(Dra. Elenice M. Blaya, Pediatra, fala sobre a data)
15 de fevereiro é lembrado em todo o mundo o Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância. A Organização Mundial da Saúde, a Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica (SIOP) e mais centenas de organizações em 88 países estão comprometidas e empenhadas para atingir a meta global de reduzir a mortalidade infantil causada pelo câncer.
Segundo dados da Childhood Cancer International (CCI), a cada ano, mais de 300.000 crianças são diagnosticadas com câncer em todo o mundo. Aproximadamente 8 entre 10 dessas crianças vivem em países de baixa e média renda, onde a taxa de sobrevivência é de quase 20%. Isso contrasta com os países de alta renda, onde as taxas de cura excedem 80% para muitos cânceres infantis. O objetivo da iniciativa global é eliminar toda a dor e sofrimento das crianças que lutam contra o câncer e alcançar pelo menos 60% de sobrevivência para todas as crianças diagnosticadas em todo o mundo até 2030.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
Sobre o câncer infantojuvenil
A Dra. Elenice Marioto Blaya, pediatra, explica que o câncer infanto-juvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infanto-juvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.
Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).
Os pais devem estar alertas ao fato de que a criança não inventa sintomas. Ao sinal de alguma anormalidade, devem levar seus filhos ao pediatra para avaliação. Na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, mas isto não deve ser motivo para descartar a visita ao médico.
A Dra. Elenice Mariotto Blaya é pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.