Doença mão-pé-boca

(Dra. Elenice dá dicas simples para as mamães)

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A doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês) é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus. Eles habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade.

SINTOMAS

  • Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
  • Aparecimento, na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
  • Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.

O período de incubação oscila entre um e sete dias. A Dra. Elenice Mariotto Blaya, pediatra, explica que na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum. Fique atento porque nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes.

Quando a sintomatologia típica da doença se instala, a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por um período de febre alta e gânglios aumentados, seguido de mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia. Por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação. Por isso, é preciso redobrar os cuidados para manter a criança bem hidratada e recebendo alimentação adequada.

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

TRATAMENTO DA DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA

Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca, lembra a Dra. Elenice. Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios.  Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta. 

RECOMENDAÇÕES CASO SEU FILHO PEGUE A DOENÇA

  • Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água, são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;
  • Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção;
  • Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada.

As dicas são da Dra. Elenice Mariotto Blaya, médica pediatra, integrante do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

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