os tumores do sistema nervoso que estão sendo cada vez mais detectados graças às novas técnicas de diagnóstico disponíveis atualmente (ultrassom, RX, tomografia, ressonância magnética, medicina nuclear, etc.).

“Sempre insisto que a criança não é um adulto em miniatura”, afirma a Dra. Elenice.  Tem características próprias, que as distingue das pessoas mais velhas. Consequentemente, câncer em criança é uma doença também com características próprias. Comparados com os do adulto, os tumores na infância são muito mais agressivos e evoluem muito mais rapidamente, porque atingem um ser em formação.

Hoje, quando uma criança aparece com câncer, em geral, já foi vacinada contra uma série de moléstias que quase não existem mais. Por outro lado, contamos agora com novos quimioterápicos que ajudam muito no tratamento das crianças com câncer. No Brasil nós conseguimos alcançar também cerca de 90% de casos de cura nos tumores chamados de tumores fáceis, desde que o diagnóstico seja precoce e o encaminhamento aos centros especializados feito sem perda de tempo.

A Dra. Lembra que os sinais do câncer nas crianças podem ser confundidos com os sintomas das moléstias comuns na infância. A criança tem febre e mal-estar, fica pálida, mais preguiçosa e com falta de apetite. Eventualmente, pode apresentar manchas roxas não justificadas por alguma batida e dores ósseas sem trauma aparente. Além disso, emagrecimento, dor de cabeça e estrabismo (a criança fica vesga de repente) podem ser também sintomas de doença oncológica. O que deve chamar a atenção dos pais e profissionais que convivem com a criança é a persistência desses sinais e sintomas, especialmente as febres de repetição, a falta de apetite e de estímulo, a palidez, as manchas roxas e as dores ósseas.

Quando a criança tiver um destes sintomas e se repetir por alguns dias seguidos, fique alerta! Procure o pediatra e relate com exatidão os sintomas. O pediatra de seu filho é quem o conhece desde o nascimento e pode detectar possíveis problemas de saúde.

A Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

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