Como identificar e tratar o Pé Diabético

Dr. André Lorenzon fala sobre o tema

Dr. André

O pé diabético é um termo usado para referir o maior risco que os diabéticos têm de apresentar problemas nos pés, como feridas, trombose, infecções e úlceras. Porém, este tipo de problema só é mais comum quando a doença não é bem controlada, e é caracterizado por sintomas como formigamento e queimação nos pés.

Segundo Dr. André Lorenzon, angiologista e cirurgião vascular, o ideal é que todos os diabéticos, além de fazerem o tratamento adequado, tentem prevenir problemas nos pés, tendo cuidados como usar sapatos confortáveis e não retirar calos, e procurar o médico logo que surgir alguma alteração nos pés.

Os principais sintomas deste problema incluem:

  • Perda da sensibilidade nos pés;
  • Sensação de formigamento frequente;
  • Queimação nos pés e tornozelos;
  • Dor e sensação de agulhadas;
  • Dormência nos pés;
  • Fraqueza nas pernas.

Apesar da presença dos sintomas, a maior parte dos diabéticos só percebe a gravidade do problema quando surge uma ferida ou infecção que não passa.

5 cuidados para evitar complicações graves

1. Manter a glicemia controlada

Esta é a etapa mais importante para evitar o pé diabético, porque quando os níveis de açúcar se mantêm elevados por muito tempo, o sangue tem mais dificuldade de chegar às extremidades do corpo, e os pés são a região mais afetada pela má circulação.

Assim, quando há pouco sangue chegando até aos pés, as células ficam fracas e o pé começa a perder sensibilidade, fazendo com que cortes ou feridas cicatrizem muito lentamente e só sejam notados quando já estão em um estágio muito avançado.

2. Observar os pés diariamente

Devido ao risco de perda de sensibilidade, os diabéticos devem ter o hábito de avaliar os pés diariamente, seja na hora do banho ou ao acordar, por exemplo. Se a condição física não permitir ou se a visibilidade não for boa, pode-se usar um espelho ou pedir ajuda de outra pessoa durante a vistoria dos pés. É preciso procurar por rachaduras, frieiras, cortes, feridas, calos ou alterações na cor, devendo-se procurar o médico se notar a presença de alguma dessas alterações.

3. Manter os pés limpos e hidratados

Deve-se lavar os pés todos os dias com água morna e sabonete neutro, tendo cuidado para higienizar bem entre os dedos e no calcanhar. Depois, deve-se secar os pés com uma toalha macia, sem esfregar a pele, apenas secando com leves pressões da toalha.

Após a lavagem, é ainda importante passar um hidratante sem cheiro em todo o pé, tendo cuidado para não deixar creme acumulado entre os dedos e nas unhas. Deve-se deixar secar naturalmente antes de vestir meias ou sapatos fechados.

4. Cortar as unhas 2 vezes por mês e não retirar calos

É importante evitar fazer as unhas com muita frequência, sendo que ideal é fazer apenas 2 vezes por mês, para não estimular o surgimento de cantos de unha ou unhas encravadas. Além disso, deve-se evitar tirar a cutícula, pois ela é importante para proteger a pele de feridas e arranhões.

Também é importante cortar as unhas em linha reta, e os calos só devem ser retirados por um profissional especializado em pés e que saiba da presença da diabetes. Caso os calos apareçam com muita frequência, deve-se falar com o médico para investigar as causas e iniciar o tratamento.

5. Usar sapatos fechados e macios

O sapato ideal para o diabético deve ser fechado, para evitar feridas e rachaduras, além de ser macio, confortável e de solas rígidas, para dar segurança durante a caminhada.

As mulheres devem preferir saltos baixos e quadrados, que fornecem um melhor equilíbrio para o corpo. Deve-se evitar calçados de plástico, de ponta fina ou apertados, e uma boa dica é ter sempre um segundo par de sapatos para trocar no meio do dia, para que o pé não sofra a pressão e o desconforto do mesmo sapato por muito tempo.

Dr. André lembra que na presença de qualquer alteração nos pés ou de falta de sensibilidade, o médico deve ser procurado para que o tratamento seja logo iniciado, e que a melhor forma de prevenir o pé diabético é controlando a glicemia através de uma alimentação adequada.

Dr. André Lorenzon é angiologista e cirurgião vascular e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

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