A epidemia do cansaço

O Psiquiatra Paulo Lague comenta sobre o assunto

Dr. paulo

O filósofo Luiz Felipe Pondé afirmou: “Nunca vivemos tanto, tivemos que ser tão eficientes e felizes, além de precisarmos acumular tanta coisa”. A neurologista Dalva Poyares, presidente da Associação Brasileira de Medicina do Sono, concorda: “Andamos trabalhando demais e dormindo muito pouco”. Uma pesquisa recente do Ibope dá uma ideia da repercussão desse comportamento: 98% dos brasileiros entrevistados se dizem cansados e 61%, exaustos.

“Por falta de repouso, nossa civilização caminha para a barbárie”, escreveu o pensador alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). Ele já alertava para a necessidade de às vezes pisar no freio. E, se não visualizamos o impacto imediato no mundo à nossa volta, é nítido que a saúde já começou a pagar o preço.

Para entender melhor os efeitos orgânicos do cansaço, os estudiosos passaram a dividi-lo em três estágios. O primeiro é o cansaço em si, um estado de indisposição após um esforço físico (uma partida de futebol) ou mental (um exame de vestibular). Sentir-se cansado não é razão para pânico. Todo mundo precisa dessa reação para conhecer seus limites. “Em geral, o cansaço tende a desaparecer após uma boa noite de sono“, afirma Dr. Paulo Lague, psiquiatra. Agora, se no dia seguinte você acordar tão ou mais desprovido de energia, é possível que tenha entrado no segundo estágio, a fadiga.

É uma sensação de cansaço persistente, que, além de indicar limites físicos ou mentais ultrapassados, não raro também é sintoma de uma doença – a lista de mazelas associadas vai de anemia a depressão. Nessa fase, a pessoa apresenta dificuldade de concentração, irrita-se com facilidade e queixa-se de dores e fraqueza muscular. “Na maioria das vezes, o cansaço melhora com repouso e lazer. Se não melhorou, é importante procurar um médico para investigar a origem dele”, aconselha Dr. Paulo.

 Cabeça em combustão

Quando a exaustão ocorre particularmente no ambiente de trabalho, ganha outro nome: síndrome de burnout. A síndrome do esgotamento profissional foi descrita pela primeira vez em 1974 pelo psicólogo alemão Herbert Freudenberger. Atinge 30% da população economicamente ativa do Brasil.

“Você desconfia que está a um passo do burnout quando começa a exagerar no uso de estimulantes, como café e refrigerante, para permanecer alerta. Esses artifícios, além de não resolverem o problema, ainda podem causar danos ao organismo”, avisa o psiquiatra Dr. Paulo Lague.

O impacto da exaustão, não só na saúde, mas na produtividade, é devastador. E o problema não para por aí. Castigados pelo cansaço, os trabalhadores tendem a cometer mais e mais erros. Alguns deles de proporções catastróficas.

Identificar o burnout não é algo difícil. Existem pelo menos três sinais claros da condição: queda acentuada na produtividade, apatia e presenteísmo (o indivíduo está fisicamente presente no trabalho mas a mente não está).  Dr. Paulo Lague resume: “Por mais que trabalhe, o profissional nesse estágio não consegue produzir. Muitas vezes ele está presente fisicamente no emprego, mas ausente mentalmente”.

Se alguma luz vermelha acende no painel do carro, é indício de que algo não está funcionando direito. Com o nosso corpo acontece o mesmo. Por isso, preste atenção nos sinais que seu corpo emite. Se você se reconheceu em alguma situação acima, pise no freio e procure auxílio. Os profissionais estão à sua disposição para lhe auxiliar.

Dr. Paulo Lague é médico Psiquiatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Neuropatia Diabética

(Dra. Morgana, endocrinologista, explica o tema)

Julho de 2018 Dra Morgana Regina Rodrigues

A Neuropatia Periférica é a complicação crônica mais comum e incapacitante do Diabetes, é responsável por 2/3 das amputações não-traumáticas. Pode ser silenciosa e progredir lentamente muitas vezes sendo confundida com outras doenças.

O controle inadequado da glicose, nível elevado de triglicerídeos, excesso de peso, tabagismo, pressão alta, a duração do diabetes e a presença de retinopatia e nefropatia são fatores que favorecem a progressão da neuropatia. Alterações nos vasos sanguíneos e metabólicas podem causar danos aos nervos periféricos.

Segundo Dra. Morgana Regina Rodrigues, endocrinologista, os principais sintomas são:

– Dor contínua e constante;

– Sensação de queimadura e ardência;

– Formigamento;

– Dor espontânea que surge de repente, sem uma causa aparente;

– Dor excessiva diante de um estímulo pequeno, por exemplo, uma picada de alfinete;

– Dor causada por toques que normalmente não seriam dolorosos, como encostar no braço de alguém

Numa segunda etapa pode ocorrer redução da sensibilidade protetora. As dores, que antes eram intensas demais mesmo com pouco estímulo, passam a ser menores do que deveriam. Daí o risco de haver uma queimadura e você não perceber em tempo.

Dra. Morgana dá dicas de como prevenir?

– Examine seus pés e pernas todos os dias;

– Avalie e cuide de suas unhas regularmente;

– Aplique creme hidratante na pele seca, mas com cuidado para não aplicar entre os dedos;

– Usar calçados adequados;

– Bom controle glicêmico.

No tratamento, existem medicamentos específicos para tratar os danos aos nervos. Procure seu médico endocrinologista para mais informações.

Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Refrigerante faz mal para crianças

Dra. Elenice explica os malefícios

Dra. Elenice - esta

Os malefícios do refrigerante são muitos. Mesmo assim, um em cada cinco brasileiros bebe refrigerante todos os dias. Esse é o sexto produto alimentício consumido por crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos. Mas o mais alarmante: 56% das crianças com menos de 1 ano bebem refrigerante. Muitas até na mamadeira.

Os males destas bebidas foram recentemente comprovados por um documentário intitulado Muito além do peso, que revelou: dar refrigerante às crianças é uma das piores atitudes possíveis.

Talvez dentre os tipos da bebida, a Coca-Cola seja o mais adorado e consumido pelas pessoas. Apesar de esse tipo de produto ser uma delícia, não tem nada de saudável. Segundo a Dra. Elenice Mariotto Blaya, pediatra, o pior é que muitos pais cada vez mais estimulam o consumo dessas bebidas, principalmente da Coca-Cola, por parte das crianças. Confira 15 motivos para não dar refrigerante para as crianças.

  1. Sem nutrientes – A composição da Coca-Cola é basicamente açúcar, além de ela possuir uma concentração muito alta de calorias.
  2. Acaba com o apetite – A Coca-Cola suprime o apetite, o que faz com que as crianças se contentem apenas em bebê-la. A consequência imediata é enfraquecer o organismo.
  3. Tem fósforo na composição – Esse mineral pode eliminar o cálcio presente nos ossos, o que faz com que crianças que consomem a bebida sejam propensas a sofrerem lesões ósseas.
  4. Provoca cáries – Pelo açúcar e pelos ácidos, a Coca-Cola pode causar cáries. Ela é tão ácida que em apenas 20 minutos pode eliminar o esmalte dos dentes.
  5. É composto por cafeína – Entre os muitos malefícios do refrigerante, a bebida é composta por cafeína. A substância pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e cerebral das crianças.
  6. Tem potencial para causar diabetes – Como desequilibra os níveis de açúcar no sangue, as crianças que bebem Coca-Cola têm mais chance de desenvolver diabetes.
  7. É tóxica – Há uma substância na Coca-Cola sobre a qual ninguém fala, que é glutamato monossódico. Ela é extremamente prejudicial ao cérebro.
  8. Deixa o estômago inflamado – O equilíbrio alcalino do estômago é prejudicado pela ingestão regular do refrigerante, e isso causa inflamações e dores terríveis.
  9. Deixa o corpo desidratado – Quem nunca bebeu Coca-Cola e sentiu sede? Ela é mais diurética que café e que chá, portanto provoca uma eliminação maior de líquidos e prejudica as funções digestivas.
  10. Contém aspartame – Aspartame está presente na Coca-Cola e em muitos adoçantes. Isso é muito perigoso, pois pode acarretar problemas endócrinos.
  11. Aumenta a pressão arterial – O aumento da pressão arterial já na infância faz com que crianças tenham insônia, além de propiciar problemas cardíacos no futuro.
  12. Provoca mudanças de humor – Tanto a cafeína quanto o açúcar presente na Coca-Cola podem causar alterações de humor nas crianças. Isso pode provocar danos comportamentais e psicológicas.
  13. Contribui para a obesidade – Um copo médio de Coca-Cola tem mais de 100% da quantidade diária de açúcar recomendada pelos nutricionistas. Se imaginar que raramente a criança bebe essa quantidade da bebida, as chances de desenvolver obesidade ao longo dos anos são grandes.
  14. Amarela os dentes – Cárie não é o único problema dentário causado pela Coca-Cola. Os ácidos presentes na bebida amarelam e desgastam os dentes.
  15. Vira um vício – A Coca-Cola ativa sensações de prazer causadas pela dopamina. Isso vicia. Por isso quanto mais cedo a pessoa começar a beber esse refrigerante, mais rápido desenvolverá um vício que levará a problemas incontroláveis no futuro.

Lembre-se: você tem o controle do seu filho! Dê alimentos e bebidas que tenham valor nutricional e que realmente sejam importantes para a sua saúde.

Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Afogamento Secundário: um Alerta aos Pais!

Pediatra Dra. Elenice explica

Dra. Elenice - esta

Você já ouviu falar em afogamento secundário e afogamento seco? Pois eles existem e podem acontecer com adultos e adolescentes, mas as crianças são mais propensas a desenvolverem o quadro.

No afogamento seco, quando a criança respira a água, a laringe pode ser fechada por espasmo e isso interrompe as suas vias aéreas. Dessa forma a respiração fica muito difícil e a entrada de oxigênio nos pulmões é interrompida. Porém, o coração continua a bombear sangue para os pulmões e é neste evento que a pessoa pode se afogar com os seus próprios fluidos. No afogamento secundário, a água aspirada fica nos pulmões acumulada e causa um edema pulmonar.

Sintomas

A Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, explica que os sintomas dos dois tipos de afogamento são os mesmos. O que difere é que no “seco” eles começam logo após algum incidente com água. O “secundário” pode iniciar mais tarde, entre 1 e 24 horas depois de alguma brincadeira na piscina, mar ou lago.

Os sintomas são:

  • Tosse
  • Dor no peito
  • Dificuldade para respirar
  • Cansaço extremo
  • Mudança de comportamento, como irritabilidade ou queda de energia que corresponde que o cérebro não está recebendo oxigênio suficiente.

Quando você passa um dia na piscina ou no mar, é apenas normal que você se sinta exausto e sonolento, especialmente se você é uma criança e esteve extremamente ativa durante todo o dia.

Embora seja raro, o “afogamento secundário” pode ser fatal se os sintomas de alerta forem ignorados. Sempre que alguém (crianças e adultos) inala, até mesmo uma pequena quantidade de água (piscina, lago ou mar) pode irritar os pulmões e causar o edema. Normalmente há uma pequena quantidade de água nos pulmões quando ocorre o afogamento secundário, mas a pequena quantidade de líquido é suficiente para prejudicar a capacidade dos pulmões de fornecer oxigênio para a corrente sanguínea.

O que fazer se isso acontecer com o seu filho

  • Se notar que ele tem algum dos sinais citados acima você precisa levá-lo ao hospital.
  • Normalmente os problemas são tratáveis e precisam de ajuda médica. Não existe um medicamento para curar esses tipos de problemas. No hospital a criança terá um suporte para verificar se suas vias respiratórias estão desobstruídas e terá monitoramento do nível de oxigênio. Caso seja necessário, a criança usará um tubo de respiração.

Como prevenir

  • A Dra. Elenice enfatiza que a principal coisa a ser feita é sempre estar de olho nas crianças enquanto elas estiverem brincando na água ou perto de um local que tenha água. Nunca as deixe sozinhas, mesmo que pareça seguro ou que a quantidade de água seja pouca. Uma criança pode se afogar com 2,5 centímetros de altura de água dentro de um balde, banheira, piscina de plástico ou vaso sanitário, por exemplo.

Cuidado e alerta sempre é a melhor solução! Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

“Como Envelhecer?”

Dra. Mariza cita trechos de palestra de médica geriatra

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Vários livros e palestras falam sobre o tema. Mas uma palestra em especial chamou a atenção de vários médicos, e em especial, da cardiologista Dra. Mariza Garcia Rosa:  ”Como envelhecer?, ministrada pela Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes, geriatra e especialista em cuidados paliativos, autora do livro ”A morte é um dia que vale a pena viver”.

Segundo a geriatra, não existe fórmula para não envelhecer. Para não envelhecer, basta morrer cedo, o que não é, de todo modo, muito pretendido. Se formos afortunados a ultrapassar a barreira da meia-idade, devemos saber envelhecer. Como envelhecer?

As pessoas sabem que, a partir de uma certa idade, passarão por adversidades, mas não se preparam de forma adequada para isso. Ao envelhecer, tomamos providências muito superficiais, como tentar aparentar menos idade, numa tentativa de recuperar vivências que gostaríamos de ter quando éramos jovens.

Mesmo com o receio do envelhecimento, torcemos para chegar ao final do expediente, a sexta-feira, as férias, a aposentadoria. Muitas pessoas deixam para viver só depois da aposentadoria. Nesse sentido, podemos concluir que torcemos para que a morte chegue mais perto. Quando temos essa percepção do tempo, há algo de errado com a qualidade da escolha do que fazemos com o nosso tempo.

Há uma grande pesquisa, de mais de 70 anos, da faculdade de Harvard que distingue cinco grandes aspectos da vida humana: físico, emocional, social, familiar e espiritual. Foi realizada uma análise sobre o que mais influencia na longevidade. Incrivelmente, o que mais fez diferença na história de sucesso na vida foi a qualidade das relações humanas. Sendo assim, o primeiro passo para viver bem é ser uma pessoa determinada a oferecer e a receber afeto dos outros.

Com o passar do tempo, perdemos coisas que lutamos muito para ter: autonomia e independência. A autonomia é a capacidade de tomar decisões, já a independência é a capacidade de colocar as suas decisões em prática. Por esse e outros motivos, ao envelhecer precisamos ser cuidados e, ao longo da nossa história, construímos relações que facilitam ou dificultam esse prazer de cuidar. Além disso, vivemos numa cultura de obrigação de cuidado para com os pais. Com isso, é importante lembrar que não é porque o indivíduo é idoso e tem cabelo branco que virou ”santo”, ou seja, há uma história construída, e as consequências dela frutificam ao receber cuidado por parte dos familiares.

A preparação para o envelhecimento deve passar pela dimensão biológica, que é o que todo mundo já sabe: alimentação saudável e exercício físico são essenciais. Quando há comprometimento com essa dimensão, há capacidade de superar doenças. Temos que ter em mente que o que fazemos com o nosso corpo deve ser o mais correto. Cuidar do corpo não nos isenta da doença, por exemplo. Cuidar do corpo não nos faz viver para sempre. É como fazer o bem: fazemos o bem porque é correto. Se alguém faz o bem para se dar bem, já está fazendo errado.

Além de todos os problemas físicos que podem surgir, há o problema da mente. A demência de Alzheimer, em especial, é uma grande adversidade, pois faz o idoso perder a autonomia antes mesmo de perder a independência. É uma doença incurável e muito frequente. Devemos preparar o cérebro para driblar essa dificuldade, e isso é feito com o aprendizado. Condição de aprender nós temos em qualquer idade. É uma chuva de rejuvenescimento. ”Eu sei fazer tricô”, só vale se fizer ponto novo. Tudo que você já souber, deve fazer algo novo em cima disso. Entre todos os recursos responsáveis por desenvolver conexões no cérebro, o melhor é a música – como cantar num coral, por exemplo. Outro recurso muito importante é a meditação.

Incessantemente, buscamos entender qual o sentido da nossa vida. Devemos parar de perguntar por que estamos aqui, que procura respostas no passado, para perguntar para que estamos aqui, projetando o futuro.

O envelhecimento traz uma bagagem muito rica de reconhecimento do nosso próprio eixo espiritual. O processo de envelhecer é, antes de tudo, um processo muito potente para o ensinamento de ser humano. Desse modo, o último dia de nossas vidas é quando recebemos um diploma de ser humano, assim, a morte é um dia que vale a pena viver.

Com estas palavras da Geriatra Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes, a Dra. Mariza G. Rosa alerta que ainda dá tempo! Ainda dá tempo de aproveitar o hoje preparar com serenidade nossa velhice. PENSE NISSO.

Dra. Maria Garcia Rosa é cardiologista, integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Telefone 3344-3600.

Alergias respiratórias no verão

Dr. Cesar Ricci fala sobre os incômodos

Dr. Cesar Ricci

No verão surgem as chamadas alergias sazonais, em razão do aumento da circulação de poeira – por falta de manutenção dos aparelhos de ar condicionado – e maior circulação de pólen das flores, principalmente em dias de vento e sol, além do uso de venenos contra insetos. O mesmo acontece com o acúmulo de poeira.

Por isso, o Dr. Cesar Augusto Ricci, médico otorrinolaringologista, alerta que quem sofre de rinite, asma, bronquite e outros problemas respiratórios precisa ter um cuidado maior nesse período. “Quando o pólen ou poeira entra nas vias nasais, os sintomas das doenças respiratórias, como espirros, coriza, falta de ar e congestão nasal, se manifestam. Além disso, a alergia a estes aerodispersíveis também pode provocar coceira e vermelhidão nos olhos, sinais da conjuntivite alérgica“, explica.

Já no caso das alergias provocadas por conta dos produtos químicos contidos nos venenos contra insetos, o indicado é optar pelo uso de telas em janelas e produtos menos tóxicos, como é o caso dos repelentes.

Ar-condicionado – Caso não seja feita limpeza periódica, ácaros, fungos e bactérias podem se concentram no aparelho. Quando ligado, os microorganismos são facilmente proliferados por todo o ambiente, provocando o surgimento de reações alérgicas. Há também o popular choque térmico. Além da rápida mudança de temperatura na transição entre ambientes climatizados e naturais, o resfriamento do ar pode afetar o trabalho e a sensibilidade da mucosa respiratória, ocasionando os sintomas.

Ricci explica que nesses casos o melhor é se prevenir, fazendo a limpeza e manutenção periódica do aparelho. “É importante também intercalar períodos com o sistema ligado e desligado. Assim, minutos antes de sair do ambiente, basta desligar o ar-condicionado, para que o organismo se habitue à temperatura exterior“, aconselha.

Buscando orientação médica – Caso os sintomas de alergia se manifestem é fundamental buscar orientação médica. Dr. Cesar Augusto Ricci é médico otorrinolaringologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Francesas desafiam tabu da maternidade tardia com gravidez após 45 anos

Dr. Mario fala dos perigos enfrentados

Dr. Mario

Apesar dos riscos, muitos fatores fazem com que as mulheres engravidem aos 45 anos de idade ou mais na França. Cerca de 2 mil francesas engravidam depois desta idade, e o número de mães “tardias” quintuplicou desde a década de 1980 no país.

Um desejo tardio, que “não é surpreendente, os métodos contraceptivos são muito melhor utilizados hoje do que há vinte anos, as mulheres estudam mais e esperam antes de ter seu primeiro filho”, analisa um estudo realizado na França.

Mães tardias, cada vez mais frequentes na França

Desde o início da década de 2000, esse tipo de paciente mostra um forte crescimento. Nos últimos dez anos fez-se uma pesquisa e a descoberta é clara: em 1980, apenas 8 mil bebês nasceram de mães com 40 anos ou mais. “Em 2016, esse número foi multiplicado por 5, com cerca de 43 mil nascimentos”, diz a pesquisa.

Riscos reais

“As pacientes com mais de 45 anos aumentam significativamente o risco de diabetes, pressão arterial e cesariana”, afirma Dr. Mario Blaya, médico ginecologista e obstetra. Segundo o ginecologista, 3,7% das gestantes com mais de 45 anos têm pressão alta, em comparação com 1,3% das pessoas entre 25 e 35 anos.

A diabetes afeta 20% destas mulheres no final da gravidez, em comparação com apenas 11% das mulheres mais jovens.

Finalmente, metade dessas mulheres realizará cesarianas, em comparação com apenas 32% das mulheres com menos de 40 anos de idade. “Isso se explica pelo envelhecimento do corpo: a idade dos vasos aumenta, eles não têm mais a mesma elasticidade, nem a mesma fisiopatologia”, explicou o médico.

Mas o feto também pode apresentar problemas. A gravidez de “alto risco” pode ser “perigosa” para o bebê.

“Casos de prematuridade e aborto espontâneo são mais comuns em mulheres com mais de 45 anos. Os riscos do parto também estão presentes, com o potencial de morte in útero para a criança, além do risco de morte materna, que aumenta”, declarou o médico.

Se você tem planos de constituir uma família, mas acha que ainda não chegou a hora, procure seu médico e fale sobre este seu desejo. Hoje existem vários métodos para garantir uma gravidez tardia, com muito mais saúde e segurança.

Dr. Mario Blaya é ginecologista e obstetra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

O sono e o comportamento infantil

Dr. Gerson Peres explica o tema

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As crianças têm muita energia para gastar, e muitas vezes as 24 horas do dia parecem não ser suficientes. Quando nós já estamos cansados do dia, elas parecem renovar sua disposição e, se deixarmos, só vão dormir de madrugada. Mas isso não significa que seja totalmente saudável.

Uma rotina de sono desregulada não faz bem para os adultos e muito menos para crianças, podendo até mesmo contribuir para um maior número de problemas de comportamento.

Pesquisas mostram que a falta de uma hora certa para dormir ou perturbações no sono podem interferir no funcionamento do relógio biológico da criança, o que causa problemas em todas as áreas de sua vida. As mudanças aparecem logo no humor e no apetite, mas não param por aí. A longo prazo, crianças sem rotina de sono tiveram notas mais baixas em testes que mediram a capacidade de resolver problemas e mais chances de desenvolver hiperatividade, déficit de atenção, dificuldade de aprendizado e problemas emocionais, como ansiedade, tristeza, irritabilidade e envolvimento em brigas com colegas.

Verificou-se que as crianças que não possuíam um horário estabelecido para ir pra cama eram mais propensas a desenvolver problemas de comportamento ou emocionais do as que iam para a cama no mesmo horário, de segunda à sexta-feira.

Quando o sono não é saudável (quando a criança dorme em horários diferentes ou dorme menos do que o necessário), mecanismos fisiológicos internos responsáveis por regularem o funcionamento do corpo são prejudicados, o que faz com que funções como a fome, o humor e os horários de sono sejam afetados.

“Alterar constantemente a quantidade de horas em que você dorme por noite ou então ir para a cama em horários diferentes a cada dia é como bagunçar o seu mecanismo interno (relógio biológico). Isso impacta a forma como o seu corpo será capaz trabalhar no dia seguinte”, afirma Dr. Gerson Peres, médico pediatra.

No entanto, quando a família se esforça e cria em conjunto com profissionais de saúde uma rotina saudável para os filhos, as consequências do sono prejudicial podem ser revertidas.

É importante que os pais façam uma higiene do sono, que inclui ajustar a hora de ir para a cama, que deve ser sempre a mesma, diminuir o uso de telas, como tablets, smartphones e televisores, criar rotinas consistentes antes de deitar e construir estratégias para acalmar, como ler ou ouvir uma música relaxante.

E, segundo Dr. Gerson, por mais que o carinho e o amor de mãe/pai muitas vezes nos dizem para deixarmos eles acordados mais um tempo, precisamos pensar em seu bem-estar e saúde, e seguir uma rotina definida de sono para nossas crianças.

Dr. Gerson Peres é médico pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

Hereditariedade é responsável por até 60% dos casos de pressão alta

Dra. Mariza, cardiologista,  fala sobre o tema

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Entre as doenças e condições que afetam a saúde cardíaca, como infarto, pressão alta, colesterol elevado, a hereditariedade é considerada um fator de risco importante. Como é um fator sobre o qual não temos controle – diferentemente do estilo de vida -, é essencial ficar atento se você tiver familiares próximos (pai, mãe ou irmãos) que desenvolveram a doença antes dos 55 anos de idade.

Se um dos seus pais tem hipertensão, você tem 25% de probabilidade de desenvolvê-la no decorrer da vida. Agora, se tanto o pai como a mãe têm a doença, o risco sobe para 60%. Nas famílias em que a doença é muito presente, a pressão alta pode se instalar cedo, na faixa dos 35 anos.

Segundo Dra. Mariza Garcia Rosa, cardiologista, além da hereditariedade, existe o fator raça. Negros são mais propensos a ter pressão alta devido à maior tendência a reter sódio, um componente que leva a retenção de líquidos e ao aumento da pressão arterial.

No caso das mulheres, depois dos 55 anos – quando a maioria já atingiu a menopausa -, o risco de ter doenças do coração aumenta por conta da diminuição do hormônio estrogênio, pois ele é responsável por estimular a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. Fazer consultas periódicas com um cardiologista torna-se ainda mais importante a partir desse período.

Apesar de não conseguirmos mudar nossa genética, uma alimentação rica em vitaminas B6, B12 e ácido fólico, como fígado, banana e feijão, pode reduzir, por exemplo, os níveis de homocisteína no organismo.

Ainda, segundo Dra. Mariza, a maior parte dos fatores de risco relacionados à hipertensão são modificáveis: deixar de fumar, diminuir o percentual de gordura corporal e fazer atividade física com regularidade são essenciais para prevenir uma série de doenças cardíacas.

Dra. Mariza Garcia Rosa é médica cardiologista e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Contato pelo telefone 3344-3600.

CRM: 18564

RQE: 10590

Cuidados com higiene são fundamentais ao visitar bebês

Dra. Elenice M. Blaya faz uma alerta

Dra. Elenice - esta

Depois de a mamãe conhecer o rostinho do neném que esperou por tanto tempo, o momento após o parto é de adaptação e de aproximação com o filho. Ao mesmo tempo, todos os familiares e amigos não veem a hora de visitar o mais novo integrante da turma. Mas, ao visitar um recém-nascido, parentes e amigos muitas vezes exageram no carinho e acabam dando pequenos apertões na bochecha, beijos e toques não muito delicados. O que eles não sabem é que algumas atitudes são inadequadas e podem trazer problemas ao bebê.

Para ajudar a planejar a visitação, a Dra. Elenice Mariotto Blaya dá dicas importantes para as futuras visitas.

– Carinho em excesso pode fazer mal ao bebê?
Carinho é sempre bom. Mas é claro que nem todas as atitudes estão livres de riscos. Devemos evitar beijar muito próximo ao rosto do bebê, por exemplo. O beijo pode ser dado em outras áreas, como nas perninhas ou nos pezinhos. As mãos do bebê também devem ser evitadas, pois podemos deixar germes, e eles as levam muito à boca. Portanto, ao visitar e acarinhar o bebê devemos ter em mente sempre dois aspectos: a higiene e a ideia de que os visitantes devem estar sadios.

– Como garantir a higiene do visitante?
Com bom humor, tudo pode ser resolvido. A mãe deve ser a primeira a dar o exemplo e higienizar as mãos com água e sabão ou fazer fricção com antisséptico antes de tocar o bebê, para que a visita perceba e repita esse cuidado básico [o álcool a 70% na forma líquida ou em gel é tão eficaz quanto a higienização com água e sabão, desde que não exista sujeira aparente nas mãos]. Sugerimos colocar o sabonete ou o álcool à vista, para garantir que o visitante perceba a necessidade de higienizar as mãos. Essa higiene é importantíssima. Lavar bem as mãos e o antebraço [até a altura dos cotovelos] ao chegar da rua para visitar a mãe e o bebê é uma medida imprescindível para minimizar a contaminação por vírus e bactérias.

– Amigos e familiares que estejam doentes podem fazer visita?
Se algum parente ou amigo estiver apresentando febre, sinais de infecção respiratória, tais como nariz escorrendo e tosse [gripe ou resfriado], conjuntivite ou qualquer outra doença infectocontagiosa, suspenda a visita. A ideia de que “eu não vou chegar perto, nem segurar a criança” não basta. Como os sistemas de defesa do organismo da mãe e do bebê estão fragilizados, não é adequado arriscar. Deixar para outro momento pode prevenir que o recém-nascido adquira doenças, para as quais ainda não foi vacinado e que não tem imunidade suficiente para combater. Na presença de doenças de pele, também é bom que o familiar evite o toque e o contato íntimo, para evitar transmissão de germes patogênicos para o bebê, ainda tão vulnerável. É importante saber que até mesmo roupas higienizadas inadequadamente podem ser fonte de infecções para o recém-nascido.
As visitas devem ser organizadas para não formar uma aglomeração em volta da criança. Esse tipo de ocasião favorece contágios, e o excesso de barulho pode causar estresse ao recém-nascido.

Visitantes que fumam podem visitar a mãe e o bebê?
Nem pense em fumar! A Dra. alerta que esta restrição vale para horas antes da visita. As toxinas do cigarro ficam impregnadas em roupas, cabelos e mãos dos fumantes. Os resíduos que permanecem são tão prejudiciais quanto a própria fumaça. O contato do bebê com o material tóxico o expõe a uma probabilidade dez vezes maior de adquirir uma pneumonia aguda e ao aparecimento de um fenômeno chamado de hiperresponsividade brônquica – uma resposta exagerada do pulmão, desencadeada quando a criança tem maior sensibilidade a infecções respiratórias como bronquite, rinite e otite.

Dra. Elenice afirma: o bebê e a mamãe precisam descansar, por isso, a visita deve ser muito breve.

Dra. Elenice Mariotto Blaya é médica pediatra e integra o corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.