(Dra. Mariza – Cardiologista, comenta sobre o tema)
A hipertensão arterial configura como o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares que mais matam no Brasil: infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Segundo dados do Ministério da Saúde, a pressão alta (PA) chega a afetar 30 milhões de brasileiros adultos, em uma proporção de um a cada quatro. Segundo a Dra. Mariza Garcia Rosa, médica cardiologista, os números são alarmantes, não só aqui, mas em todo o mundo.
CUIDADOS NA INFÂNCIAÂ
Chamada pelos médicos de “inimigo oculto†dos adultos e idosos, por sua ação silenciosa, a doença tem se tornado mais preocupante ao atingir, cada vez mais, os jovens. Atualmente, estima-se que a hipertensão já atinja três milhões de crianças e adolescentes dos 3 aos 18 anos de idade, no paÃs.
Para Dra. Mariza, o aumento exponencial de crianças hipertensas pode ser explicado pelo crescimento da obesidade em todo o mundo. A médica ainda destaca que para a definição de pressão arterial normal ou elevada há de se levar em conta variáveis, como sexo, peso, altura e idade, tanto nos mais jovens quanto nos mais velhos.
“É importante frisar que o sedentarismo e hábitos alimentares inadequados têm contribuÃdo diretamente para o aumento dos casos de elevação pressórica, principalmente entre as crianças. Ainda, dados de uma pesquisa americana recente sugerem que a PA elevada é maior em meninos (15%-19%) do que em meninas (7%-12%)â€, afirma Dra. Mariza.
De acordo com as recomendações das diretrizes brasileiras e internacionais a pressão arterial deve ser medida em crianças a partir dos três anos de idade, a fim de detectar precocemente a elevação da mesma: “Quando não diagnosticada, a hipertensão arterial promove alterações nos chamados órgãos-alvo da doença hipertensiva. Desse modo, a presença de hipertrofia ventricular esquerda durante a adolescência, por exemplo, pode ser um precursor de arritmias e insuficiência cardÃaca na idade adulta, entre outras complicaçõesâ€.
Dra. Mariza finaliza reforçando que as preocupações devem envolver não apenas a criança, mas toda a famÃlia no que diz respeito à mudança alimentar e de estilo de vida. “Os jovens devem ser estimulados a praticar atividade fÃsica e manter-se na faixa de normalidade para o peso, dando preferência a alimentos in natura e evitando o consumo de produtos industrializados, embutidos, etc.â€, pontua.
Dra. Mariza Garcia Rosa é médica cardiologista e integra o corpo clÃnico da Saúde Center ClÃnica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600