ESTRESSE TÓXICO NA INFÂNCIA DURANTE A PANDEMIA

(Dr. Gerson Peres, pediatra, explica)

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A necessidade de permanecer em casa diante da pandemia de COVID-19 foi uma medida extrema que modificou completamente o funcionamento da vida de todos e certamente essa situação de adversidade aumenta muito o estresse, e quando ele é elevado e diário, pode ser tóxico.

Segundo Dr. Gerson Peres, pediatra, o estresse tóxico é definido como um estresse elevado e contínuo, que pode gerar danos irreversíveis ao desenvolvimento neuropsicomotor da criança, além de aumentar os riscos para doenças orgânicas ao longo dos anos. Ele pode acarretar várias consequências a curto prazo, como transtornos do sono, irritabilidade, piora da imunidade, medos, e a médio e longo prazo, como maior prevalência de atrasos no desenvolvimento, de transtorno de ansiedade, de depressão, queda no rendimento escolar e estilo de vida pouco saudável na vida adulta.

A pandemia trouxe a questão relacionada ao incerto por não haver tratamento e uma prevenção para a doença. Além disso, a mudança de rotina causa impacto nas famílias e eleva o estresse e quando isso ocorre, altera todo o contexto do lar. A alteração na postura dos pais, diante da situação que estamos vivenciando, torna o ambiente fragilizado e coloca a criança em risco.

É essencial o suporte das famílias, com o apoio da sociedade, escolas e profissionais de saúde, na prevenção dos prejuízos à saúde e ao desenvolvimento das crianças para que o estresse possa ser tolerável e a família conseguir desenvolver estratégias para ajudar a criança a se reorganizar. Para isso, precisa prover carinho, suporte, acolhimento, tempo de escuta da angústia da criança, além de tentar organizar a rotina de um modo mais organizado e com atividades positivas.

Como dicas, segundo Dr. Gerson, podemos tentar dividir as atividades da criança dentro de casa para que, se possível, cada atividade aconteça em um determinado ambiente ou em um cômodo da casa. Como estudar no quarto, brincar na sala, assim por diante. As crianças precisam de uma rotina estruturada, então, quando ela identifica aquele esquema no qual pode realizar determinada atividade naquele ambiente, isso diminui o seu nível de ansiedade.

Fazer com que as brincadeiras ocorram da forma estruturada pelo máximo de tempo possível. Quando a criança brinca, ela consegue imaginar, fazer resolução de problemas, aumentar seu jogo simbólico e consegue fazer reflexões que irão ajudá-la a superar esse momento.

Os adultos devem realizar momentos de diálogo com seus filhos para discussão das atividades prioritárias do dia a dia, das necessidades básicas da casa, da divisão de tarefas e obrigações, e sobre a situação atual, com linguagem simples e adequada para cada idade da criança.

Definir horários para jogos online com os amigos e para videoconferências com os avós (visualizar os avós em boa saúde pode tranquilizar as crianças). Estimular os avós a terem conversas alegres e momentos de descontração durante os contatos à distância.

Inserir as crianças e adolescentes nas tarefas domésticas respeitando a capacidade de acordo com a idade de cada um através do ensinamento colaborativo e supervisionado.

Reservar um a dois momentos do dia para que os adultos possam se atualizar em relação às informações, sem expor as crianças a conteúdos inadequados. A maioria das informações repassadas pelas mídias são direcionadas para o público adulto e cabe aos pais limitar o acesso das crianças, repassando o que for necessário com linguagem adequada.

Incluir na agenda pausas durante o dia para que a família possa estar unida de forma alegre e prazerosa. Os jogos pedagógicos, que permitem trabalhar com conceitos de números e letras são boas opções. Entre os sites para encontrar esse tipo de jogo gratuito, estão o Games Educativos e o Jogos Para Crianças.

Os pilares da saúde e do desenvolvimento precisam ser respeitados e o momento não é de férias e sim de uma situação emergencial transitória de reorganização do formato em que as atividades cotidianas devem ser cumpridas, para isso seja você o modelo de comportamento que espera de seus filhos.

Dr. Gerson Peres é médico pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Miomas: a importância de se discutir alternativas à histerectomia

(Dr. Mario Blaya explica)

Dr. Mario - abril 2020

Desafio para mulheres, em todo o mundo, mioma é um tumor uterino benigno que atinge, ao menos, 50% delas ao longo da fase reprodutiva. Assintomático em metade dos casos, o mioma tende a se manifestar por meio de fortes dores abdominais, sangramentos (que podem ser confundidos com aumento do fluxo menstrual) e aumento do volume abdominal. Por trás desses sintomas aparentemente comuns está uma doença que, somente no Brasil, resulta em cerca de 300 mil cirurgias anuais para remoção do útero, segundo o Ministério da Saúde.

O ginecologista Dr. Mario Blaya, explica que os miomas são diagnosticados por meio de avaliação da história clínica da paciente, exames clínicos e exames de imagem. O tratamento tende a buscar o controle dos sintomas, como forma de preservar o útero e possibilitar a gestação. Segundo ele, cerca de 20% das mulheres que fazem tratamento apresentam recidiva da doença, em até cinco anos.

O tratamento pode ocorrer ainda por meio cirúrgico. Neste caso, Dr. Mario explica que há a miomectomia (retirada só do mioma) e a histerectomia, a remoção parcial ou total do útero. “A histerectomia não prejudica a vida sexual, hormonal, nem impacta a saúde da bexiga e intestino. Contudo, fecha um ciclo na vida da mulher ao não possibilitar que ela desenvolva uma gravidez. Por isso, esse método é indicado quando a paciente está de acordo e deseja essa solução definitiva. Hoje a histerectomia é a segunda cirurgia de médio e grande porte mais realizada em mulheres, em todo o mundo. É importante que se discuta alternativas quando há essa possibilidade clínica”.

 Dr. Mario Blaya é ginecologista e obstetra integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica e responsável técnico pela Saúde Center Fertilidade, de Tapejara.  Informações pelo telefone 3344-3600.

Cardiologista Dra. Mariza Rosa participa de Congresso online para atualizações sobre cuidados cardiovasculares

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 ESC Congress 2020 foi realizado online, mantendo o intercâmbio científico e colocando a comunidade médica para mostrar as atualizações sobre os cuidados cardiovasculares.

Durante os quatro dias de evento, dez tópicos foram transmitidos simultaneamente durante o evento e um deles exclusivamente dedicado a estudos sobre a Covid-19.

A Dra. Mariza Garcia Rosa, médica cardiologista participou deste congresso. Segundo ela, vários temas foram abordados e vários estudos foram concluídos e divulgados neste evento. Ela destacou algumas novidades:

Foram feitos estudos com algumas novas medicações que seriam usadas para diabetes e se descobriu que eles melhoram a força cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca com função diminuída. Nesse estudo foi visto que eles podem ser usados tanto em pacientes diabéticos quanto não diabéticos.

Neste mesmo grupo de remédios, certificou-se que eles também melhoram a função renal do paciente, diminuindo a progressão da doença.  Então estes remédios poderão ser usados tanto em pacientes com função cardíaca ruim, quanto com já alteração da função renal, beneficiando tanto diabéticos, quanto não diabéticos.

Outro fato importante abordado neste Congresso foi a Fibrilação Arterial, uma arritmia muito comum. Pesquisas alertaram médicos da importância de se conversar muito com os pacientes, pois precisa encontrar e tratar a causa (o que leva a essa arritmia) que podem ser várias causas, como obesidade, apneia do sono… e o importante: incentivar atividade física e mudanças de estilo de vida.

Para os pacientes com COVID, no início da pandemia se achava que não deveriam ser usados alguns remédios para pressão, como Enalapril e Losartana, porque poderia ter um pior prognóstico, mas um estudo Brasileiro foi realizado com pacientes que usam estes remédios e que podem continuar, pois não apresentou nenhum malefício.

Dra. Mariza Garcia Rosa, é médica cardiologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo Telefone 3344-3600.

Melatonina e o sono dos bebês

(A pediatra Dra. Elenice fala sobre o tema)

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Melatonina é a bola da vez quando falamos de insônia infantil. Esse hormônio é vendido sem receita e com isso tem sido usado indiscriminadamente diante de qualquer queixa no sono inclusive em bebês. Mas será mesmo essa a pílula mágica para dormir bem? A Dra. Elenice Mariotto Blaya responde: Infelizmente não!

A melatonina é secretada naturalmente pelo nosso organismo à noite. É ela que sinaliza o nosso corpo que é hora de dormir. Ter uma boa rotina de sono, com diminuição do ritmo das atividades e da luminosidade da casa ajuda nesse processo. Como qualquer hormônio atua também na regulação de outros processos importantes no nosso organismo, como no sistema imune e reprodutivo. Quando suplementamos a melatonina ARTIFICIALMENTE influenciamos todos esses processos.

Além disso, segundo a Dra. Elenice, ela não funciona para diminuir o número de despertares nos bebês. É natural que bebês despertem a noite para serem alimentados ou consolados. A consolidação do sono noturno é um processo de amadurecimento que leva tempo e é altamente influenciado por fatores externos. Quando os despertares são excessivos e prejudicam a dinâmica da família podemos utilizar estratégias comportamentais para facilitar esse processo (que nada tem a ver com abandonar os bebês nem privá-los de afeto).

Não que a melatonina artificial nunca possa ser utilizada. Ela pode ser utilizada no tratamento de distúrbios do ritmo circadiano e no tratamento da insônia em crianças com deficiência visual, paralisia cerebral ou transtornos do neurodesenvolvimento como o autismo, sempre sob indicação e acompanhamento médico e com muita cautela, como qualquer medicamento!

Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara, Informações pelo telefone 3344-3600.

 

Importância do PH Vaginal na Vida da Mulher

 

(Dr. Mario Blaya explica sobre o PH)

Dr. Mario - jan 20

O corpo humano merece atenção em todos os detalhes. E na mulher uma atenção especial deve ser com o PH vaginal.

Dr. Mario Blaya, médico ginecologista e obstetra explica que o PH é o método que avalia e mede o grau de acidez do local ou de uma determinada solução. Seus níveis podem variar de acordo com a mudança de temperatura e concentração de substâncias, ácidos ou sal.

A Avaliação do pH é considerado o termômetro da saúde da vagina e para se levar em consideração os valores, observa-se assim:

  • 0 a 7 – Ácida
  • 7 a 14 – Alcalina

Na área externa da vagina possui uma camada protetora produzida naturalmente ácida que tem a função de prevenir a multiplicação de bactérias e microrganismos invasivos. Essa acidez do pH é um sistema natural de defesa do corpo, que previne infecções, controla odores e irritações, por isso é tão importante manter o pH vaginal sempre equilibrado.

A melhor maneira de manter o pH vaginal equilibrado, segundo Dr. Mario, é através dos cuidados com a área vaginal e sua higienização adequada. Apesar da vagina ter essa produção natural de autoproteção, alguns fatores externos estão ligados a alterações no pH vaginal e de descontroles na região, ocasionado alteração do pH vaginal o deixando mais ácido que o normal, sendo prejudicial para a saúde feminina, como o próprio suor, uso de roupas muito justas, falta de ventilação, uso de roupas intimas de tecidos sintéticos e até mesmo uma higiene da área inadequada.

Temos que alertar, que quando falamos sobre higienização inadequada da área vaginal, não estamos nos referindo a não tomar banho por exemplo, mas também no excesso da higienização que pode ser prejudicial. Como também o uso de produtos incorretos que alteram o pH vaginal, como os sabonetes comercializados no mercado altamente alcalinos, ou bactericidas ou neutros, que podem alterar a função protetora natural da vagina.

Quando ocorre esse descontrole da flora vaginal alterando o pH, a vagina está desprotegida de invasões de bactérias e fungos que resultam em doenças na área, como alguns corrimentosa candidíase ou a vaginose, que são doenças muito comuns nesses casos.

Quando há esse descontrole, o ginecologista deve ser consultado, pois somente ele poderá avaliar o caso e indicar o melhor tratamento.

Dr. Mario Blaya é ginecologista e obstetra integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica e responsável técnico pela Saúde Center Fertilidade, de Tapejara.  Informações pelo telefone 3344-3600.

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RQE: 7859

VACINAS PARA PNEUMONIA

(Dr. Gereson Peres esclarece)

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O pneumococo (bactéria Streptococcus pneumoniae) é causa frequente de otite média aguda, pneumonias, bacteremias e meningites. A maior incidência de doença pneumocócica ocorre nos primeiros anos de vida e na idade avançada. O principal reservatório do Streptococcus pneumoniae é a nasofaringe. Taxas de colonização variam de acordo com a idade; estima-se que de 30% a 70% das crianças e menos que 10% dos adultos sejam colonizados pelo S. pneumoniae.

Atualmente, existem no Brasil 3 tipos de vacinas contra as pneumonias e doenças  pneumocócicas invasivas. As vacinas 10-valente e 13-valente são do tipo conjugadas e a 23-valente é do tipo polissacarídica. As vacinas pneumocócicas conjugadas (10-valente e 13-valente) possuem uma proteína carreadora que é capaz de estimular uma resposta imunológica T-dependente, a qual é superior àquela gerada pelas vacinas que não apresentam essa tecnologia. Essas vacinas protegem contra um número menor de sorotipos quando comparadas às polissacarídicas (23-valente). Entretanto, induzem uma resposta imunológica superior por desencadearem uma resposta T-dependente, estimulando as células B a produzirem anticorpos mais robustos e duradouros. Estes anticorpos apresentam maior avidez pelos antígenos, longa duração e há a formação de memória imunológica. Além disso, as vacinas conjugadas conseguem eliminar os pneumococos que colonizam a nasofaringe e, portanto, diminuem o estado de portador.

Essas vacinas estão disponíveis nas clínicas particulares de vacinas e a 10-valente nos postos de saúde como rotina e a 13-valente e a 23-valente nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) conforme a indicação clínica para pessoas imunocompetentes e imunodeprimidos, ou que apresentam outras condições de risco e outros grupos especiais que devem ser atendidos na rede pública de serviços de saúde.

As recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIm) e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) diferem no esquema de doses da recomendação prevista no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da saúde.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Imunologia e o Programa Nacional de Imunizações indicam a vacina Pneumocócica conjugada para todas as crianças até 5 anos de idade. O PNI utiliza a vacina pneumocócica conjugada 10-valente no esquema de duas doses, administradas aos 2 e 4 meses, seguidas de um reforço aos 12 meses, podendo ser aplicada até os 4 anos e 11 meses de idade nos postos de saúde. A SBP e a SBIM recomendam, sempre que possível, o uso da vacina conjugada 13-valente, pelo seu maior espectro de proteção, no esquema de três doses no primeiro ano (2, 4, e 6 meses) e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses de vida nas clínicas particulares de vacinas. Crianças saudáveis com esquema completo com a vacina 10-valente podem receber dose(s) adicional(is) da vacina 13-valente, até os cinco anos de idade, com o intuito de ampliar a proteção para os sorotipos adicionais em relação à 13-valente. Crianças com risco aumentado para doença pneumocócica invasiva devem receber também, a partir de 2 anos de idade, a vacina polissacarídica 23-valente, com intervalo mínimo de dois meses entre elas.

Adolescentes e adultos até 59 anos tem a vacinação indicada a critério médico de acordo com suas doenças de base e riscos de complicações. O esquema sequencial de VPC13 e VPP23 também é recomendado para indivíduos portadores de algumas comorbidades e pode ser adquirido junto aos CRIEs através de solicitação do médico assistente.

A Sociedade Brasileira de Imunizações e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia recomendam a vacinação pneumocócica para adultos maiores de 60 anos em um esquema sequencial com a vacina pneumocócica conjugada 13-valente e a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente. Iniciar com uma dose da 13-valente seguida de uma dose de 23-valente seis a 12 meses depois, e uma segunda dose de 23-valente cinco anos após a primeira. Para aqueles que já receberam uma dose de 23-valente, recomenda-se o intervalo de um ano para a aplicação de 13-valente. A segunda dose de 23-valente deve ser feita cinco anos após a primeira, mantendo intervalo de seis a 12 meses com a 13-valente. Para os que já receberam duas doses de 23-valente, recomenda-se uma dose de 13-valente, com intervalo mínimo de um ano após a última dose de 23-valente. Se a segunda dose de 23-valente foi aplicada antes dos 60 anos, está recomendada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de cinco anos da última dose.

Dr. Gerson Peres é médico pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Alerta para os riscos de doenças cardiovasculares

(Dra. Mariza Rosa, cardiologista explica)

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O colesterol elevado no sangue é uma das principais causas de dessas patologias, e pode levar ao infarto e acidente vascular cerebral (AVC), importantes fatores de risco de morte.

As doenças cardiovasculares são líderes de mortalidade no Brasil. Aproximadamente 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e mais de 380 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país.

A cardiologista Dra. Mariza Garcia Rosa explica que, produzido no organismo, o colesterol é uma gordura com a função de manter as células em funcionamento para produção de hormônios e da bile, metabolização de vitaminas, entre outras funções.

Existem dois tipos de colesterol presentes na corrente sanguínea. O LDL, conhecido como “ruim”, e o HDL, que protege o coração de doenças e, por isso, é considerado “bom”. Um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol ruim é o consumo excessivo de gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultra processados, como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvete.

Um dos mitos é acreditar que o colesterol é problema apenas de quem sofre de obesidade. Pessoas magras também podem apresentar descontrole nos níveis de gordura no sangue e estar no grupo de risco de infarto e AVC. “É importante que as pessoas saibam que o colesterol elevado, na maioria dos casos, não dá sinais nem qualquer tipo de sintomas. Por isso, é essencial fazer os exames periódicos e acompanhamento médico, além de adotar hábitos que incluem a alimentação saudável e adequada e a prática de atividades físicas regularmente”, explica Dra. Mariza.

O diagnóstico para risco cardiovascular é feito pelo médico, que avalia além dos valores de colesterol e frações, também leva em consideração à genética, a história familiar e todos os fatores de risco associados para fechar o diagnóstico e definir a conduta.

“Neste momento de crise de saúde pública (Coronavírus), é muito importante que os pacientes cardiopatas saibam sobre os riscos que correm ao se contaminarem com o coronavírus, como eles devem evitar o contágio – medida baseada principalmente no isolamento social – e manter os cuidados para o controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol. Também devem seguir seus tratamentos específicos, fazendo o uso regular dos seus medicamentos conforme prescrição médica, atentarem-se para a prevenção às doenças cardiovasculares conforme as recomendações da diretriz de prevenção da SBC e a buscarem precocemente por assistência médica em caso de surgimento de sintomas de Covid-19”, indica a cardiologista.

Dra. Mariza Garcia Rosa é médica cardiologista e integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

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RQE: 10590

Para que lado o bebê deve dormir?

(Dra. Elenice fala da Síndrome da Morte Súbita)

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A síndrome da morte súbita do lactente é definida como a morte súbita e inesperada em bebês no primeiro ano de vida, e que permanece sem causa definida mesmo após ampla investigação.

Apesar de rara, é uma das principais causas de mortalidade infantil nos países desenvolvidos. Um horror para qualquer mãe. Felizmente, existem medidas simples que ajudam a diminuir muito esse risco.

A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, lembra que entre as causas facilmente modificáveis, a mais importante é a posição do bebê. Bebês menores de um ano devem dormir de barriga para cima. SEMPRE! Até que aprendam a rolar sozinho, a partir daí, ficam livres para escolher qualquer posição.

Essa medida já é recomendada desde a década de 90 (e levou a uma queda enorme nos índices de morte súbita a época). Mesmo assim, ainda hoje existem famílias que ficam com medo de posicionar o bebê dessa maneira, com medo de que ele regurgite e aspire o leite.

Não tem dúvida! Posição de bebê dormir não é de ladinho, nem de bruços. É barriga para cima! Pela segurança dele!

Dica da Dra. Elenice Mariotto Blaya que é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Colesterol e Dieta: o que pode fazer a diferença?

(Dra. Morgana R. Rodrigues explica e dá dicas importantes)

Morgana 2019

1) O ideal da dieta deve preconizar:

– Evitar gordura saturada (de origem animal: carne vermelha, queijos amarelos) – deve ser menos de 10% nas dietas em geral e menos de 7% em pacientes de alto risco cardiovascular;

– Abolir gordura trans (aumenta o risco de formação de placas de gordura nos vasos)

– Trocar por gorduras poli-insaturadas (óleos vegetais e peixes de águas profundas ricos em ômega 3 e 6) e monoinsaturada (azeite de oliva, gordura do abacate). Há redução de eventos cardiovasculares em até 10% quando aumentado em 5% a ingesta dessas gorduras.

2) Dieta para manter o perfil lipídico em níveis adequados:

– 6 a 7 porções de legumes/verduras por dia

– Diminuir consumo de ultraprocessados e frituras (gordura trans)

– Aumentar consumo de gordura insaturada: óleos vegetais, peixes, azeite de oliva, abacate

– Diminuir consumo de gorduras saturadas

3) Álcool:

Atua desfavoravelmente nos níveis de triglicerídeos. O preconizado para a saúde cardiovascular é o consumo diário de até 30g de álcool para homens (2 taças de vinho) e até 10g nas mulheres (1 taça de vinho). Passar desse consumo implica em aumentar até 38% a chance do aumento de triglicerídeos.

Estudos recentes demonstrando aumento de risco de AVC hemorrágico e de risco cardiovascular. Dessa forma, o consumo saudável de álcool deve ser muito moderado.

Há uma associação entre peso e outras comorbidades e triglicerídeos: quanto maior o IMC (maior 25kg/m2) mais alto tende a ser o aumento de triglicerídeos.

 

 

4) Óleo de coco:

É um óleo misturado, formado principalmente por gordura saturada aumentando em até 10mg/dl os níveis de LDL (colesterol ruim) – sem efeito no emagrecimento (termogênico) e na melhora do risco cardiovascular.

5) Ômega 3:

As preparações de Ômega EPA + DHA (que são as vendidas no BR) não demonstram benefícios cardiovasculares (há aumento do LDL e do efeito inflamatório). Assim, deve ser preconizado o consumo de ômega na dieta (peixes de águas profundas) e não a suplementação em cápsulas até o presente momento.

6) Qual o óleo usar?

A banha de porco por ser uma gordura saturada é mais segura para aquecer, porém ela apresenta muito mais gordura saturada sendo prejudicial para o organismo. A gordura insaturada é menos estável para cozimento podendo ser deletérias à saúde. Cada tipo de óleo vegetal tem um ponto de fumaça diferente, assim tendo um ponto que se pode chegar de temperatura de aquecimento que pode ser mais saudável. Dessa forma, é importante buscar a ajuda da (o) nutricionista, pois este determinará qual o mais adequado para cada pessoa e seu perfil de dieta. O que é bem estabelecido é sempre moderar nas quantidades de consumo.

Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

CRM: 34563

RQE: 30206 / 30699

Dia Nacional de Combate ao Colesterol – 8 de agosto

(Dra. Morgana lembrou a importância da data)

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A data foi criada como forma de conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares pelo processo de aterosclerose.

A Dra. Morgana Regina Rodrigues explica que o colesterol é essencial para a saúde do organismo, sendo utilizado na produção de hormônios esteroides, vitamina D, bile e formação de membranas celulares.

O problema está relacionado aos níveis elevados de colesterol no sangue, que são extremamente prejudiciais à saúde e uma das principais causas de doenças cardiovasculares, entre elas infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e um importantíssimo fator de risco de morte repentina.

O exame de perfil lipídico (colesterol total e frações e triglicerídeos) deve ser realizado na infância e na vida adulta. A frequência de realização e os níveis ideais variam para cada pessoa e deverão ser indicados pelo médico.

Ter o LDL-colesterol normal não é o suficiente. O perfil lipídico deve ser avaliado como um todo. Um dos tipos mais agressivos de dislipidemia, encontrado com frequência em indivíduos com diabetes é composto de triglicerídeos altos e o HDL-colesterol abaixo do recomendado.

Alguns pontos atuais que valem ser ressaltados:

– Alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos não causam dor.

– O uso de estatina durante a infecção por COVID-19 não deve ser suspenso.

– Estatinas são seguras e não devem ser suspensos em indivíduos idosos.

Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

 

CRM: 34563

RQE: 30206/30699