Risco de doenças cardíacas aumenta após a menopausa

A dica é da Dra. Mariza - cardiologista

Dra. Mariza 2

O coração feminino precisa de atenção. Após os 40 anos, o risco de doenças cardiovasculares aumenta, mas depois dos 50, quando chega a época da menopausa, ele cresce ainda mais: há um aumento de 30% no número de casos de infarto e cirurgias cardíacas em mulheres nesse período, segundo a Dra. Mariza Garcia Rosa, cardiologista da Saúde Center Clínica.

O hormônio estrogênio é um protetor e aliado do coração, pois estimula a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. Com a chegada da menopausa, o nível desse hormônio diminui, o que aumenta o risco do desenvolvimento de algumas doenças. Assim, quem tem menopausa precoce também fica vulnerável mais cedo a doenças cardiovasculares, pois os níveis de estrogênio começam a baixar antes.

Hoje, 30% das pessoas que sofrem infarto são do sexo feminino, e a cada ano elas estão mais expostas ao risco. No Brasil, mais de 200 mulheres morrem por dia vítimas de infarto. Se somarmos problemas cardíacos e cerebrovasculares, como AVC, o número de mortes chega a ser seis vezes maior que as causadas por câncer de mama.

Segundo a cardiologista, as mulheres estão a cada ano mais expostas ao risco de doenças cardiovasculares, pois cerca de 40% apresentam aumento da circunferência abdominal, mais de 20% fumam, 18% são ex-fumantes, 23% têm seus níveis de pressão arterial acima do preconizado e 21% possuem alteração dos níveis de colesterol. Todos esses são fatores de risco para doenças cardíacas.

Mulheres com histórico familiar de doenças cardiovasculares ou que tiveram doenças inflamatórias, doenças autoimunes e obesidade também têm mais risco de desenvolver problemas cardíacos. O risco pode ser maior para quem usa determinados tipos de anticoncepcional, por isso é indicado buscar orientação médica antes de começar a tomar pílula. O sedentarismo também deve ser combatido. A atividade física deixa os vasos mais dilatados, facilitando o fluxo sanguíneo, e ajuda a controlar melhor o peso, a pressão arterial e a frequência cardíaca.

O estresse é outro fator relevante. A médica esclarece que, quando passamos por uma situação estressante, nosso cérebro estimula glândulas a secretar determinados hormônios que aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca. Quem vive sob estresse contínuo acaba passando por esse processo muitas vezes, o que pode desencadear eventos cardíacos mais graves. Além disso, existe a questão psicológica: pessoas muito estressadas podem desenvolver estados depressivos.

Em geral, as mulheres são mais tolerantes à dor. Em muitos casos, justamente por conta do acúmulo de tarefas, elas acabam ignorando sinais de que algo está errado e perdem a chance de obter um diagnóstico rápido quando ficam doentes. A médica comenta que algumas sentem dor nas costas, dor no estômago e náuseas e pensam que é apenas algo pontual quando, na verdade, já podem estar desenvolvendo algum problema cardíaco. “Existem mulheres que nunca mediram a pressão arterial ou a taxa de colesterol, por exemplo. E fazer isso é muito importante. Sintomas também não devem ser negligenciados. Se você sentiu desconforto torácico, dor ou algo diferente, procure um médico para fazer uma avaliação”, recomenda a cardiologista.

A dica da Dra. Mariza  é começar a se cuidar cedo. Quando uma pessoa mais velha começa a ter os sintomas de doenças cardiovasculares, provavelmente os problemas já se iniciaram há algum tempo. Eles podem ser resultado de anos de hábitos danosos à saúde.

É fundamental realizar avaliações médicas periódicas. Aquelas que já se enquadram no grupo de risco (que inclui hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, colesterol alto, estresse, sedentarismo e histórico familiar) não devem esperar o período da menopausa para ir ao médico, mas procurá-lo antes dos 30 anos. Após os 40, é indicado que a mulher compareça a consultas periódicas, pois já está na fase da pré-menopausa e o nível de estrogênio começa a cair. Depois dos 50, é indispensável fazer uma avaliação, no mínimo, uma vez por ano.

A Dra. Mariza Garcia Rosa é médica cardiologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

Santa Maria tem 569 casos confirmados de toxoplasmose

Dr. Cesar Queiroz fala sobre a doença

Dr. Quiroz

O número de casos confirmados de toxoplasmose em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, subiu para 569, de acordo com o último relatório divulgado pelas secretarias municipal e estadual de Saúde.

Ainda conforme o novo relatório, 312 suspeitas da doença seguem em investigação.

Enquanto a causa do surto não é descoberta, segundo o Dr. Cesar Augusto Queiroz, ginecologista e obstetra, a orientação continua sendo ferver a água antes de beber, evitar carne crua ou mal passada e ter bastante higiene no preparo dos alimentos.

A toxoplasmose, cujo nome popular é doença do gato, é uma doença infecciosa causada por um protozoário facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a doença pode ocorrer pela ingestão de oocistos [onde o parasita se desenvolve] provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua e mal cozida infectada com cistos, especialmente carne de porco e carneiro. Destaca-se que na gestação pode ocorrer infecção transplancentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriam a infecção durante a gravidez, podendo causar elevado risco de acometimento fetal pela toxoplasmose congênita.

Sintomas

Em alguns casos os sintomas não se manifestam, mas podem ser:

  • Febre
  • Cansaço
  • Mal estar
  • Gânglios inflamados

O período de incubação da toxoplasmose vai de 10 a 23 dias quando a causa é a ingestão de carne, e de 5 a 20 dias quando o motivo é o contato com cistos de fezes de gatos.

Dr. Queiroz faz um alerta! Há muitos casos no RS e todos devem ficar alerta. A qualquer sintoma, o médico deve ser procurado.

Dr. Cesar Augusto Queiroz é ginecologista e obstetra e atende na Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Endocrinologia: Falando sobre Retinopatia Diabética

Saiba mais sobre esta doença com a endocrinologista Dra. Morgana

Dra. Morgana - endocrinologista

A Retinopatia Diabética (RD) é uma das principais complicações do Diabetes e a principal causa de cegueira em pessoas entre 20-74 anos. Resulta da glicose elevada cronicamente causando alterações nos vasos sanguíneos de pequeno calibre, edema, redução de fluxo sanguíneo e formação de novos vasos. Como é uma doença silenciosa, as alterações visuais surgem numa fase avançada, sendo o rastreio oftalmológico anual essencial para o diagnóstico precoce antes do aparecimento de sintomatologia e de lesões irreversíveis ou que necessitem de tratamentos mais agressivos. É realizado através da avaliação do Fundo de Olho no Diabetes tipo 1 a partir de 5 anos de diagnóstico e no Tipo 2 já no momento do diagnóstico.

Segundo a Dra. Morgana Regina Rodrigues, endocrinologista, o paciente assume um papel fundamental no tratamento, pois é necessário o controle de fatores sistêmicos. Todo o paciente diabético deve ser alertado para o controle da glicemia, pressão arterial, perfil lipídico, evitar fatores de risco como obesidade (controle de circunferência abdominal e índice de massa corporal), praticar exercício físico regularmente e realizar uma alimentação saudável com fibras, verduras e frutas a fim de evitar o aparecimento da RD.

Consulte regularmente seu médico e fique atento aos sinais enviados pelo seu corpo. Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Saiba como controlar a caspa no inverno

Dra. Juliana Rietjens dá dicas importantes

Dra. Juliana4

A diferença entre as baixas temperaturas do inverno e as altas temperaturas do chuveiro intensificam um problema que incomoda entre 15 e 20% da população: a caspa.

O nome popular é dermatite seborreica, mas a caspa nada mais é do que uma inflamação responsável por produzir descamação da pele, normalmente na região do couro cabeludo, mas que pode também ocorrer na face, sobrancelha, nariz, orelha, peito, costas e virilha.

Segundo a dermatologista Dra. Juliana Rietjens, banhos quentes e longos no inverno aceleram a descamação natural da pele, dificultando o controle da caspa.

Além da típica descamação que gruda nas roupas e nos cabelos, a caspa pode provocar vermelhidão, coceira e ardência. Embora a inflamação tenha fundo genético, fatores emocionais, como o estresse, também podem provocar ou intensificar o problema: “O sistema nervoso tem íntima ligação com a pele”, explica a Dra. Juliana.

A médica acrescenta que a caspa é um processo crônico, para o qual não existem garantias de cura definitiva: “Ela pode ser controlada com o uso de shampoos específicos e cremes indicados por um médico dermatologista. Também é importante evitar banho muito quente e não estimular a umidade do couro cabeludo”.

Um problema esteticamente desconfortável, a caspa pode aparecer durante todo o ano. No entanto, alguns hábitos adotados no inverno contribuem para o maior aparecimento da caspa. São eles:

Lavar os cabelos com menor frequência: isso pode colaborar para o acúmulo de sebo no couro cabeludo, além da menor eliminação das células mortas ou resíduos;

Lavar os cabelos em água muito quente: vai ocasionar o ressecamento do couro cabeludo, o que estimula as glândulas sebáceas a produzirem mais sebo. O surgimento de oleosidade, por sua vez, pode contribuir para o desenvolvimento de um tipo de fungo, o Malassezia Furfur, que piora o quadro de caspa;

Mudanças bruscas de temperatura: climas pouco úmidos favorecem o ressecamento e a descamação da pele, por isso o aumento da caspa. Entretanto, nos dias mais frios o cabelo demora mais para secar. Os fios molhados por tempo prolongado associados ao uso de chapéu e gorro para se proteger do vento frio, fazem com que o couro cabeludo fique úmido e abafado, ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias e fungos;

Tendência a usar mais roupas escuras: nessa época do ano, os trajes pesados e de cores mais sóbrias é comum, por isso a descamação do couro cabeludo fica mais visível e dá a sensação de que a caspa é mais frequente no inverno.

Estresse: ele está intimamente ligado às crises, uma vez que os hormônios do estresse atuam diretamente sobre a glândula sebácea, levando a uma maior produção de sebo.

Alivie a caspa durante o inverno com estas dicas

  1. Lave os cabelos sempre com shampoo anticaspa: isso vai ajudar a remover a sujeira e todos os resíduos que vão se acumulando, além de evitar a oleosidade excessiva;
  2. Lave os cabelos com água morna e usar produtos adequados ao seu tipo de cabelo;
  3. Diminua a temperatura do secador e a frequência de uso deste aparelho e de chapinhas;
  4. Evite dormir com cabelos molhados e evitar abafar o couro cabeludo;
  5. Procure o médico dermatologista caso não haja controle dos sintomas.

Se a caspa persistir, procure um especialista que irá lhe indicar o melhor tratamento. A Dra. Juliana Rietjens é medica dermatologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

Endocrinologia: Falando sobre a Dieta Mediterrânea e Doença Cardiovascular

Dra. Morgana, endocrinologista, fala sobre o tema

Dra. Morgana - endocrinologista

A dieta mediterrânea é baseada na alta ingesta de azeite de oliva, frutas, nozes e cereais; ingesta moderada de peixe e frango; baixa ingesta de carne vermelha, carnes processadas e doces; consumo moderado de vinho nas refeições. Em estudo publicado em 2013 e revisado recentemente -  PREDIMED – foram feitas comparações entre 2 dietas mediterrâneas suplementadas com azeite de oliva e nozes versus dieta de baixo teor de gordura em paciente sem doença cardiovascular existente, porém de alto risco: Diabéticos ou a presença de 3 ou mais fatores de risco: tabagismo, hipertensão arterial, LDL elevado, HDL baixo, sobrepeso ou obesidade ou história familiar de doença cardiovascular precoce. O consumo de azeite de oliva foi de 1 litro/semana por casa ou 4 colheres de sopa por pessoa/dia e o de frutas oleoginosas era 30 gramas (15g de nozes, 7,5g amêndoas e 7,5g de avelã).

O resultado apresenta que pessoas com alto risco para eventos cardiovasculares que fizeram dieta mediterrânea com suplementação do azeite de oliva ou nozes tiveram menor taxa de eventos cardiovasculares que as pessoas com dieta de baixo teor de gordura. Os achados corroboram para um efeito benéfico da dieta mediterrânea na prevenção primária de doença cardiovascular.

A geração da cadeira

A cardiologista Dra. Mariza fala sobre o tema

Dra. Mariza 2

Pela primeira vez na história da humanidade, adquirimos a possibilidade de ganhar o sustento sem levantar da cadeira.

O conforto da vida moderna, no entanto, cobrou um preço alto: doenças cardiovasculares e câncer são as principais causas de morte, a obesidade virou epidemia até em países de renda mais baixa e limitam a mobilidade de milhões de pessoas, os serviços de saúde ficaram sobrecarregados.

A Dra. Mariza Garcia Rosa, Cardiologista, lembra que a vida sedentária está associada a diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares: acúmulo de gordura no abdômen, hipertensão arterial, inflamação crônica, resistência à insulina e disfunção do endotélio, a camada que reveste a parede interna dos vasos.

A atividade física moderada ou intensa aumenta a produção de NO (que provoca dilatação das artérias) e reduz a expressão das moléculas de adesão, mecanismo que diminui o risco cardiovascular. Mesmo exercícios leves têm efeitos metabólicos benéficos.

A revista “Nature” traz um estudo para esclarecer este detalhe: a atividade física leve também seria suficiente para corrigir a disfunção endotelial associada ao sedentarismo?

Os autores estudaram três grupos “Sit, Sitless e Exercise”. Durante 4 dias, os do grupo “Sit” passaram 14 horas diárias sentados. Dessas 14 horas diárias, os do grupo “Sitless” ficaram apenas 9 horas sentados e 5 a 6 horas movimentando-se devagar ou permanecendo em pé. Os do grupo “Exercise” permaneceram 13 horas por dia sentados, e uma hora praticando exercícios moderados ou intensos.

Comparados aos do grupo “Sit”, os “Exercise” apresentaram função endotelial mais preservada, sugestiva de risco cardiovascular reduzido, entretanto, os níveis de colesterol e a sensibilidade à insulina não se alteraram. Nos “Sitless”, ocorreu o oposto: a disfunção endotelial permaneceu igual à dos sedentários, mas a sensibilidade à insulina e os níveis de colesterol melhoraram.

Em resumo a Dra. Mariza alerta: passar o dia sentado aumenta o risco de doença cardiovascular. Reduzir o número de horas sedentárias, sem fazer exercícios mais intensos, melhora o metabolismo dos lipídeos e a sensibilidade à insulina, mas não traz benefícios à função endotelial. Uma hora de exercícios moderados ou intensos, faz o contrário.

Conclusão: Para o bom funcionamento do sistema cardiovascular é preciso fazer exercício e sair da cadeira.

Dra. Mariza Garcia Rosa, cardiologista, integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

 

Endometriose

Dr. Mario Blaya fala sobre a doença

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A endometriose acontece quando o endométrio, tecido que reveste o útero, cresce para fora do órgão. Os fragmentos vão parar no ovário, nas trompas e até em regiões vizinhas. Mesmo deslocado, o tecido excedente é estimulado a crescer e, na hora da menstruação, descama junto com o endométrio original.

A partir daí, surgem as cólicas intensas, o desconforto e, com o tempo, dificuldades para engravidar. Além disso, o risco de câncer de ovário é mais alto em mulheres com o problema.

Dr. Mario Blaya, ginecologista e obstetra, revela que é difícil estabelecer as causas da endometriose, mas, em parte, o distúrbio é provocado pela menstruação retrógrada, quadro em que pequenas porções de sangue voltam pela tuba uterina e se alojam aonde não deveriam. Isso ocorre pelo estímulo constante do estrogênio, hormônio que faz o endométrio aumentar de tamanho e sangrar todos os meses.

Sinais e sintomas

– Cólica intensa mesmo fora do período menstrual
– Inchaço abdominal
– Dor durante e após o sexo
– Dor para urinar e evacuar
– Intestino preso ou solto demais
– Menstruação irregular
– Dificuldade para engravidar

 

Fatores de risco

– Ter filhos depois dos 30 anos
– Alterações no útero
– Estresse
– Má alimentação

 

A prevenção

Embora em muitos casos não dê para prevenir o aparecimento da endometriose, alguns hábitos diminuem o risco de ela dar as caras, como diminuir o estresse e aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega-3, como o salmão e o óleo de linhaça.

O diagnóstico

A partir da primeira menstruação, o médico precisa ficar atento às cólicas — quanto mais rápido o diagnóstico, menor o risco de a doença progredir. Exames de imagem e sangue dão início à investigação, mas a certeza do diagnóstico só vem mesmo com a videolaparoscopia, uma cirurgia que permite observar os focos da endometriose. A doença é classificada em leve, moderada ou grave.

 

O tratamento

Segundo Dr. Mario, não há cura para a endometriose, mas dá para combater os focos dela e praticamente anular os sintomas. Anticoncepcionais que barram a ação do estrogênio são frequentemente prescritos, apesar de não serem criados originalmente para esse fim. Há também remédios mais específicos, que simulam a ação da progesterona no controle do endométrio.

Quando a doença avança, os médicos podem optar pela cirurgia. Por meio de uma pequena incisão no umbigo, a videolaparascopia identifica e cauteriza os locais afetados. Outra opção é apenas extrair as células que estão fora do lugar. A atividade física também pode ser benéfica porque libera substâncias que aliviam a dor.

Se você apresenta algum desses sintomas, procure seu médico para uma avaliação mais detalhada.  O acompanhamento é muito importante. Visite seu médico regularmente.

O Dr. Mario Blaya é ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

Já são seis casos confirmados de sarampo no RS

Dra. Elenice fala sobre o retorno da doença no Estado

Dra. Elenice1

Neste ano, já são seis casos confirmados de sarampo no Rio Grande do Sul.  As Américas foram consideradas livres de sarampo em setembro de 2016, após a ausência da circulação do vírus pelo período de 12 meses. Além do RS, a doença está presente em Roraima e Amazonas. Antes de ocorrer o processo de eliminação do vírus do sarampo, o último caso confirmado no estado foi em 1999. Em 2010, houve oito casos importados e em 2011 foram sete, também importados. Desde então, o estado não havia registro da circulação do vírus de sarampo.

Vacinação é a forma mais efetiva de se proteger

A Dra. Elenice Mariotto Blaya alerta que, qualquer indivíduo que apresentar febre e manchas no corpo acompanhado de tosse, coriza ou conjuntivite deve procurar o seu médico para a investigação diagnóstica, principalmente aqueles que estiveram recentemente em locais com circulação do vírus.

A mais efetiva forma de prevenção é a vacinação. Para ser considerada vacinada, a pessoa precisa ter o registro em caderneta de vacinação conforme esquema vacinal. A rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente a vacina Tríplice Viral para a população de 12 meses e 15 meses a tetraviral. Também até 49 anos de idade e para profissionais de saúde e demais pessoas envolvidas na assistência à saúde hospitalar.

Fique atento pois são muitos casos confirmados: na Europa, até abril de 2018, haviam sido notificados mais de 7.600 casos, com 22 óbitos. Nas Américas, segunda a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), 11 países já haviam notificado a doença até abril de 2018. A disseminação se iniciou pela Venezuela, que registra o maior número de casos. No Brasil, até final de maio, foram registrados mais de 1.000 casos suspeitos, e muitos confirmados, em Roraima (83 casos), Amazonas (115), São Paulo (1) e Rio Grande do Sul (6).

A doença pode infectar igualmente adultos ou crianças, mas tem maior prevalência na fase infantil.

O vírus é transmitido quando a pessoa entra em contato com secreções do paciente contaminado. Pode ocorrer através de tosses, espirros ou gotículas de saliva que se espalham pelo ar.

A dica da Dra. Elenice é: verifique a carteirinha de vacinação de seu filho. Caso apresente os sintomas citados, procure imediatamente o médico. Essa é uma doença altamente contagiosa e com letalidade potencial. Fique alerta!

A Dra. Elenice Marioto Blaya é pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Videolaparoscopia Diagnóstica e Cirúrgica

Dr. Yuri é especialista e fala sobre a técnica

Dr. Yuri - cirurgia geral

Laparoscopia se referia, a princípio, a uma maneira de olhar dentro do abdomem. Hoje em dia, contudo, ela se refere a uma intervenção cirúrgica minimamente invasiva, muito utilizada em cirurgias ginecológicas, do trato gastrointestinal e urológicas ou outras (mesmo fora do abdomem), mas consagrada para a retirada da vesícula biliar, que foi seu primeiro uso, em 1987, embora já houvesse antecedentes menos ambiciosos desde 1960.

Atualmente, graças à evolução da tecnologia, pode-se acessar praticamente todos os órgãos do corpo humano com aparelhos contendo, na extremidade que é introduzida no corpo, uma minicâmera que transmite imagens em alta resolução para monitores de vídeo e que podem ser gravadas para estudos posteriores. Este procedimento é chamado, então, videolaparoscopia. Usada primitivamente quase só para fazer diagnósticos, a videolaparoscopia atual permite colher material para biópsias e praticar intervenções cirúrgicas antes só possíveis a céu aberto (cirurgias abertas).

Em que consiste a laparoscopia?

Segundo o Dr. Yuri, que realiza este procedimento em Tapejara, geralmente o paciente é internado e submetido à anestesia geral e, conforme a cirurgia, pode deixar o hospital no mesmo dia ou um pouco mais à frente. A laparoscopia consiste em que o médico faça uma pequena incisão na região a ser examinada ou tratada, por onde introduz o laparoscópio (aparelho por meio do qual irá visualizar e tratar a região abordada), que consiste em um fino tubo de fibras óticas, através do qual pode visualizar os órgãos internos e fazer intervenções diagnósticas ou terapêuticas. Outras pequenas incisões podem ser necessárias para introduzir os instrumentos cirúrgicos. Os instrumentos usados na videolaparoscopia são idênticos aos usados nas cirurgias tradicionais, só que mais delicados. Se a cirurgia for no abdome, uma certa quantidade de gás (dióxido de carbono) é introduzida dentro da cavidade abdominal a fim de expandi-la e criar um campo de trabalho para se realizar a cirurgia.

Dr. Yuri esclarece que esta técnica tem a vantagem de ser minimamente invasiva e ocasionar, assim, um menor trauma cirúrgico, menos sangramento intraoperatório, menor dor pós-operatória, recuperação pós-cirúrgica mais rápida e retorno mais cedo às atividades habituais e ao trabalho, além de menores cicatrizes. Ela reduz a taxa de infecções e a ocorrência de aderências pós-operatórias e também pode ser utilizada em outros tipos de cirurgias, como em operações nas articulações (artroscopias), por exemplo, principalmente em cirurgias no joelho. Além dessas, cirurgias do trato intestinal (apendicite, colecistite, cálculo de vesícula biliar, neoplasias de estômago, intestino, fígado, cirurgias bariátrica, etc), ginecológicas e urológicas podem ser realizadas por laparoscopia.

Fale com seu médico, quando necessitar de cirurgia, se existe para seu caso a oportunidade de ser feita por videolaparoscopia. Dr. Yuri Goersch é especialista em cirurgia geral, com experiência em videolaparoscopia e atende todos os dias na Saúde Center Clínica de Tapejara. Informe-se pelo telefone 3344-3600.

 

A importância da vacinação contra o HPV

(Dr. Mario Blaya comenta sobre a importância da vacinação)

Dr. Mario1

O HPV (vírus do papiloma humano) é uma infecção sexualmente transmissível, provocada por vírus que ataca, especialmente, as mucosas (oral, genital ou anal), tanto nas mulheres como nos homens. Existem mais de 200 variações desse tipo de vírus. A maioria está associada a lesões benignas, como o aparecimento de verrugas, que podem ser clinicamente removidas.

 

Existem, no entanto, 12 subtipos de HPV que estão associados aos cânceres do colo do útero, de pênis, de orofaringe e, até mesmo, de câncer reto-anal. No Brasil, há predominância na circulação de quatro subtipos que atingem tanto homens quanto mulheres.

A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual.

Fique atento!

  • Verrugas não dolorosas, isoladas ou agrupadas, que aparecem nos órgãos genitais.
  • Irritação ou coceira no local.
  • O risco de transmissão é muito maior quando as verrugas são visíveis.
  • As lesões podem aparecer no pênis, ânus, vagina, vulva (genitália feminina), colo do útero, boca e garganta.
  • O vírus pode ficar latente no corpo: a lesão muitas vezes aparece alguns dias ou anos após o contato.
  • As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e pessoas com imunidade baixa.

 

Prevenção

O Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente. A população-alvo prioritária da vacina HPV é a de meninas na faixa etária de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que receberão duas doses (0 e 6 meses) com intervalo de seis meses, e mulheres vivendo com HIV na faixa etária de 9 a 26 anos, que receberão três doses (0, 2 e 6 meses).

Segundo o Dr. Mario Blaya, ginecologista e obstetra, essa vacina é destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem ainda efeito demonstrado nas infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida. “É importante lembrar que a vacina não substitui o exame preventivo de câncer de colo uterino”, reitera Blaya.

 

Na presença de qualquer sinal ou sintoma da infecção pelo HPV, recomenda-se procurar um profissional de saúde para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.

Dr. Mario lembra também que a realização periódica do exame preventivo de câncer de colo uterino é uma medida essencial.

Importante

O exame preventivo (de Papanicolaou ou citopatológico) pode detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir a doença em 100% dos casos.

Portanto, se você tiver filho na faixa etária de vacinação, procure um Posto de Saúde e leve consigo a Carteirinha de Vacinação. A vacina é gratuita e para outras idades está disponível no setor privado. Outra dica é consultar o médico regularmente e usar camisinha para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.

Dr. Mario Blaya é ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara.