Síndrome de Burnout: quando o trabalho asfixia a alma

Psiquiatra Paulo Lague fala sobre a Síndrome

Dr. paulo

Nesse exato momento, existe uma infinidade de pessoas realizando as suas atividades profissionais e, ao mesmo tempo, convivendo com uma angústia extrema. Da profissão mais humilde àquela mais elitizada, ela se faz presente: A Síndrome de Burnout, cujo significado faz analogia a um motor que não funciona mais.

“O Burnout é um adoecimento gerado pelo trabalho, que pode ser em função de uma sobrecarga para o funcionário, desvalorização ou falta de reconhecimento ou aquela insatisfação crônica com a atividade profissional que exerce”, explica o Psiquiatra Dr. Paulo Lague.

Nem todos têm o privilégio de trabalhar com aquilo que gostam, infelizmente. Contudo, há casos em que a atividade profissional é tão incompatível com o perfil do funcionário que acaba se configurando uma verdadeira agressão à saúde emocional e/ou física dele.

Por anos ou décadas, realizando algo que não o fascina, leva o indivíduo a sentir-se fora do eixo, como quem usa um sapato que não lhe serve, uma tortura. E, engana-se quem acha que o fato de o funcionário ter um salário alto vai atenuar esse desconforto.

A questão aqui é sentir-se motivado e engajado; é orgulhar-se do que faz, é viver o sentimento de pertencimento com aquela atividade. Esse orgulho não tem a ver com o glamour da profissão, pois existem pessoas em posições profissionais invejáveis e que estão profundamente frustradas.

Segundo Dr. Paulo, é que, chega num ponto que o ambiente de trabalho passa a ser um estímulo completamente aversivo. As doenças emocionais também fazem parte do pacote diante dessa insatisfação crônica, a depressão é uma delas.

Antes que alguém pense nisso, entenda que não se trata de alguém com preguiça de trabalhar, nem ingrato. Trata-se de pessoas que realizam, por anos a fio, algo que não as satisfazem. Isso vai afetando a autoestima, levando a pessoa a sentir-se inadequada e com a energia drenada, o que acaba afetando, também, as demais áreas da vida dela.

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima.

Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.

Se você se viu em uma destas situações, fique alerta e procure ajuda de um profissional. Dr. Paulo Lague é médico psiquiatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

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