Cirurgia bariátrica e ganho de peso

Dr. Felipe fala sobre esta cirurgia

Dr. Felipe

A obesidade é a mais moderna das pandemias.

Cerca de 20% dos brasileiros são considerados obesos; enquanto 32% estão na faixa do sobrepeso. A classificação é feita por meio do índice de massa corpórea (IMC), calculado pela relação peso x altura. A faixa do peso saudável é considerada aquela em que o IMC está entre 18,5 e 24,9; o sobrepeso, quando fica entre 25 e 29,9; e, a obesidade, ao atingir 30 ou mais.

 

O Dr. Felipe Camargo Ribeiro, médico Cirurgião do Aparelho Digestivo, lembra que a cirurgia bariátrica foi desenvolvida quando se tornou evidente que pessoas com IMCs acima de 40 apresentavam taxas inaceitáveis de mortalidade. Existem várias técnicas operatórias que apresentam em comum a redução das dimensões do estômago e alguma forma de alterar o trânsito do bolo alimentar pelas alças intestinais.

 

A adaptação é cheia de complicações possíveis e de problemas que exigem resiliência e disciplina. O menor exagero alimentar pode ser punido com sintomas muito desagradáveis (dumping). A perda de peso e a melhora da qualidade de vida, no entanto, costuma ser significante.

Os benefícios são imediatos: redução da glicemia nos que sofrem de diabetes, queda da pressão arterial, dos níveis de colesterol e triglicérides, melhora dos problemas respiratórios, cardíacos, ortopédicos e articulares, entre outros.

Muitas vezes, essas alterações são tão radicais, que pacientes hipertensos, com diabetes ou hiperlipidemia ficam livres das medicações que utilizaram durante décadas.

 

Um grupo da Universidade de Pensilvânia acompanhou durante um período médio de 6,6 anos, 1.406 adultos submetidos à cirurgia bariátrica, com a finalidade de avaliar as características do ganho de peso nos anos seguintes.

Antes da operação, o IMC médio dos participantes era de 46,3. A redução máxima do peso corpóreo ocorreu em média dois anos depois do procedimento. Em relação ao pré-operatório, a perda média foi de 37,4%.

O aumento de peso foi mais acentuado no primeiro ano que se seguiu à perda máxima, mas prosseguiu durante todo o período de acompanhamento. Cinco anos depois da cirurgia, um em cada três participantes recuperou 20% ou mais dos quilos perdidos.

O estudo mostrou que engordar outra vez, tem seu preço: no primeiro ano depois da perda máxima, 10% apresentaram progressão do diabetes, 46% da hipertensão e 26% tiveram aumento dos níveis de colesterol. Nesse período, declínio das condições físicas ocorreu em 20% dos participantes e piora da saúde mental em 28%. Declararam-se insatisfeitos com o resultado da cirurgia 12%.

Cinco anos depois de atingir o peso mínimo, os participantes ainda continuavam a preservar em média 73% do peso perdido. O Dr. Felipe lembra que reduzir as dimensões do estômago através da cirurgia bariátrica ajuda aqueles com obesidade grave a melhorar as condições de saúde. Não é uma tarefa fácil manter o peso, mas o resultado é gratificante.

Dr. Felipe Camargo Ribeiro é médico Cirurgião do Aparelho Digestivo, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – realiza cirurgias de redução de estômago também em Tapejara e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica. Informações pelo telefone 3344-3600.

 

Share on FacebookTweet about this on TwitterShare on Google+

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *