(Dra. Morgana R. Rodrigues explica e dá dicas importantes)
1) O ideal da dieta deve preconizar:
– Evitar gordura saturada (de origem animal: carne vermelha, queijos amarelos) – deve ser menos de 10% nas dietas em geral e menos de 7% em pacientes de alto risco cardiovascular;
– Abolir gordura trans (aumenta o risco de formação de placas de gordura nos vasos)
– Trocar por gorduras poli-insaturadas (óleos vegetais e peixes de águas profundas ricos em ômega 3 e 6) e monoinsaturada (azeite de oliva, gordura do abacate). Há redução de eventos cardiovasculares em até 10% quando aumentado em 5% a ingesta dessas gorduras.
2) Dieta para manter o perfil lipídico em níveis adequados:
– 6 a 7 porções de legumes/verduras por dia
– Diminuir consumo de ultraprocessados e frituras (gordura trans)
– Aumentar consumo de gordura insaturada: óleos vegetais, peixes, azeite de oliva, abacate
– Diminuir consumo de gorduras saturadas
3) Álcool:
Atua desfavoravelmente nos níveis de triglicerídeos. O preconizado para a saúde cardiovascular é o consumo diário de até 30g de álcool para homens (2 taças de vinho) e até 10g nas mulheres (1 taça de vinho). Passar desse consumo implica em aumentar até 38% a chance do aumento de triglicerídeos.
Estudos recentes demonstrando aumento de risco de AVC hemorrágico e de risco cardiovascular. Dessa forma, o consumo saudável de álcool deve ser muito moderado.
Há uma associação entre peso e outras comorbidades e triglicerídeos: quanto maior o IMC (maior 25kg/m2) mais alto tende a ser o aumento de triglicerídeos.
4) Óleo de coco:
É um óleo misturado, formado principalmente por gordura saturada aumentando em até 10mg/dl os níveis de LDL (colesterol ruim) – sem efeito no emagrecimento (termogênico) e na melhora do risco cardiovascular.
5) Ômega 3:
As preparações de Ômega EPA + DHA (que são as vendidas no BR) não demonstram benefícios cardiovasculares (há aumento do LDL e do efeito inflamatório). Assim, deve ser preconizado o consumo de ômega na dieta (peixes de águas profundas) e não a suplementação em cápsulas até o presente momento.
6) Qual o óleo usar?
A banha de porco por ser uma gordura saturada é mais segura para aquecer, porém ela apresenta muito mais gordura saturada sendo prejudicial para o organismo. A gordura insaturada é menos estável para cozimento podendo ser deletérias à saúde. Cada tipo de óleo vegetal tem um ponto de fumaça diferente, assim tendo um ponto que se pode chegar de temperatura de aquecimento que pode ser mais saudável. Dessa forma, é importante buscar a ajuda da (o) nutricionista, pois este determinará qual o mais adequado para cada pessoa e seu perfil de dieta. O que é bem estabelecido é sempre moderar nas quantidades de consumo.
Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.
CRM: 34563
RQE: 30206 / 30699