Mitos e verdades sobre o câncer de próstata

Urologista fala sobre o tema já que estamos no "Novembro Azul"

Dr. Luiz Eduardo

No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (13.772 casos/ano). A doença representa 28,6% dos casos de câncer no homem, excetuando-se os tumores de pele não melanoma. Não é possível prevení-la, mas o diagnóstico precoce está relacionado com a diminuição da mortalidade. Para esclarecer as inúmeras dúvidas que cercam o tema, o urologista Dr. Luis Eduardo Almeida elencou mitos e verdades sobre o tema:

O câncer de próstata é doença do idoso.

MITO. Apesar de o risco para a doença aumentar significativamente após os 50 anos, cerca de 40% dos casos são diagnosticados em homens abaixo desta idade. Entretanto, a doença é rara antes dos 40 anos.

 

PSA aumentado é sinal de que tenho câncer de próstata.

MITO. O antígeno prostático pode apresentar alterações em várias situações que não o câncer, como a hiperplasia benigna da próstata, prostatite (uma inflamação) e trauma. Por isso é importante a avaliação médica e o toque retal.

 

PSA baixo é sinal de que não tenho câncer de próstata.

MITO. Estima-se que o câncer de próstata está presente em 15% dos homens com níveis normais de PSA, daí a importância do toque retal.

 

Ter pai, irmão ou tio com a doença aumenta meu risco.

VERDADE. A hereditariedade é um dos principais fatores de risco para a doença. Um parente de primeiro grau com a doença duplica sua chance. Dois familiares com a doença aumentam essa chance em cinco vezes. Para quem tem casos na família, o recomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia é procurar um urologista a partir dos 45 anos.

 

Todos os casos de câncer de próstata precisam de tratamento.

MITO. A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.

 

O câncer de próstata sempre apresenta sintomas. Então posso esperar os sintomas para procurar o médico.

MITO. Em estágio inicial, quando as chances de curam beiram 90%, a doença não apresenta qualquer sintoma. Geralmente, os principais sintomas relacionados à próstata são devido a hiperplasia prostática, crescimento benigno da glândula, como jato urinário mais fraco, sensação de urgência miccional ou de esvaziamento incompleto da bexiga, entre outros.

 

Pessoas da raça negra têm maior risco de desenvolver a doença.

VERDADE. Estudos apontam que afrodescendentes têm risco 60% maior de desenvolver a doença e a taxa de mortalidade é três vezes mais alta.

O sedentarismo pode aumentar o risco para desenvolvimento do câncer de próstata.

VERDADE. O sedentarismo e a obesidade estão relacionados a alterações metabólicas que podem levar a alterações moleculares responsáveis pela gênese da neoplasia.

 

A atividade física regular tem um papel relevante na prevenção e no tratamento.

VERDADE. Essa prática saudável pode agir de modo protetor, e tem sido um fator modificável para o câncer de próstata por causa dos seus potenciais efeitos:

  • Fortalecimento imunológico
  • Prevenção da obesidade
  • Capacidade do exercício em modular os níveis hormonais
  • Redução do estresse

 

Aproveite o mês de novembro, conhecido como NOVEMBRO AZUL, visite o urologista e converse sobre o câncer de próstata. O profissional lhe dará as principais informações e orientações sobre a doença.

O Urologista Dr. Luis Eduardo Almeida é integrante da Saúde Center Clínica de Tapejara. Agende consulta pelo telefone 3344-3600.

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