Dia Mundial do Diabetes – 14 de novembro

Endocrinologista Dra. Morgana fala sobre a doença

Julho de 2018 Dra Morgana Regina Rodrigues

O Diabetes afeta cerca de 12,5 milhões de adultos no país, o que coloca o Brasil no quarto lugar no ranking mundial de nações com mais diabéticos.

Em 2017, foram gastos ao redor de 24 bilhões de dólares com a doença por aqui. Infelizmente, a maior parte desse valor é destinada a tratar as sequelas do problema, e não a prevenção. Para complicar, há um contingente de 14 milhões de pessoas com pré-diabetes que se tornaram diabéticas em algum momento, algo que irá inflar os custos financeiros, sociais e emocionais com os pacientes.

Segundo a Dra. Morgana Regina Rodrigues, médica endocrinologista, hoje vivemos a síndrome da falta de informação sobre diabetes onde o percentual de brasileiros com diabetes bem controlado é extremamente baixo, de nada adianta ter tecnologias de ponta se a população não está informada e conscientizada para desfrutá-las. Em pesquisa realizada recente: “O que o Brasileiro sabe (e não sabe) sobre diabetes”, foi perguntada a pessoas com diabetes de todo o Brasil, qual a maior dificuldade no seu tratamento: 25% custos, 30% não comer o que gosta, 20% fazer exercício, 25% outros

Dra. Morgana lembra que, atualmente, o diabetes representa a terceira maior causa de morte no país, e o índice de mortalidade cresceu 12% nos últimos seis anos. Quem sobrevive frequentemente sofre com as sequelas renais, oculares, cardíacas, sem falar nas amputações.

E a cura? Enquanto a cura não chega, podemos nos levantar do sofá e parar de olhar o celular para fazer exercícios. Exercícios várias vezes por semana! Enquanto a cura não chega podemos medir a glicose na ponta dos dedos quantas vezes for necessário para monitorá-la. Enquanto a cura não chega podemos abrir mão de comer com olhos para comer com o cérebro.

O “SE” não existe. Se tivesse a cura… se eu pudesse comer tudo o que quero… se eu não precisasse usar insulina… Se meu filho não tivesse diabetes… Sinceramente não sei se a cura chegará, mas isso não importa agora. Precisamos viver o presente. Glicose alterada hoje vai trazer maus frutos no futuro. E o futuro pode não chegar se nós não nos cuidarmos. Por isso, segundo a Dra. Morgana “enquanto a cura não chega vamos nos cuidar! Como vamos aproveitar as novidades… ou quem sabe a cura… se não estivermos vivos e saudáveis”?

Dra. Morgana Regina Rodrigues é médica endocrinologista e faz parte do corpo clínico da Saúde Center Clínica de Tapejara. Informações pelo telefone 3344-3600.

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