Zero açúcar para crianças até 2 anos

(Dra Elenice fala sobre o novo guia Alimentar para crianças)

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O Ministério da Saúde lançou, o novo Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos. A publicação traz entre as atualizações a recomendação de zero açúcar e não ao consumo de alimentos ultraprocessados para crianças menores de dois anos.

Entre as novidades desta edição estão também as recomendações de consumo com base no nível de processamento do alimento e não com foco apenas em nutrientes; dicas de culinária, inclusive para vegetarianos; direitos relacionados à alimentação infantil; e a alimentação como um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto.

Segundo a Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, desde os primeiros anos de vida, as crianças estão consumindo pouca variedade de alimentos saudáveis e estão sendo expostas muito cedo a alimentos ultraprocessados (biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, bebidas açucaradas e outros ricos em açúcar, sódio e gordura) que podem prejudicar a saúde e causar doenças crônicas como diabetes, hipertensão, colesterol alto e até doenças cardíacas. Como a alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento e desenvolvimento, para a formação de hábitos e para a manutenção da saúde, o Guia agora está direcionada para pais, responsáveis e educadores, além dos profissionais de saúde.

O Guia também pode apoiar profissionais de saúde, educação e assistência social que cuidam de crianças em seus locais de trabalho, como Unidades de Saúde da Família (USF), hospitais, creches, entidades assistenciais e todo e qualquer espaço comprometido com a promoção de uma alimentação adequada e saudável para crianças. É um importante apoio à família no cuidado cotidiano de crianças e para os profissionais de saúde e de outros setores no desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, em âmbito individual e coletivo.

Amamentação é um dos tópicos abordados pelo novo Guia. Apesar da amamentação ter aumentado no Brasil, a duração ainda é menor do que a recomendada, enfatiza Dra. Elenice. Duas em cada três crianças menores de seis meses já recebem outro tipo de leite, sobretudo leite de vaca, frequentemente acrescido de alguma farinha e açúcar, e somente uma em cada três crianças continua recebendo leite materno até os dois anos de idade.

O desmame precoce e a alimentação de baixa qualidade e pouco variada ocasionam diferentes formas de má nutrição (como o excesso de peso e obesidade), prejudicando o desenvolvimento infantil.

Dra. Elenice Marioto Blaya é pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

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